Pré-candidato à Presidência disse não ver motivo para ter pasta da Pesca.
Em entrevista, ele criticou Dilma e disse que governo 'não é de esquerda'.
O pré-candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos, reafirmou nesta
segunda-feira (26) ter a intenção de reduzir "à metade" o número
ministérios do governo federal. Numa entrevista ao programa Roda Vida,
da TV Cultura, ele criticou o atual funcionamento do Executivo federal e
disse que entre os atuais 39 ministérios, "não está funcionando quase
nenhum".
"Tem ministérios que são historicamente consolidados que não estão funcionando. Imaginem os que foram criados que não têm estrutura, não têm orçamento, é só a grife que tem o ministério hoje. Tem um ministro, um cartão de visita, mas não tem política que chegue à população", disse depois.
Ao ser questionado sobre o assunto, Campos se negou a dar exemplos de quais pastas poderia eliminar caso fosse eleito, mas disse não ver motivo para a existência do Ministério da Pesca, embora tenha ressaltado a importância da atividade para o país.
"Para isso, não necessariamente tem que ter um ministério. "Isso foi uma cultura que só funciona se tiver ministério", completou. Mesmo diante da insistência de jornalistas do programa em listar quais pastas eliminaria, Campos se negou a responder, dizendo que a questão estará melhor definida em seu futuro programa de governo.
'Nova política'
Na entrevista, Eduardo Campos também criticou o "fisiologismo" praticado, segundo ele, pelo atual governo na distribuição de cargos de cargos públicos entre partidos aliados. Ele disse que a presidente Dilma Rousseff "teve oportunidade de quebrar com essa política e infelizmente ela não fez".
Em vários momentos da entrevista, Campos pregou a necessidade de uma "nova política", defendendo a necessidade de administrar com "modelo de gestão, meta, meritocracia e transparência nas contas públicas".
"Mudou a música, estamos avisando agora, não tem mais isso, não tem mais fundo de pensão para dar. Não tem mais agência reguladora para fazer a dobradinha do político e do empresário para favorecer lá na agência. Não tem mais balcão de ministério. Quem tiver coragem de fazer isso o povo vai aplaudir", afirmou.
Questionado sobre como iria montar uma base política de apoio a um eventual governo, ele disse apostar na renovação do atual Congresso nas eleições deste ano. "Os que não forem aposentados pelo povo, que chegarem lá, a gente tem que ter a coragem de botar na oposição", disse.
'Progressista'
Se dizendo um político "progressista", Eduardo Campos também apontou falhas da presidente na condução da economia e disse que "o governo de Dilma não é um governo de esquerda".
"A esquerda historicamente defendeu o desenvolvimento e o governo parou, o Brasil é o mais baixo crescimento. Historicamente defendeu a industrialização, a indústria brasileira vive o mais duro período. Historicamente defendeu soberania nacional, estamos cada dia mais vulneráveis, dependendo da poupança externa, com déficit na balança de pagamento", enumerou.
Ele também apontou para "os piores resultados da reforma agrária" e falta de diálogo com movimentos sociais.
"O que é ser progressista hoje? É combater a corrupção, botar o país de volta no crescimento econômico, deixar a população participar, ter um governo inovador para prestar à sociedade brasileira o serviço público que está pagando e não tem", concluiu.
PSDB, PT e Dilma
Na entrevista, ele criticou a polarização na política entre PSDB e PT e disse que sua candidatura reconhece o mérito da estabilidade econômica conquistada no governo tucano e os avanços sociais implementados pelo governo petista. Ele pontuou, no entanto, que "o Brasil vinha melhorando e parou de melhorar", em referência ao governo de Dilma.
"Ela [Dilma] perdeu o rumo, o Brasil entrou em baixo crescimento, juro para cima, inflação voltando. Quem era a mãe do PAC, das obras, começou a ser a madrinha da inflação, a madrinha do baixo crescimento, a madrinha da desestruturação do setor elétrico, a madrinha do que está acontecendo com a Petrobras. E aí, o povo quer mudança e nós queremos ser a mudança para o futuro", afirmou.
Questionado sobre a resistência de parte do empresariado à presença de Marina Silva em sua chapa presidencial, Eduardo Campos respondeu que o programa de governo mostrará quais serão seus compromissos de governo. "À medida que as pesssoas vão conhecendo a Marina, vão quebrando esses preconceitos", respondeu.
"Tem ministérios que são historicamente consolidados que não estão funcionando. Imaginem os que foram criados que não têm estrutura, não têm orçamento, é só a grife que tem o ministério hoje. Tem um ministro, um cartão de visita, mas não tem política que chegue à população", disse depois.
Ao ser questionado sobre o assunto, Campos se negou a dar exemplos de quais pastas poderia eliminar caso fosse eleito, mas disse não ver motivo para a existência do Ministério da Pesca, embora tenha ressaltado a importância da atividade para o país.
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"Sinceramente, não vejo por que ter o Ministério da Pesca, ao mesmo
tempo em que vejo tudo porquê [ter] uma estrutura no Estado brasileiro
que pense a pesca. Um país que tem 8 mil quilômetros de costa, um país
que tem fome em muitas áreas tendo água, com a possibilidade de fazer
criação de peixe, desenvolvimento de proteína barata para a população de
mais baixa renda, não pode deixar de pensar o desafio da pesca""Para isso, não necessariamente tem que ter um ministério. "Isso foi uma cultura que só funciona se tiver ministério", completou. Mesmo diante da insistência de jornalistas do programa em listar quais pastas eliminaria, Campos se negou a responder, dizendo que a questão estará melhor definida em seu futuro programa de governo.
'Nova política'
Na entrevista, Eduardo Campos também criticou o "fisiologismo" praticado, segundo ele, pelo atual governo na distribuição de cargos de cargos públicos entre partidos aliados. Ele disse que a presidente Dilma Rousseff "teve oportunidade de quebrar com essa política e infelizmente ela não fez".
Em vários momentos da entrevista, Campos pregou a necessidade de uma "nova política", defendendo a necessidade de administrar com "modelo de gestão, meta, meritocracia e transparência nas contas públicas".
"Mudou a música, estamos avisando agora, não tem mais isso, não tem mais fundo de pensão para dar. Não tem mais agência reguladora para fazer a dobradinha do político e do empresário para favorecer lá na agência. Não tem mais balcão de ministério. Quem tiver coragem de fazer isso o povo vai aplaudir", afirmou.
Questionado sobre como iria montar uma base política de apoio a um eventual governo, ele disse apostar na renovação do atual Congresso nas eleições deste ano. "Os que não forem aposentados pelo povo, que chegarem lá, a gente tem que ter a coragem de botar na oposição", disse.
'Progressista'
Se dizendo um político "progressista", Eduardo Campos também apontou falhas da presidente na condução da economia e disse que "o governo de Dilma não é um governo de esquerda".
"A esquerda historicamente defendeu o desenvolvimento e o governo parou, o Brasil é o mais baixo crescimento. Historicamente defendeu a industrialização, a indústria brasileira vive o mais duro período. Historicamente defendeu soberania nacional, estamos cada dia mais vulneráveis, dependendo da poupança externa, com déficit na balança de pagamento", enumerou.
Ele também apontou para "os piores resultados da reforma agrária" e falta de diálogo com movimentos sociais.
"O que é ser progressista hoje? É combater a corrupção, botar o país de volta no crescimento econômico, deixar a população participar, ter um governo inovador para prestar à sociedade brasileira o serviço público que está pagando e não tem", concluiu.
PSDB, PT e Dilma
Na entrevista, ele criticou a polarização na política entre PSDB e PT e disse que sua candidatura reconhece o mérito da estabilidade econômica conquistada no governo tucano e os avanços sociais implementados pelo governo petista. Ele pontuou, no entanto, que "o Brasil vinha melhorando e parou de melhorar", em referência ao governo de Dilma.
"Ela [Dilma] perdeu o rumo, o Brasil entrou em baixo crescimento, juro para cima, inflação voltando. Quem era a mãe do PAC, das obras, começou a ser a madrinha da inflação, a madrinha do baixo crescimento, a madrinha da desestruturação do setor elétrico, a madrinha do que está acontecendo com a Petrobras. E aí, o povo quer mudança e nós queremos ser a mudança para o futuro", afirmou.
Questionado sobre a resistência de parte do empresariado à presença de Marina Silva em sua chapa presidencial, Eduardo Campos respondeu que o programa de governo mostrará quais serão seus compromissos de governo. "À medida que as pesssoas vão conhecendo a Marina, vão quebrando esses preconceitos", respondeu.
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