terça-feira, 27 de maio de 2014

O tom de Dilma




Ninguém questiona mais a disposição da presidente Dilma Rousseff de disputar a reeleição. De uns dias para cá, justamente depois de uma reunião com Lula, ela mudou completamente a agenda. Retomou as viagens, comanda diariamente cerimônias no Palácio do Planalto exatamente para discursar e mandar seus recados e tem recebido grupos de tudo o quanto há. Não há duvida: está em campanha.

Até aqui, as pesquisas mostram que ela segurou a onda do pessimismo que teve um ponto alto no mês de abril. Segundo o Ibope, ela subiu três pontos. Para os petistas, ela "reverteu a tendência e começou a recuperação". Para especialistas, ela estabilizou, parou de cair.
"A pesquisa mostra uma polarização: há os que gostam e os que não gostam. Está assim, tipo amor e ódio", disse um especialista em pesquisa, observando que está se reduzindo o contingente dos que consideram o governo Dilma regular.

Apesar do discurso para fora de que Dilma pode vencer no primeiro turno, o partido trabalha com o cenário de eleição em dois turnos. Até porque, o PT venceu três eleições e todas no segundo turno; e não seria esta, a mais difícil, que conseguiria liquidar a fatura na primeira rodada.
Aí entra o importantíssimo papel do publicitário João Santana. Ele tem interpretado o desejo de mudança, demonstrado nas últimas pesquisas como tendência desta eleição de uma forma mais confortável a Dilma: "a sociedade quer mudança com continuidade; ou continuidade com mudança", ele disse em recente encontro do PC do B.


Em seguida, reafirmou: continuidade com mudança. Ou seja, as mudanças seriam protagonizadas pelo governo de continuidade, com Dilma.

O fato é que, com a nova agenda de Dilma, que expressa o seu desejo de se reeleger e o resultado da última pesquisa, em que ela estanca a queda registrada desde o começo de janeiro, um fantasma de sua campanha fica afastado: a troca de sua candidatura pela de Lula.

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