Estudantes jogam cadeiras no pátio e assistem aula no chão em Santos, SP

Alunos se revoltaram com condições precárias de faculdade de Direito.
Universidade decidiu suspender algumas aulas por causa do protesto.

Anna Gabriela Ribeiro Do G1 Santos

Protesto ocorreu em Universidade de Santos

 

 

Carteiras escolares foram despejadas no pátio de uma universidade em Santos, no litoral de São Paulo, após um protesto dos estudantes do curso de Direito, na noite desta segunda-feira (26). Eles reclamam que os equipamentos estão em condições precárias e, em protesto, sentaram no chão para assistir a aula.


De acordo com o primeiro secretário do Centro Acadêmico da Universidade Católica de Santos (UniSantos), Henrique Pabst, sete classes participaram do ato. “Inúmeras vezes nos reportamos para tentar solucionar o problema, tanto via Centro Acadêmico, quanto por meio de representantes de classe. As carteiras estão péssimas, velhas, não cabe um caderno”, diz.


Os estudantes empilharam as carteiras no pátio da universidade e, em seguida, sentaram no chão como forma de protesto. “Alguns professores permaneceram em sala dando aula, porém a instituição optou por interromper as aulas definitivamente por causa do protesto”, afirma Henrique.


O diretor do Centro Acadêmico, Reinaldo Neo, afirma que o protesto vai além dos problemas com as carteiras. “Emitimos uma nota de repúdio, com relação ao aumento das taxas da secretaria, que está variando de R$ 10 a R$ 20 por uma folha de papel. O protesto de empilhamento de carteiras foi pela falta de resposta aos alunos. As carteiras também foram empilhadas na porta da direção”, finaliza Reinaldo.


Em relação aos valores cobrados na secretaria, a Universidade Católica de Santos comunica que, após investimentos em novos sistemas e serviços de secretaria online, realizou atualização de valores das taxas escolares e ampliou a oferta de serviços gratuitos. 

No entanto, apesar dos benefícios, a Universidade reviu a viabilidade das medidas, na perspectiva dos impactos para os estudantes e optou por retornar às práticas de atendimento presencial e à manutenção dos valores anteriormente vigentes. A universidade não se pronunciou sobre as condições das carteiras.

Segundo alunos, aulas foram interrompidas