Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Viviana Padelin
PRIMEIRA ETAPA –
Etapa de implantação
Governo Populista:
Esta etapa pode
ocupar até três presidências do mesmo governante ou mesmo partido ou mesma
coalizão de esquerda. A implantação de cada um desses pontos dependerá da
aceitação popular podendo, em consequência, dispensar alguns deles ou então
acelerar o processo em sua segunda etapa.
Assistencialismo:
Aumento de bônus
familiares por filho, grávidas, planos de emergência, bolsas etc. Objetivo:
votos de cabresto na próxima eleição.
Aumento da
quantidade de cargos públicos:
Estimam-se quatro
votos do grupo familiar por cada novo emprego público. Os capitais privados
começam a diminuir seus investimentos e seus empregados são absorvidos pelo
sistema público. Objetivo: votos de cabresto na próxima eleição.
Aumento de salários
e aposentadorias (inclusive aposentadorias sem contribuição prévia):
Inicialmente conta
com a aprovação da classe trabalhadora e dos sindicatos. Depois, começa a
espiral inflacionária que anulará todos os aumentos. O custo de vida dispara.
Objetivo:
fidelização de eleitores e votos de cabresto na próxima eleição.
Meios de
comunicação:
Por meio da
publicidade oficial, o governo se assegura que somente aqueles jornalistas,
atores, diretores e artistas oficiais tenham visibilidade. Começa a censura.
Fica impedido o conhecimento da realidade.
Forças Armadas e de
Segurança:
Perseguição
daqueles que tenham combatido a subversão nos anos 60/70. Demonização na mídia
e perseguição processual na justiça.
Cultura:
Campanhas na mídia
e instalação de grupos de contestação às opiniões de personalidades contrárias
ao regime.
Corrupção:
Denuncia de atos de
corrupção de funcionários 3º ou 4º escalões. Mostra que o governo não admite
corrupção e enquadra toda a administração pública que, temerosa, age fielmente
em favor do governo. Funcionários de confiança, ou políticos, incapazes de
encontrar outro trabalho, encobrem os atos de corrupção no círculo dos amigos
do governo, em montantes muito mais elevados.
Discriminação e direitos
humanos:
O governo encontra
um nicho de eleitores nas minorias excluídas (índios, homossexuais, transexuais
etc) e legisla para elas. Promove-se com acusações falsas de discriminação em
conflitos pessoais, de trabalho etc. Objetivo: criação de grupos ideológicos
para a defesa do regime, fidelização de eleitores e votos de cabresto na
próxima eleição.
Revisão do passado
recente:
Relembrança
permanente de ditaduras militares passadas ou de governos democráticos.
Objetivo: recriar a imagem de um inimigo inexistente na atualidade, porém
temido. Apresentar-se como a única opção possível de governo.
Aumento exponencial
da delinquência comum:
Delinquência é uma
ferramenta essencial para a implantação do neocomunismo. Os atos de violência
atemorizam, pulverizam, isolam e reduzem os possíveis atos de protesto dos
trabalhadores de classe média. Os delinquentes dominam as ruas. Fornece uma
desculpa para campanhas de desarmamento da população civil.
Forças de
segurança:
Desmonte
progressivo. Campanhas de desmoralização por supostos atos de corrupção e
violência. Faltam equipamentos, mas sobram autoridades para exercer a tarefa de
garantir direitos humanos para os criminosos.
Impunidade pelos
atos de delinquência:
Juízes sociais
garantem a impunidade. Utilização de menores para o cometimento de crimes.
Oposição:
Começa a se
fragmentar e a alinhar-se com a base do governo. Não há referenciais.
Igreja:
Começam os choques
com a Igreja Católica.
Ocupações de
fábricas inoperantes e terras públicas ou privadas:
Como prenúncio das
expropriações, os capitais estrangeiros começam a se retirar do país. O
ingresso da capitais cessa. Perseguições na mídia aos empresários nacionais.
Estatização de empresas privatizadas. A classe média não consegue se organizar
como oposição.
Aumento de ONG’s de
esquerda:
Criação de redes
transnacionais para assediar opositores.
Criação de grupos
de choque:
Utilizados como
promotores de violência, ainda sem armas, divulgadores do regime em atos
públicos oficiais e agentes da neutralização de atos públicos da oposição.
Educação:
Criação de novas
universidades. Diplomas à vontade. Facilidades aos grupos de esquerda que
sustentem ideologicamente o regime. A essa altura o nível educacional é muito
baixo em todos os níveis do ensino.
Aumento dos
impostos sobre lucros e fortunas:
Oneram
trabalhadores com salários médios e médios-baixos e se alega que sua finalidade
confiscatória é a “redistribuição da riqueza”, porém servem para manter e
financiar o sistema.
Aumento do consumo
de drogas e do narcotráfico:
Novas pistas
clandestinas. Aumento de acidentes de pequenos aviões, por sobrecarga.
Surgimento de uma nova classe social opulenta, em sua maioria jovens de menos
de 40 anos.
Censo habitacional:
O objetivo é conhecer
a quantidade de imóveis desocupados e os proprietários com mais de um imóvel.
Os dados são armazenados para uso na terceira fase.
Fragmentação de
centrais sindicais:
Os dirigentes não
alinhados com o regime se retiram das centrais pelegas para formar centrais
sindicais dissidentes, sem a menor possibilidade de êxito.
Falência do sistema
de saúde:
As prestadoras
privadas de saúde não conseguem prestar serviços de qualidade em um cenário de
inflação crescente e alto custo dos salários e encargos trabalhistas. São quase
obrigadas a vender suas empresas a preço vil ou então serão estatizadas. Os
hospitais estatais terão como pacientes as faixas baixa, média-baixa, média e
média-alta, levando ao colapso do sistema.
Desvalorização dos
símbolos nacionais:
Desrespeito e modificação em bandeiras, escudos, hinos etc.
SEGUNDA ETAPA-
Etapa de implantação/consolidação
Destruição da
Classe Média:
Assim com foi o
objetivo contra as Forças Armadas e as Forças de Segurança na primeira etapa,
agora é a vez da classe média. Desespero, desamparo, subversão da ordem
estabelecida. O objetivo é destruí-la. Melhor ainda, rebaixá-la mais abaixo
ainda que a classe baixa. Estigmatiza-la, fazê-la culpada pela pobreza dos
outros, pela ditadura militar, pela discriminação, pelas violências a que eram
submetidos os criminosos etc. Uma classe média pulverizada, culpada, temerosa,
inexperiente ou acomodada não conseguirá fazer frente a esses regimes.
Reforma
Constitucional (para eternizar-se no poder):
Pode ou não ser
necessária. Dependerá das possibilidades de outros candidatos opositores.
Aprovação do
matrimônio homossexual
Aprovação do aborto
Lei da mídia, ou
lei da mordaça. Lei da censura
Perseguição aberta
de opositores:
Guerra midiática e
judiciária total.
Politização da
justiça:
O Poder Judiciário
colapsa, tornando-se um servidor do governo.
O crime domina as
ruas:
A impunidade é
total.
Deterioração
econômica:
A espiral
inflacionária dispara.
Legalização da
maconha:
Legalização, posse
e plantação para consumo próprio.
Destruição total,
moral e física das Forças Armadas e de Segurança.
Oposição
fragmentada:
Pode ganhar
eleições legislativas porém são incapazes de exercer uma gestão eficaz e ainda
menos de aumentar seu número de simpatizantes.
Surgem “novos
inimigos” de esquerda:
Começam a atuar
grupos de choque, agora já armados. Política, ideológica e operacionalmente
obedecem ao governo de plantão; mas são grupos de extrema-esquerda opostos ao
oficialismo. No futuro formarão as milícias armadas.
Divisão de
municípios e estados :
Promove a base
eleitoral; criação de cargos públicos e maior controle de grupos opositores em
nível local.
Perseguição de
grupos cristãos (lei de Cultos):
A aprovação dessa
lei permitirá a perseguição de grupos católicos, protestantes, evangélicos e
espiritualistas cristãos.
Criação de milícias
armadas:
Os
grupos de choque citados acima como somente presentes em atos do governo
ou infiltrados em manifestações de oposição agora receberão instrução
militar substituindo as Forças Armadas, destruídas na segunda etapa.
o Expropriações
o Prisões e crimes políticos
o Ataque à Igreja Católica
o Sistema eleitoral manipulado pelo governo
o Eleições fraudulentas
o Espiral inflacionária
TERCEIRA ETAPA –
Tomada do poder pelo socialismo
Esta enumeração
cronológica nos permite identificar em que etapa um país se encontra.
Em que etapa você
acha que o Brasil está?
Ou não há transição
para o socialismo no Brasil?
Viviana Padelin é
membro da Fraternidad Libertaria Latinoamericana- Costa Rica Tradução: Coronel
MB José Gobbo Ferreira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário