domingo, 8 de junho de 2014

(Repito a noticia porque ela é importante)Dias Toffoli facilita as coisas para os fraudadores: TSE não fará testes nas urnas, apesar do MPF em SP comprovar que votação eletrônica é vulnerável


Ministério Público Federal em São Paulo comprova que votação eletrônica é vulnerável
O que se pode esperar do processo eleitoral brasileiro, depois que o Ministério Público Federal em São Paulo admitiu, oficialmente, que o sistema atual de votação eletrônica é falho, não pode garantir o sigilo do voto e nem a integridade dos resultados das eleições? A resposta é: NADA! Pelo menos no que depender do Tribunal Superior Eleitoral que este ano resolveu não fazer nenhum teste de segurança das urnas antes da eleição de outubro. 

O presidente do TSE, José Antonio Dias Toffoli, deve explicações públicas sobre tal omissão. [mês passado fui a um órgão público no DF e ao passar na catraca de acesso, coloquei o dedão na leitora biométrica e quando o acesso foi liberado percebi que o nome indicado era outro;
Imediatamente, avisei aos responsáveis pela segurança que demonstraram certa incredibilidade.
Insisti sobre a procedência de minha reclamação e após alguns minutos, me acompanharam até a catraca quando coloquei o dedão a catraca foi liberada para minha saída e com o meu nome correto.

Tornou-se questão de honra provar que não era um mentiroso. Diante do argumento apresentado pelo pessoal da segurança de que na presença de várias testemunhas o sistema havia me identificado corretamente, não procedendo qualquer afirmativa contra a eficiência, credibilidade e confiança da identificação biométrica, fiz ver ao Chefe da Segurança que havia sido registrado corretamente minha saída e solicitei – melhor definindo, exigi enfaticamente – fosse emitido relatório com o nome de todos que tinham  ingressado no prédio nos últimos dez minutos (meu ingresso tinha ocorrido no máximo a uns cinco minutos, se deu pela leitura biométrica do meu polegar e liberação da catraca, fato presenciado por várias testemunhas, inclusive os agentes de segurança que tentavam me desacreditar)  portanto, deveria constar do mesmo meu ingresso, caso estivesse mentindo ou equivocado. 

Fui atendido e NÃO CONSTOU do relatório meu nome entrando no prédio, constando apenas a saída. 

Diante dos fatos, o chefe da segurança, a contragosto, declarou que alguns incidentes semelhantes tinham ocorrido, mas, muito raramente.  

De tudo, se conclui que se o sistema de identificação biométrica pode apresentar falhas por defeitos,  é possível que também falhe em função de erros de programação, o que impede a admissão da total e absoluta confiabilidade das urnas eletrônicas.]

O pleito deste ano está antecipadamente sob suspeita. O procurador federal Pedro Antônio Machado, em São Paulo, produziu um parecer baseado em relatório de pesquisadores da Universidade de Brasília – que identificaram vulnerabilidades no processo eletrônico de votação. O gravíssimo problema agora está nas mãos do procurador regional eleitoral André de Carvalho Ramos. Burocraticamente, ele tem a obrigação de enviar o caso ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. Na sequência, o TRE-SP tem de mandar o relatório ao TSE. O problema é que, na instância máxima da Justiça Eleitoral, nada será levado em conta ou apurado.

Concretamente, o Brasil é uma Zona Eleitoral... Os sistemas de registro, transmissão e contagem de votos demonstram vulnerabilidade de segurança. Nada é seguro e inviolável – como dogmaticamente prega a propaganda do Tribunal Superior Eleitoral, cujos componentes sempre dificultaram grupos de pesquisadores isentos que insistem em testar a confiabilidade do sistema eletrônico de votação brasileiro, para propor alterações de segurança. Estranhamente, o TSE sempre foi contra qualquer proposta de implantação da impressão do voto, para uma auditoria de recontagem por amostragem.

Em 2012, uma equipe de técnicos da Universidade de Brasília (UnB) simulou uma eleição, em audiência pública do TSE, na qual ficou demonstrada a fragilidade do processo. O professor de computação Diego Aranha, hoje trabalhando na Unicamp, descreveu ao jornal O Globo como foi o trabalho: “No teste, o TSE abriu o código de programação do software da urna e nos deu cinco horas para analisar mais de 10 milhões de linhas de programação. Em menos de uma hora descobrimos a equação usada pelas urnas para embaralhar os votos que ela registra e, para provar isso, simulamos uma eleição com 475 votos e, em seguida, ordenamos os votos que foram registrados nela. Resumindo: achamos um erro banal do sistema”.

O processo eleitoral brasileiro é uma inaceitável caixa preta modernosa. O TSE se limitou a baixar a Portaria nº 215 do diretor-geral da secretaria da corte eleitoral. O objetivo é criar um grupo de trabalho para estudar e propor soluções aos problemas referentes à segurança do sistema automatizado de votação adotado no país. Oficialmente, segundo o TSE, o “grupo de segurança” deve “mapear requisitos de segurança das diversas fases do processo eleitoral brasileiro, elaborar um plano nacional de segurança do voto informatizado, propor um modelo ágil de auditoria da votação e totalização dos votos e estudar, propor e validar modelos de execução do teste de segurança”.

O probleminha é que o tal “grupo de segurança” é fechado demais. A equipe de 12 pessoas só conta com um membro “independente”: o Professor titular da Faculdade de Ciência da Informação e diretor do Centro de Pesquisa em Arquitetura da Informação da UnB, Mamede Lima-Marques. Oito membros são oriundos de tribunais regionais eleitorais e três da própria corte eleitoral.

Pesquisadores querem fazer testes realistas e sem restrições impostas pela burocracia do TSE. Estranhamente, no Brasil, não existe transparência suficiente para isto. Assim, o resultado eleitoral se configura em dogma inquestionável. No momento em que o partido no poder corre alto risco de perder a eleição, torna-se ainda mais suspeito qualquer impedimento para assegurar a total lisura do processo eletrônico.

Fonte: Blog Alerta Total – Jorge Serrão--- BLOG PRONTIDÃO

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