domingo, 8 de junho de 2014

Metroviários decidem manter greve em São Paulo





Em julgamento, TRT considerou paralisação abusiva neste domingo (8).


Sindicatos serão multados em R$ 500 mil por dia sem trabalhar.

 Do G1 São Paulo
 
Os metroviários decidiram manter a greve em São Paulo, que já dura quatro dias. Mesmo após decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), que neste domingo (8) considerou a greve abusiva, os trabalhadores decidiram em assembleia manter a paralisação. A categoria deve se reunir novamente nesta segunda-feira (9), às 13h.


Antes do fim da reunião, houve um princípio de tumulto entre os sindicalistas favoráveis à continuidade da greve e aqueles que defendiam que a categoria volte ao trabalho.

Por determinação do TRT, os sindicatos serão multados em R$ 500 mil por dia parado. Até antes do julgamento do dissídio, a multa diária era de R$ 100 mil.
"Da 0h do dia 5 até aqui, nós vamos computar 100 mil por dia de multa, pode ser considerada por fração. Depois do julgamento, as partes estão cientes, nós vamos computar 500 mil por dia", afirmou o desembargador Rafael Pugliese após o julgamento.

O tribunal também ratificou a proposta de reajuste de 8,7% do Metrô, alegando que é preciso considerar a "boa fé e capacidade financeira" de pagamento da Companhia. Os metroviários pedem aumento de 12,2%. Logo no início da assembleia deste domingo, os trabalhadores vaiaram a decisão do tribunal.

O governo chegou a propor 8,8% de aumento, mas depois declinou da oferta, e manteve o valor de 8,7% de reajuste nesta sexta-feira (6). Os metroviários seguiram com pedido de aumento de 12,2%. “A gente quer o aumento de dois dígitos como o Haddad deu, de 10%, para os motoristas”, defendeu o presidente Sindicato dos Metroviários, Altino Melo dos Prazeres.

Durante a assembleia, os metroviários chegaram a vaiar a decisão judicial sobre reajuste salarial apresentada pelos representantes do Metrô.

Estações fechadas
 
Neste domingo, a cidade de São Paulo amanheceu com 4 linhas do Metrô funcionando parcialmente, com algumas estações fechadas. Por volta das 12h30, a linha 1-Azul operava no trecho Ana Rosa e Luz; a linha 2-Verde entre Ana Rosa e Vila Madalena; e a linha 3-Vermelha entre Bresser-Mooca e Marechal Deodoro.


A linha 4-Amarela, que operou normalmente neste sábado (7), está com interdições no trecho entre as estações Paulista e Faria Lima por causa da execução de obras nas futuras estações Fradique Coutinho e Oscar Freire.

Nesse trecho, está implantada a operação Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência), que coloca ônibus à disposição dos passageiros. A linha 5-Lilás funciona normalmente desde as 4h45.

Plano de contingência
Na tentativa de minimizar o impacto da greve, o Metrô colocou em prática um plano de contingência. Supervisores e funcionários foram remanejados para manter o sistema em funcionamento em determinados trechos das linhas 1, 2 e 3 nestes três primeiros dias da greve.


Linhas de ônibus também foram mobilizadas para transportar os passageiros nos trechos onde a circulação foi paralisada. A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também adotou uma operação especial na tentativa de auxiliar os usuários do Metrô.
 
 

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