segunda-feira, 23 de junho de 2014

Após saída do PTB, Planalto tenta conter debandada de aliados de Dilma

PP, PR e PSD ainda sofrem assédio para pularem no barco dos candidatos de oposição Aécio Neves e Eduardo Campos
 
 Correio Braziliense

 
Publicação: 23/06/2014 06:00 

Reunião de Dilma Rousseff com líderes da base aliada, no início do governo: o Planalto teme perder o apoio de três partidos (Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press - 2/3/11)
Reunião de Dilma Rousseff com líderes da base aliada, no início do governo: o Planalto teme perder o apoio de três partidos


Três partidos, totalizando quase oito minutos de propaganda eleitoral diária de rádio e televisão, decidirão, até o dia 30 deste mês, se apoiarão a reeleição da presidente Dilma Rousseff. 



PP e PSD têm convenções partidárias marcadas para esta quarta-feira, dia 25. O PR decidiu transferir a decisão para a reunião da Executiva Nacional, em 30 de junho — algo que poderá acontecer também com o PSD, se o presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, decidir por um tempo maior para pensar o futuro da legenda.

A princípio, todos eles devem coligar-se com Dilma. Mas essa também era a expectativa em relação ao PTB, até os petebistas mudarem de ideia e decidirem apoiar a candidatura de Aécio Neves (MG) ao Palácio do Planalto, transferindo para o senador mineiro um minuto e 16 segundos diários de propaganda eleitoral.



 “O PTB fez a mesma coisa que nós fizemos. Reunimos o partido com a presidente Dilma Rousseff e prometemos apoio à ela. E olha que nem servimos comes e bebes no encontro”, ironizou um dos articuladores políticos do PSD.


Durante a convenção nacional do PT que homologou a candidatura de Dilma Rousseff, no último sábado, Kassab foi vaiado toda vez que teve seu nome anunciado pelo cerimonial. Os tucanos não acham que isso possa influenciar na decisão. 



Até porque, segundo aliados de Kassab, um gesto mais forte para atrair o PSD não foi dado pelo PSDB de São Paulo: o governador Geraldo Alckmin decidiu por fechar uma coligação com o PSB na vice, preterindo o próprio Kassab. “Se Kassab fosse vice em São Paulo, ele puxaria o PSDB para o colo de Aécio Neves”, admitiu uma pessoa próxima.

Dos cinco estados onde o PSD é mais forte — São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná —, só o diretório baiano é petista. Cariocas, mineiros e paranaenses são aecistas e São Paulo vai seguir o que Kassab decidir. 


Mas esta é a unidade da Federação que conta com 25% dos votos na convenção, o que a torna fundamental no placar final. “Por enquanto, nada indica que o apoio à reeleição da presidente Dilma seja rejeitado. 



Mas, se Kassab sugerir, por exemplo, o adiamento da definição para o dia 30, dando mais tempo até mesmo para que as negociações em São Paulo se definam, duvido que alguém recuse a proposta”, sugeriu um integrante da cúpula pessedista.

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