Robozinho do Lula quer roubar mais quatro anos do Brasil, repaginando promessas velhas que não cumpriu. O Plano de Transformação Nacional já nasceu com uma sigla: PNTC. Ou seja, um plano para fazer o Brasil TNC por mais quatro anos.
De olho no desejo de mudança do
eleitorado e buscando alfinetar o candidato tucano Aécio Neves, a presidente
Dilma Rousseff decidiu incluir no discurso que oficializou sua candidatura à
reeleição propostas para um segundo mandato. Uma delas, o Plano de
Transformação Nacional(leia-se PTNC), reúne várias promessas feitas na última campanha e ao
longo do mandato, mas com cara nova.
Segundo a Folha apurou, a cúpula
da campanha petista quis fazer um contraponto com Aécio, cuja candidatura foi
lançada duas semanas atrás, para explorar as diferenças entre as convenções dos
dois partidos. "Aécio fez um discurso
superficial, não mostrou nenhuma proposta concreta, enquanto a Dilma já mostrou
ao eleitorado um plano", disse um integrante da campanha.
O gesto é um aceno aos eleitores
que dizem desejar mudanças no próximo governo --74%, segundo a última pesquisa
Datafolha, realizada entre os dias 2 e 5 de junho. Além disso, a equipe da campanha
dilmista busca desassociar nomes da oposição da mudança desejada pelo
eleitorado.
No Datafolha, Aécio aparece à
frente de Dilma como o mais capaz de mudar a cara do governo. O tucano, porém,
fica atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apontado por 35% dos
entrevistados como o mais preparado. Aécio é mencionado por 21%, enquanto Dilma
é citada por 16% e o ex-governador Eduardo Campos, por 9%. No governo, a avaliação é que
Dilma e sua equipe precisam enfatizar os ganhos sociais das gestões petistas,
uma vez que a área econômica sofreu desgaste com uma série de más notícias.
Ao aglutinar projetos já
viabilizados ao longo dos últimos anos, o Plano de Transformação Nacional
emerge como uma oportunidade de "vender" o compromisso petista de não
só manter iniciativas como Luz Para Todos, Bolsa Família e Minha Casa, Minha
Vida, mas ampliá-las.
Além da ênfase na mudança, a fala
da presidente e, principalmente, as do ex-presidente Lula e do presidente do
PT, Rui Falcão, miraram no sentimento de parcela do eleitorado que passou a
vincular o governo e o PT a atos de corrupção. Pesquisas internas do partido
captaram essa percepção, que fragilizou não só a imagem do PT, mas também a da
presidente Dilma, principalmente no episódio envolvendo a Petrobras.
Foi por isso que o ministro
Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) passou a afirmar que o
estigma da corrupção pegou. Pelo mesmo motivo, Lula e Falcão pediram na
convenção que a militância vá às ruas e defenda o PT.
VELHAS PROPOSTAS
Quase todas as medidas anunciadas
por Dilma na convenção são propostas antigas ou remodeladas. Parceria com empresas de
telefonia do setor privado, o Banda Larga para Todos é, na prática, a segunda
fase de um programa do governo, com a novidade de propor maior velocidade de
conexão à internet. O programa aguarda aprovação da presidente.
Dilma também voltou a anunciar a
reforma política, que ela tentou emplacar, sem sucesso, como resposta às
manifestações de junho do ano passado. As reformas urbana e dos serviços
públicos, incluídas no Plano de Transformação Nacional, são ideias nascidas de
iniciativas já em curso, tais como melhorias na oferta da casa própria, no saneamento
básico e na qualidade da saúde da população.(Folha de São Paulo)
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