segunda-feira, 9 de junho de 2014

Com a palavra, Geraldo Alckmin.


 
 
Não há mal algum em Geraldo Alckmin (PSDB-SP) priorizar a sua reeleição, desde que respeite o projeto nacional do seu partido. 
 
Algumas notícias e números, no entanto,  começam a indicar que a eleição presidencial está em segundo plano, olhada com um certo descaso. 
 
Hoje, uma notícia e uma manifestação de um novo aliado acendem um sinal amarelo para a Oposição em relação ao posicionamento do tucanato alckimista. Cabe ressaltar que o PSDB do maior estado brasileiro não tem o direito atuar contra os interesses do país, sob pena de ter uma boa parte deste país contra ele. 
 
O PSB sugere que Geraldo Alckmin vai estar no mesmo palanque de Eduardo Campos. E diz que este é um problema de Aécio Neves. 
 
É um gesto inaceitável, agressivo e inadmissível vindo de um aliado. É uma desonestidade que, certamente, será desautorizada no dia de hoje pelo PSDB de São Paulo.

No Painel da Folha de São Paulo

O paulista Geraldo Alckmin ainda não ajudou o mineiro Aécio Neves a decolar no maior colégio eleitoral do país. Entre os eleitores do governador, o presidenciável do PSDB tem apenas 25% das intenções de voto. Está tecnicamente empatado com Dilma Rousseff (PT), favorita de 24% dos alckmistas. Se o quadro não mudar, os tucanos viverão uma revanche de 2006. Naquele ano, Alckmin tentou a Presidência e sofreu com o voto "Lulécio", que uniu Lula e Aécio em Minas Gerais.

À deriva Segundo o Datafolha, 23% dos alckmistas dizem não ter candidato a presidente. Outros 10% não sabem em quem votar. O governador tem aparecido pouco na pré-campanha de Aécio.

Doce vampiro Os serristas, quem diria, são mais generosos com o mineiro. Entre os que pretendem votar em José Serra (PSDB) para o Senado, Aécio tem 28%. Dilma aparece com 18%.

No Jornal Valor Econômico

Leiam a declaração de Márcio França, presidente do PSB em São Paulo, que recentemente fechou aliança com os tucanos paulistas, contrariando Marina Silva. O partido deverá ocupar o lugar de vice ou de senador na chapa de Geraldo Alckmin.

Valor Econômico: Como vai conciliar o palanque quando a disputa ficar mais acirrada entre Aécio e Campos?

Márcio França: Quem tem que se preocupar com isso é o Aécio. São Paulo é o principal Estado do PSDB e ele que deveria ficar preocupado com a possibilidade de Alckmin abrir palanque para os dois candidatos. Não podíamos deixar o PSDB sozinho em São Paulo, com 32 milhões de eleitores. Eles controlam 515 prefeituras das 645, entre prefeitos tucanos e aliados. Marina ajudará nas áreas densas, urbanas, mas no interior não tem chegada. Quem fará a interlocução no interior é o governador. É provável que Alckmin esteja no segundo turno, contra PT ou PMDB, que são de Dilma. Se Campos for para o segundo turno, quem faria o palanque dele no Estado sem essa aliança?

É importante que Geraldo Alckmin e o PSDB paulista expliquem ao país quais são os limites desta aliança com o PSB. Se nunca vimos um tucano subir em palanque com um petista, em campanhas presidenciais, o mesmo deve valer para um socialista. A política caseira tem limites. E o limite é o interesse nacional. 
 

Nenhum comentário: