Stephen Fry e sua paranoia gay
Outro dia assisti um documentário de Stephen Fry, conhecido
comediante e apresentador inglês, em que ele viajava pelo mundo à procura de
“comunidades gays”.
Na verdade, nem a denominação e nem o tema me agradam muito
porque me dão a ideia de segregação - e, na verdade, é segregação -, mas, como
já assisti muitas coisas de Fry e gostei, resolvi dar uma olhada, um crédito de
confiança, até porque peguei o filme já começado, na parte em que o comediante
estava entrevistando um aspirante a fazer comédia, Jair Bolsonaro, e isso me
chamou atenção.
A propósito de minha classificação de Bolsonaro como pré-comediante,
de certa forma eu o acho um mal necessário, mas seria muito melhor que, em vez
da sua histrionice, ele mostrasse toda a sua ênfase com o comedimento
aconselhável a todos os políticos.
Voltando ao tema, eu talvez devesse saber - mas não sabia - que Fry é um
homossexual assumido, convicto, militante e metido a intelectual. Então vejamos
o que a sua intelectualidade tem a dizer:
Perguntou a Bolsonaro se ele sabia que 480 espécies de
animais praticam o homossexualismo e que nenhum deles tem “preconceitos” a
respeito;
Disse que homossexuais são mais aceitos em bairros ricos,
porque lá as pessoas são mais cultas;
Ficou contente quando um gay hindu disse que só era bem
aceito entre as classes mais altas;
Mostrou-se muito feliz ao saber que um entrevistado seu
tinha extirpado o pênis;
Fez referências à sua própria “comunidade”, como se isolar
do resto do mundo fosse a coisa mais normal.
Fala sério! Humanos não são animais quaisquer; o estudo e a
condição financeira não têm nada a ver com moral ou natureza; como se vê, os
preconceitos vêm dos próprios gays; mutilações físicas não são motivos para
ninguém esbanjar alegria e, isolar-se, como fazem Fry e seus amiguinhos, só
fazem tornar mais difícil a convivência entre os humanos.
Sinceramente, não dá mais para aturar as tentativas de
imposição de que um comportamento aviadado ou assapatado são coisas normais. E
não me venham com perguntas ou definições sobre o que é normal porque até
analfabeto sabe quais são as referências em que eu me baseio.
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