Tudo que é demais, enjoa
A enxurrada de anúncios vendendo a ideia de que o governo Dilma
Rousseff trouxe o Brasil a um patamar de igualdade e felicidade,
pipocou! Foi demais, porque o eleitor a quem essa publicidade se dirige
sabe como está sua vida e compara sua realidade com a fantasia que o
marqueteiro quer vender como real.
Infelizmente, não foi seguida por todos e muitos que seguiram, voltaram.]
Pois eu não amava aquele Brasil e não o deixei. Agora vou de novo torcer pelos canarinhos. Mas contra o PT. Algum problema? [que não haja equívocos - a opção manifestada de torcer pelo time, aqui chamado 'canarinhos' - é da ilustre articulista.]
O Governo LuloDilma pode parar de nos vender o Brasil. O que é que eles estão pensando? Isto aqui é nosso! A torcida pela nossa seleção vai ser aguerrida e, se vencermos, o país vai vibrar, de Norte a Sul! [quem sabe? nos livrando da corja lulopetista e das esquerdas nas eleições de outubro mereçamos, em 2018, o hexa.]
Mas não se iludam: não vai ser a vitória da seleção que vai nos fazer esquecer a situação periclitante em que o Brasil está. Ou alguém acha que devemos nos orgulhar da inflação que cresce e antecipa nosso fim do mês? Ou das greves que tanto infernizam a vida das pessoas? Ou da insegurança que aflige os nossos corações?
Na mesma linha da dor, ignorar a morte que abate muita gente nas filas e corredores dos hospitais federais despreparados para atender a população? A produção industrial em queda, a economia anêmica, juros escorchantes que pelam nosso bolso e dona Dilma preocupada em criar conselhos que nada mais são do que todo poder ao Executivo, para maior vergonha ainda do Legislativo, que caso essa indecência venha a vingar, será transformado em mero carimbador das decisões do Planalto?
Está tudo errado aqui. Tudo. Mas o maior erro vem vindo por aí. A gana, a vontade que já não disfarçam, de calar nossa Imprensa. Sobretudo a TV. Dependem dela para a campanha. Lutam por minutos na telinha. Não compreendia, pois, essa perseguição.
Hoje, compreendi. A coluna Radar, da VEJA (11/06), refere-se às novas investidas petistas contra empresas jornalísticas. E acrescenta:
Ideia Fixa
A propósito, Franklin Martins não esconde de ninguém que o seu objetivo é partir a Globo em vários pedaços para diminuir-lhe o poder.
Pergunto: o governo tem a chave do cofre. Por que será que não fundou um bom jornal? Por que não quis? E a TV Brasil, por que é sempre traço?
Samuel Wainer, com a ajuda generosa de Getúlio, em seis meses criou um jornal sensacional, Última Hora, que logo ombreou com os grandes. Mas há um detalhe, Samuel Wainer era um jornalista completo. Entendia do riscado.
Que culpa temos nós, leitores e espectadores, do governo petista não ter um mestre como Wainer e uma equipe como a do Walter Clark em suas hostes? [as coisas melhores que o governo petista pode apresentar com o nome de jornalistas são obras tipo Paulo Henrique Amorim e Franklin Martins.]
Agora, sei a resposta: não é bem porque não quis, é porque não soube.
Fonte: Blog do Noblat - Por: Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa, professora e tradutora
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