Fazendo as contas
Lula tem telefonado todos os dias para o vice-presidente Michel Temer. Está nervoso com as contas da convenção nacional do PMDB na próxima terça, dia 10. Temer reconhece que existe um risco de ser traído e, para vencer e emplacar novamente a aliança com o apoio à reeleição da presidente Dilma, está contando até com os votos de Geddel Vieira Lima, na Bahia.
Lula não acredita nesses votos e tem ligado também para o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira. Assegurou que vai gravar um depoimento de apoio integral a sua candidatura ao governo do Ceará.
Quem garantiu que Lula estará ao seu lado e da ex-prefeita Luizianne Lins no palanque de Eunício foi o líder do Governo no Congresso, senador José Pimentel. Lula e Dilma estão fazendo tudo para não perderem a convenção do PMDB.
Arrumando as gavetas
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, quer deixar o Governo Dilma mesmo com a reeleição da presidente no mês de novembro. Já prepara seu plano B, mas antes negocia com o ministro da Casa Civil, Aloisio Mercadante, para emplacar o seu substituto.
Dilma prefere nomear Luiz Gonzaga Beluzzo, mas Guido trabalha abertamente para indicar o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine. Nessa queda de braço, Guido se aliou a Lula. Aldemir não está envolvido nessa articulação. E se dedica a aumentar a força do BB.
Briga sangrenta
O senador Mario Couto avisou ao presidenciável Aécio Neves que acabará em tragédia a política do Pará se o governador Simão Jatene manobrar para impedir sua candidatura à reeleição. Couto disse que não terá mais nada a perder. Ciente da gravidade do conflito entre seus aliados, Aécio costura um acordo que tanto agrade a Mario Couto quanto a Jatene, que também irá concorrer a um novo mandato de governador.
Cara crachá
Tem incomodado os senadores a presença constante do ex-deputado Wilson Santiago no Senado. Santiago esteve senador por um ano, mas foi afastado por decisão do TSE. Sem mandato, passa o tempo nas comissões, entra nas reuniões de líderes, ocupa a mesa dos senadores na hora do lanche e se comporta como se ainda fosse senador. Leva na esportiva as piadas dos antigos colegas e sustenta que fará qualquer negócio para conseguir um mandato de senador pela Paraíba este ano.
Sua pretensão deve ser levada a sério. Wilson Santiago deu mais de trinta milhões de motivos ao senador Cassio Cunha Lima, do PSDB, para que ele feche uma dobradinha com ele. Cassio sabe do desgaste, já que Santiago está enrolado com a Receita Federal, no entanto está propenso a firmar uma aliança com o PTB de Santiago.
Vendendo prestigio
Licenciada da presidência da Confederação Nacional da Agricultura(CNA), a senadora Katia Abreu começa a perder prestígio no Planalto. A presidente Dilma odeia quem se vangloria de ter amizade íntima com ela. Outro senador já sentiu o mesmo desprezo presidencial ao espalhar por Brasília essa falsa intimidade. O ex-ministro dos Portos Pedro Brito foi outro que caiu em desgraça pelo mesmo motivo. Agora, quem está se queimando com Dilma é Katia Abreu, que andou falando demais em suas viagens ao Tocantins.
Jogo duplo
O senador Benedito Lira conversou com o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira. Pediu que ele fosse interlocutor da seguinte mensagem ao presidente do Senado, Renan Calheiros: não há possibilidade dele renunciar a sua candidatura ao Governo de Alagoas e que Renan não é dono exclusivo da presidente Dilma, devido a sua proximidade institucional. Benedito Lira é Dilma em Brasília e Eduardo Campos em Alagoas. Essa dualidade eleitoral teve reflexos imediatos.
O Planalto não está tendo mais boa vontade para liberar suas emendas. E faltando poucos dias para acabar o praxo dessas liberações, Benedito Lira quer um armistício com Renan, a quem responsabiliza por ter fofocado sobre sua traição a presidente Dilma no seu estado. Irritado, Benedito teria dito em alto e bom som nos corredores do Senado: "Ele (Renan), não poderia fazer isso comigo. Me indispor com a presidente(Dilma)". Renan, logicamente, nega ter conversado com Dilma sobre a traição do senador pepista a sua reeleição.
Entrando pelo cano
O Ministério Público Federal(MPF) do Ceará abriu investigação para apurar a compra de R$ 300 milhões de canos para a obra do Cinturão das Águas. Os procuradores federais querem entender como foi possível a empresa vencedora - PB Construções - ter conseguido entregar todo o material comprado menos de uma semana depois do anúncio da licitação da obra.
Outra questão levantada atinge em cheio o procurador-geral do Estado, Fernando Oliveira, que se responsabilizou sozinho pela assinatura do contrato. Não há o endosso do secretário da área hídrica nessa aquisição milionária. Apesar desse alto investimento, a construção do Cinturão das Águas caminha lentamente e os canos guardados correm risco de estragarem.
Lula tem telefonado todos os dias para o vice-presidente Michel Temer. Está nervoso com as contas da convenção nacional do PMDB na próxima terça, dia 10. Temer reconhece que existe um risco de ser traído e, para vencer e emplacar novamente a aliança com o apoio à reeleição da presidente Dilma, está contando até com os votos de Geddel Vieira Lima, na Bahia.
Lula não acredita nesses votos e tem ligado também para o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira. Assegurou que vai gravar um depoimento de apoio integral a sua candidatura ao governo do Ceará.
Quem garantiu que Lula estará ao seu lado e da ex-prefeita Luizianne Lins no palanque de Eunício foi o líder do Governo no Congresso, senador José Pimentel. Lula e Dilma estão fazendo tudo para não perderem a convenção do PMDB.
Arrumando as gavetas
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, quer deixar o Governo Dilma mesmo com a reeleição da presidente no mês de novembro. Já prepara seu plano B, mas antes negocia com o ministro da Casa Civil, Aloisio Mercadante, para emplacar o seu substituto.
Dilma prefere nomear Luiz Gonzaga Beluzzo, mas Guido trabalha abertamente para indicar o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine. Nessa queda de braço, Guido se aliou a Lula. Aldemir não está envolvido nessa articulação. E se dedica a aumentar a força do BB.
Briga sangrenta
O senador Mario Couto avisou ao presidenciável Aécio Neves que acabará em tragédia a política do Pará se o governador Simão Jatene manobrar para impedir sua candidatura à reeleição. Couto disse que não terá mais nada a perder. Ciente da gravidade do conflito entre seus aliados, Aécio costura um acordo que tanto agrade a Mario Couto quanto a Jatene, que também irá concorrer a um novo mandato de governador.
Cara crachá
Tem incomodado os senadores a presença constante do ex-deputado Wilson Santiago no Senado. Santiago esteve senador por um ano, mas foi afastado por decisão do TSE. Sem mandato, passa o tempo nas comissões, entra nas reuniões de líderes, ocupa a mesa dos senadores na hora do lanche e se comporta como se ainda fosse senador. Leva na esportiva as piadas dos antigos colegas e sustenta que fará qualquer negócio para conseguir um mandato de senador pela Paraíba este ano.
Sua pretensão deve ser levada a sério. Wilson Santiago deu mais de trinta milhões de motivos ao senador Cassio Cunha Lima, do PSDB, para que ele feche uma dobradinha com ele. Cassio sabe do desgaste, já que Santiago está enrolado com a Receita Federal, no entanto está propenso a firmar uma aliança com o PTB de Santiago.
Vendendo prestigio
Licenciada da presidência da Confederação Nacional da Agricultura(CNA), a senadora Katia Abreu começa a perder prestígio no Planalto. A presidente Dilma odeia quem se vangloria de ter amizade íntima com ela. Outro senador já sentiu o mesmo desprezo presidencial ao espalhar por Brasília essa falsa intimidade. O ex-ministro dos Portos Pedro Brito foi outro que caiu em desgraça pelo mesmo motivo. Agora, quem está se queimando com Dilma é Katia Abreu, que andou falando demais em suas viagens ao Tocantins.
Jogo duplo
O senador Benedito Lira conversou com o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira. Pediu que ele fosse interlocutor da seguinte mensagem ao presidente do Senado, Renan Calheiros: não há possibilidade dele renunciar a sua candidatura ao Governo de Alagoas e que Renan não é dono exclusivo da presidente Dilma, devido a sua proximidade institucional. Benedito Lira é Dilma em Brasília e Eduardo Campos em Alagoas. Essa dualidade eleitoral teve reflexos imediatos.
O Planalto não está tendo mais boa vontade para liberar suas emendas. E faltando poucos dias para acabar o praxo dessas liberações, Benedito Lira quer um armistício com Renan, a quem responsabiliza por ter fofocado sobre sua traição a presidente Dilma no seu estado. Irritado, Benedito teria dito em alto e bom som nos corredores do Senado: "Ele (Renan), não poderia fazer isso comigo. Me indispor com a presidente(Dilma)". Renan, logicamente, nega ter conversado com Dilma sobre a traição do senador pepista a sua reeleição.
Entrando pelo cano
O Ministério Público Federal(MPF) do Ceará abriu investigação para apurar a compra de R$ 300 milhões de canos para a obra do Cinturão das Águas. Os procuradores federais querem entender como foi possível a empresa vencedora - PB Construções - ter conseguido entregar todo o material comprado menos de uma semana depois do anúncio da licitação da obra.
Outra questão levantada atinge em cheio o procurador-geral do Estado, Fernando Oliveira, que se responsabilizou sozinho pela assinatura do contrato. Não há o endosso do secretário da área hídrica nessa aquisição milionária. Apesar desse alto investimento, a construção do Cinturão das Águas caminha lentamente e os canos guardados correm risco de estragarem.
“Uma das alegrias da amizade é saber em quem confiar." Alessandro Manzoni
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