Dados da FAO indicam que a agricultura é responsável por 70% do consumo da água doce. Os números revelam, ainda, que 22% são usados na indústria e apenas 8% destinados ao consumo doméstico
Agência Brasil Correio Braziliense
Publicação: 27/11/2014 19:44
A crise da água no
estado de São Paulo evidencia necessidade de preservação do meio
ambiente para que a produção de itens primários seja sustentável no
Brasil, conforme defendeu nesta quinta-feira (27/11) o diretor-geral
brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek. "Se fizéssemos a
reutilização das águas da chuva e preservássemos a mata ciliar, onde tem
córregos e nascentes, a crise de São Paulo seria menos da metade do que
está sendo", salientou.
"Não precisamos de catástrofes para saber que a água, o solo e o ar têm de ser bem cuidados para que consigamos construir um mundo melhor", acrescentou Samek, durante o 2º Fórum de Agricultura da América do Sul, em Foz do Iguaçu (PR).
Dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), indicam que a agricultura é responsável por 70% do consumo da água doce. Os números revelam, ainda, que 22% são usados na indústria e apenas 8% destinados ao consumo doméstico. Também considera a importância do agronegócio, que garantiu, em 2013, superávit de US$ 2 bilhões na balança comercial brasileira. No mesmo período, o setor registrou superávit de US$ 83 bilhões.
Samek ressaltou que não se trata de deixar de explorar o país, mas de como isso é feito. Segundo ele, o novo Código Florestal (Lei 12.651/2012) é uma vitória. "Foi uma grande arrancada, a parte principal dos problemas a serem resolvidos, principalmente daqueles a serem evitados", assinalou. "Sempre trabalhamos com a hipótese de que a água seria infinita e que poderíamos gastar à vontade".
Com o tema Inovação e Sustentabilidade no Campo, o evento discute o agronegócio mundial a partir da realidade sul-americana. O fórum ocorre até esta sexta-feira (28/11).
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Também se discutiu a necessidade de regulamentação do comércio, contemplando países em desenvolvimento. "Desde que o comércio passou a ser regulado, o que foi conquistado por legislação tem por base interesses de países desenvolvidos. Eles pleitearam e conseguiram", disse Jorge Fontoura Nogueira, árbitro do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul.
Segundo ele, as questões reguladas, como subsídios de patentes, barreiras sanitárias e fitossanitárias, integram a agenda de países desenvolvidos. "Os países em desenvolvimento têm numerosos interesses e muito a fazer", ressaltou
A América do Sul responde por 28% do mercado internacional de grãos e cereais e 30% do comércio internacional de carnes (suínos, bovinos e aves). Ou seja, um terço do mercado global de grãos e carnes é da região. De acordo com a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária, em relação ao mercado brasileiro o agronegócio, até outubro deste ano, representa 44% das exportações de 2014.
"Não precisamos de catástrofes para saber que a água, o solo e o ar têm de ser bem cuidados para que consigamos construir um mundo melhor", acrescentou Samek, durante o 2º Fórum de Agricultura da América do Sul, em Foz do Iguaçu (PR).
Dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), indicam que a agricultura é responsável por 70% do consumo da água doce. Os números revelam, ainda, que 22% são usados na indústria e apenas 8% destinados ao consumo doméstico. Também considera a importância do agronegócio, que garantiu, em 2013, superávit de US$ 2 bilhões na balança comercial brasileira. No mesmo período, o setor registrou superávit de US$ 83 bilhões.
Samek ressaltou que não se trata de deixar de explorar o país, mas de como isso é feito. Segundo ele, o novo Código Florestal (Lei 12.651/2012) é uma vitória. "Foi uma grande arrancada, a parte principal dos problemas a serem resolvidos, principalmente daqueles a serem evitados", assinalou. "Sempre trabalhamos com a hipótese de que a água seria infinita e que poderíamos gastar à vontade".
Com o tema Inovação e Sustentabilidade no Campo, o evento discute o agronegócio mundial a partir da realidade sul-americana. O fórum ocorre até esta sexta-feira (28/11).
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Também se discutiu a necessidade de regulamentação do comércio, contemplando países em desenvolvimento. "Desde que o comércio passou a ser regulado, o que foi conquistado por legislação tem por base interesses de países desenvolvidos. Eles pleitearam e conseguiram", disse Jorge Fontoura Nogueira, árbitro do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul.
Segundo ele, as questões reguladas, como subsídios de patentes, barreiras sanitárias e fitossanitárias, integram a agenda de países desenvolvidos. "Os países em desenvolvimento têm numerosos interesses e muito a fazer", ressaltou
A América do Sul responde por 28% do mercado internacional de grãos e cereais e 30% do comércio internacional de carnes (suínos, bovinos e aves). Ou seja, um terço do mercado global de grãos e carnes é da região. De acordo com a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária, em relação ao mercado brasileiro o agronegócio, até outubro deste ano, representa 44% das exportações de 2014.
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