quinta-feira, 17 de abril de 2014

BRs 020 e 070 são fechadas em protesto do MST




Manifestantes relembraram o massacre de Eldorado dos Carajás
 
Duas rodovias do Distrito Federal foram palco de manifestações do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), na manhã desta quinta-feira (17). Os integrantes do MST relembraram os 18 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, município que fica no sul do estado Pará. Cerca de 500 manifestantes - do DF e Região Metropolitana - fecharam as BRs 070 e 020, segundo um informe do MST.

A BR-070 foi fechada por cerca de 250 manifestantes logo no início da manhã, na altura do balão que dá acesso a Brazlândia. Os manifestantes queimaram pneus e o trânsito foi prejudicado no sentido Águas Lindas. Por volta de 8h10 o trânsito foi liberado. Já na BR-020 outros 250 protestantes se juntaram ao ato programado para hoje. A rodovia liga Brasília a Belém do Pará. A manifestação ocorreu entre Planaltina e Formosa (GO), na altura do quilômetro 43.

Segundo Maria Lucimar da Silva, dirigente do MST no Distrito Federal, a ação tem o objetivo de pressionar por agilidade na Reforma Agrária no DF, que está completamente paralisada, e é também um manifesto contra a criminalização dos movimentos sociais.

“O governo tem que se desburocratizar e tirar as políticas do papel. A Reforma Agrária está parada e é um instrumento de acesso à terra para milhares de trabalhadores e trabalhadoras. Não podemos falar de democracia, quando não se tem Reforma Agrária e os movimentos sociais seguem criminalizados”, afirma.

Os manifestantes ergueram faixas em homenagens às vítimas do massacre e distribuíram legumes e verduras aos motoristas.

A ação faz parte da Jornada de Lutas de Abril, em memória ao Massacre de Eldorado dos Carajás, quando militante do Movimento que estavam em marcha em direção á Belém (PA), foram cercados pela força policial e assassinaram 19 trabalhadores sem terra.

O crime ficou internacionalmente conhecimento e hoje, o 17 de abril é o Dia Internacional de Luta Camponesa, organizado pela Via Campesina.

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

Nenhum comentário: