quinta-feira, 17 de abril de 2014

Senado tenta antecipar-se à grave crise dos planos de saúde

Uma grave crise deve estourar no próximo ano (próximo governo), envolvendo os planos de saúde brasileiros, quase todos vivendo situação financeira dificílima.


Tentando antecipar-se, o Congresso Nacional deixou para a presidente Dilma Rousseff a decisão de vetar a emenda incluída na medida provisória 627, que estabelece um teto para a aplicação de multas às operadoras de planos de saúde, beneficiando as empresas.

O plenário do Senado aprovou o texto que veio da Câmara com este e outros aditivos, a fim de evitar que a MP, que trata da tributação do lucro das empresas no exterior, perdesse a validade. O prazo de vigência se encerraria na segunda-feira.

A inclusão do dispositivo sobre as multas da ANS na MP 627 foi revelada pelo GLOBO em 3 de abril e abriu uma crise entre o governo federal e o Legislativo.
O relator da proposta na Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse contar com o aval de Dilma. No entanto, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que o governo é contrário à inclusão e informou que a aprovação da emenda representaria perdão de R$ 2 bilhões para as operadoras, segundo cálculos do Ministério da Saúde.

O certo é que os planos de saúde têm uma administração sem transparência. Pagam remunerações ridículas aos médicos, hospitais e laboratórios, e assumem valores mensais irreais junto aos clientes, principalmente atingindo aqueles que têm mais de 59 anos.

Na campanha eleitoral, seria importante se esse tema fosse aprofundado, pois hoje cerca de 25% da população brasileira depende de planos de saúde.

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