Uma grave crise deve estourar no próximo ano
(próximo governo), envolvendo os planos de saúde brasileiros, quase
todos vivendo situação financeira dificílima.
Tentando antecipar-se, o Congresso Nacional deixou para a presidente
Dilma Rousseff a decisão de vetar a emenda incluída na medida provisória
627, que estabelece um teto para a aplicação de multas às operadoras de
planos de saúde, beneficiando as empresas.
O plenário do Senado aprovou o texto que veio da Câmara com este e
outros aditivos, a fim de evitar que a MP, que trata da tributação do
lucro das empresas no exterior, perdesse a validade. O prazo de vigência
se encerraria na segunda-feira.
A inclusão do dispositivo sobre as multas da ANS na MP 627 foi
revelada pelo GLOBO em 3 de abril e abriu uma crise entre o governo
federal e o Legislativo.
O relator da proposta na Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse
contar com o aval de Dilma. No entanto, o ministro da Saúde, Arthur
Chioro, afirmou que o governo é contrário à inclusão e informou que a
aprovação da emenda representaria perdão de R$ 2 bilhões para as
operadoras, segundo cálculos do Ministério da Saúde.
O certo é que os planos de saúde têm uma administração sem
transparência. Pagam remunerações ridículas aos médicos, hospitais e
laboratórios, e assumem valores mensais irreais junto aos clientes,
principalmente atingindo aqueles que têm mais de 59 anos.
Na campanha eleitoral, seria importante se esse tema fosse
aprofundado, pois hoje cerca de 25% da população brasileira depende de
planos de saúde.
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