Em abril reverenciamos a todos
os que, em meses de abril passados, tombaram pela violência política
de terroristas. Os seus algozes, na ânsia de implantar uma ditadura
comunista em nosso país, apoiados por Cuba, União soviética,China e
outros, iniciaram uma luta fraticida que envolveu jovens e enlutou o
País..
Hoje,eles,
que atentaram contra o Brasil, reescrevem a história, se passam por
vítimas e heróis .Nós não temos nem mesmo o lenitivo de nossos mortos
serem pranteados por nós.
Cabe-nos
lutar para que nossas vítimas não sejam esquecidas e que recebam
isonomia no tratamento que os “arautos” dos direitos humanos dispensam
aos seus assassinos, que hoje recebem pensões e indenizações do Estado
contra o qual pegaram em armas. Embora derrotados, seus
verdugos exibem, na prática, os galardões de uma vitória bastarda,
urdida por um revanchismo odioso.
Move-nos,
verdadeiramente, o desejo de que a sociedade brasileira faça justiça
aos que foram abatidos pelos terroristas e resgate aos seus familiares
a certeza de que não morreram em vão .
A
esses heróis o reconhecimento da Democracia e a garantia da nossa
permanente vigilância, para que o sacrifício de suas vidas não tenha
sido em vão.
14/04/69 – FRANCISCO BENTO DA SILVA
(Motorista - SP)
LUIZ FRANCISCO DA SILVA
(Guarda bancário –SP)
Mortos
durante um assalto, praticado pela Ala Vermelha do PC do B, ao carro
pagador (uma Kombi) do Banco Francês-Italiano para a América do Sul, na
Alameda Barão de Campinas, quando foram roubados vinte milhões de
cruzeiros. Participaram desta ação os terroristas: Élio Cabral de
Souza, Derly José de Carvalho, Daniel José de Carvalho, Devanir José de
Carvalho, James Allen Luz, Aderval Alves Coqueiro, Lúcio da Costa Fonseca, Gilberto Giovanetti, Ney Jansen Ferreira Júnior, Genésio Borges de Melo e Antônio Medeiros Neto.
As famílias de Daniel José de Carvalho, Devanir José de Carvalho, James Allen Luz, Aderval Alves Coqueiro, tiveram seus pedidos dec indenização deferidos pela Comissão dec Anistia
04/04/71 – JOSÉ JÚLIO TOJA MARTINEZ
(Major do Exército – Rio de Janeiro)
No
início de abril, a Brigada Pára-quedista recebeu uma denúncia de que
um casal de terroristas ocupara uma casa localizada na rua Niquelândia,
23, em Campo Grande/RJ. Não desejando passar esse informe à 2ª Sessão
do então I Exército, sem aprofundá-lo, a 2ª Sessão da Brigada, chefiada
pelo major Martinez, montou um esquema de vigilância sobre a citada
residência. Por volta das 23 horas desse dia, chegou, num táxi, um
casal, estacionando-o nas proximidades da casa vigiada. A mulher
ostentava uma volumosa barriga que indicava estar em adiantado estado
de gravidez. O fato sensibilizou Martinez, que, impelido por seu
sentimento de solidariedade, agiu impulsivamente visando preservar a
“senhora” de possíveis riscos.
Julgando
que o casal nada tinha a ver com a subversão, Martinez iniciou a
travessia da rua, a fim de solicitar-lhe que se afastasse daquela área.
Ato contínuo, de sua “barriga”, formada por uma cesta para pão com uma
abertura para saque da arma ali escondida, a mulher retirou um
revólver, matando-o instantaneamente, sem qualquer chance de reação. O
capitão Parreira, de sua equipe, ao sair em sua defesa foi gravemente
ferido por um tiro desferido pelo terrorista. Nesse momento, os demais
agentes desencadearam cerrado tiroteio que causou a morte do casal de
terroristas. Estes foram identificados como sendo os militantes do MR-8
Mário de Souza Prata e sua amante Marilena Villas-Bôas Pinto, ambos de
alta periculosidade e responsáveis por uma extensa lista de atos
terroristas.
No
“aparelho” do casal foram encontrados explosivos, munição e armas,
além de dezenas de levantamentos de bancos, de supermercados, de
diplomatas estrangeiros e de generais do Exército.
O major Martinez. deixou viúva e quatro filhos, três meninas e um menino, a mais velha, à época, com onze anos de idade.veram.
A família de Marilena Villas-Boas e Mario de Souza Prata foram indenizadas pelo governo federal.
07/04/71 – MARIA ALICE MATOS
(Empregada doméstica – Rio de Janeiro)
Morta por terroristas quando do assalto a um depósito de material de construção.
15/04/71 – HENNING ALBERT BOILESEN
(Industrial – São Paulo)
Quando
da criação da Operação Bandeirante, o então comandante do II Exército,
general Canavarro, reuniu-se com o governador do Estado de São Paulo,
com várias autoridades federais, estaduais, municipais e com
industriais paulistas para solicitar o apoio para um órgão que
necessitava ser criado com rapidez, a fim de fazer frente ao crescente
terrorismo que estava em curso no estado de São Paulo.
Os
terroristas,a pedido de Carlos Lamarca, escolheram três nomes para
serem assassinados, como forma de intimidar os demais colaboradores.
Estes eram: Henning A. Boilesen, Peri Igel e Sebastião Camargo (Camargo
Correia) O escolhido foi o presidente da Ultragás, Henning Albert
Boilesen, um dinamarquês, naturalizado brasileiro.
Da
ação participaram: Devanir José de Carvalho, Dimas Antonio Casemiro,
Gilberto Faria Lima e José Dan de Carvalho, pelo MRT; Carlos Eugênio
Sarmento Coelho da Paz, pela ALN; Gregório Mendonça e Laerte Dorneles
Méliga (chefe de gabinete do então governador do RS, Olívio Dutra),
pela VPR.
No
dia 15 de abril de 1971 um Comando Revolucionário, integrado pelos
terroristas Yuri Xavier Pereira, Joaquim Alencar Seixas, José Milton
Barbosa, Dimas Antonio Casimiro e Antonio Sérgio de Matos, covardemente
assassinou Boilesen. Joaquim Alencar Seixas e Gilberto Faria Lima jogaram os panfletos por cima do cadáver. Sobre
o corpo de Boilesen, mutilado com dezenove tiros, os panfletos da ALN e
do MRT, dirigidos “Ao Povo Brasileiro”, traziam a ameaça:
“Como
ele, existem muitos outros e sabemos quem são. Todos terão o mesmo
fim, não importa quanto tempo demore; o que importa é que eles sentirão
o peso da JUSTIÇA REVOLUCIONÁRIA. Olho por olho, dente por dente”.
As
famílias de Devanir José de Carvalho, Dimas Antonio Casimiro, Yuri
Xavier Pereira, Joaquim Alencar Seixas , José Milton Barbosa e Antonio
Sérgio de Matos foram indenizadas pelo governo federal.
10/04/74 – GERALDO JOSÉ NOGUEIRA
(Soldado PM – São Paulo)
Morto quando da captura de terroristas.
Mesmo
com tanto tempo já decorrido, alguma incorreção ainda pode cercar
algum nome aqui lembrado. Assim, rogamos ser informados de eventual
impropriedade. ´
Dos
que estão vivos, alguns já foram indenizados e outros aguardam
deferimento de seus pedidos, onde alegam perseguição política ou Se dizem torturados.
Fonte : www.ternuma.com.br
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