Muitas vezes algumas pessoas me perguntam: “O que será que os esquerdistas tem na cabeça ao priorizarem a defesa de criminosos violentos em detrimento do cidadão comum?”. Esse tipo de pergunta muitas vezes advém da falta de um olhar clínico sobre o que realmente a esquerda sempre praticou em termos históricos, principalmente em suas vertentes socialistas.
Se quisermos entender o que ocorre hoje no Brasil, temos que estudar o cui bono por trás das crenças do esquerdismo socialista. Quer dizer, devemos deixar de perguntar o motivo para eles terem ideias tão insanas, mas qual o benefício recebido pelos mais espertos deles com o aceite popular de ideias patentemente insanas. Assim, deixamos de perguntar “como pode existir uma ideia igual a X?” e passamos a questionar “qual a paga para a proliferação da ideia X?”. Isto, em resumo, é buscar o cui bono das interações humanas. Análises assim são a essência da dinâmica social.
Em resumo, então, veja a dinâmica explicando por que defender criminosos é tão interessante para os esquerdistas em geral:
- Não há crença consciente que não seja sustentada por ao menos uma crença de suporte
- Pelo mesmo princípio, para existir a crença no estado inchado, é preciso de crenças de suporte que a sustentem
- A crença em que o ser humano é intrinsecamente bom e que pode ser “remodelado” pelo estado é uma das principais crenças de suporte para um estado inchado, em termos históricos
- O estado inchado é um grande negócio para poderosos
- Pelo processo vicário, o esquerdista funcional luta tanto (ou até mais) pelo esquerdismo em comparação ao beneficiário, mesmo que isso dê poder apenas para os beneficiários
- Toda a luta esquerdista priorizando o criminoso violento em detrimento do cidadão comum não passa de um baita de um negócio
O item 2 não passa da aplicação do princípio visto anteriormente (e que não passava do óbvio) para a questão do esquerdismo, cuja crença principal é o culto ao estado inchado. E, como todas as crenças complexas, essa precisa de uma ou mais crenças de suporte.
Agora é que a coisa começa a ficar interessante: avaliaremos o item 3. Aqui basta irmos ao básico, estudando tudo que os ideólogos esquerdistas defenderam historicamente (desde Jean Jacques-Rousseau a Karl Marx). Tudo que eles fizeram sempre se baseou na venda de algumas ideias fixas, que, no fundo, não passavam de crenças de suporte para a crença fundamental do esquerdismo (o culto ao estado inchado). Uma dessas crenças é a do homem “inerentemente bom” (by Rousseau) racionalizada posteriormente por Marx (mas de maneira pseudo-científica, como sempre).
O “homem bom, sempre pronto a ser remodelado” historicamente “colou” como uma das mais fundamentais crenças de suporte do esquerdismo, sendo não apenas uma crença de suporte, mas um pote de ouro no fim do arco íris – em síntese, é mais do que crença de suporte, beirando a propaganda de recall para a mente inconsciente. A crença em que o ser humano é bom, perfeitamente remodelável, serve, então, com um dos principais sustentáculos da crença no estado inchado.
Veja como funciona a dinâmica. Visualize a crença (que todo doutrinador marxista insere em suas vítimas) dizendo que todos os males do mundo existem por que o estado não intervém o suficiente no controle econômico e social. A partir disso, o criminoso não é mais visualizado como um criminoso, mas uma “vítima da sociedade”. Essa “vítima da sociedade” é percebida inconscientemente com aquela que não foi “salva” por um estado desprovido do poder que deveria ter, em sua ótica.
Essa percepção distorcida da realidade tem um único fim: prover uma sensação de que “o estado precisa intervir mais” para que os crimes deixem de ocorrer, pois… o homem é inerentemente bom. O pensamento dos esquerdistas é formatado para operar nesse continuum não por que a ideia é insana, mas por que os beneficiários dessas ideias precisam que esse tipo de pensamento seja propagado, pois…
Chegamos ao item 4, quando falamos de outro aspecto óbvio: depois da popularização do termo esquerda caviar, qualquer pessoa em sã consciência sabe que o esquerdismo, especialmente aquele de tom socialista, só serve para dar poder a alguns poucos espertos. A maioria dos esquerdistas não leva nada com isso.
Chega a dar pena dos esquerdistas funcionais, que precisam editar informações em sua mente para que sua mente não entre em colapso ao ver um beneficiário como Caetano Veloso viver em um apartamento de R$ 37 milhões de reais, enquanto muitos de seus fãs acham que ele luta pela “igualdade de classes”.
Mas quem tem que lucrar com o esquerdismo são os espertos, não a massa seguidora. A expressão “o mundo é dos espertos” é vista de maneira mais cruelmente irônica na forma como os funcionais defendem as ideias esquerdistas, enquanto apenas uns poucos beneficiários lucram com isso.
Com isso em mente, tudo se decifra quando chegamos ao item 5, ao lembrarmos do processo vicário, que não passa de um fenômeno comportamental plenamente explicável em termos darwinistas. Basicamente, somos máquinas de lutar pela sobrevivência, e, por isso, desenvolvemos um instinto agressivo.
Mas se esse instinto fosse usado de forma arbitrária, as manadas de animais se auto-destruiriam, por exemplo. Por isso, uma característica selecionada pela evolução é a capacidade de podermos “fazer as vezes do outro” enquanto controlamos nossos níveis de testosterona. Quer ver um exemplo absurdamente comum?
Observe como um torcedor de futebol vibra pela vitória de seu time. Quem ganhou foi o jogador, que levou o prêmio e, em muitos casos, salários milionários. O torcedor ganhou uma parte desse valor?
Claro que não. Mas ele torce mesmo assim. Eis o processo vicário em ação. Pelo mesmo fenômeno, o esquerdista torce pelo sucesso das implementações esquerdistas, mesmo que apenas uns poucos beneficiários lucrem com isso.
Por fim, o item 6 também é outro que simplesmente nos diz o óbvio.
Se já sabemos que a predileção pelo criminoso violento não passa de uma crença de suporte para o culto ao estado inchado e que o estado inchado não passa de um grande negócio para alguns mais espertos, assim como sabemos que pelo processo vicário, os funcionais vão agir (as vezes de maneira inadvertida) apenas para que seus beneficiários lucrem, a cada vez que vemos um esquerdista torcendo para criminosos violentos (em detrimento dos civis), nada mais estamos vendo do que a ocorrência de uma propaganda viva em prol de um grande negócio.
O negócio se baseia nos dividendos obtidos com o uso do estado inchado, e quem lucra, obviamente, são apenas os beneficiários. O detalhe é que simplesmente não importa se o esquerdista que faz a pregação de apologia ao crime violento é um funcional ou beneficiário. O que importa é o benefício destes últimos e só. É para beneficiar a estes que os funcionais servem. Estes não tem direito a escolhas.
Note que esses seis passos são apenas conclusões lógicas, sendo que quatro dos passos são apenas a constatação do óbvio. Os outros dois não passam do uso da lógica, junto com a análise do que o esquerdismo, especialmente o de tom socialista, tem representado historicamente. O mais importante é que essa avaliação pela ótica da dinâmica social explica muita coisa.
Por exemplo: por que Jandira Feghali, do PCdoB, gastou tanto esforço para censurar Rachel Sheherazade? Simples. Rachel divulgou em cadeia nacional uma ideia que neutraliza a crença de suporte esquerdista com base na apologia ao criminoso violento.
Rachel prejudicou uma propaganda de suporte que sustenta o negócio de muita gente. Quanto mais pessoas deixarem de acreditar que o criminoso violento é uma “vítima da sociedade” (passando a crer que o inchaço estatal resolverá tudo), mais prejuízos aqueles que vivem de inchar o estado possuem.
Estaria eu dizendo que Jandira é uma beneficiária? Não necessariamente. Ela pode ser beneficiária ou funcional. Mas seu restaurante vendendo Coca-Cola a R$ 8,90 nos faz suspeitar da primeira hipótese (ela ser beneficiária).
Além do mais, por que os esquerdistas beneficiários (especialmente aqueles que recebem verba estatal, como a turma do CQC, Fábio Porchat e Rafinha Bastos) passaram a atacar tanto Rachel Sheherazade, fazendo parte da campanha troglodita do estado para censurá-la no SBT? Por que gastaram tanto esforço?
Por que se arriscaram a manchar suas reputações usando tantas fraudes intelectuais? Mais uma vez, a dinâmica aqui apresentada resolve tudo: eles estavam apenas defendendo seu negócio.
Enfim, a defesa de criminosos violentos pela esquerda não passa de um baita de um negócio, mesmo que apenas os beneficiários lucrem com isso. Alguém ainda poderá objetar: “ah, mas os criminosos violentos podem vitimar até esses beneficiários”. É verdade, até podem, mas a chance é muito menor.
As vítimas de crimes violentos estão na periferia, em sua maior parte. Aqueles que moram em condomínios de luxo e andam somente com seguranças raramente se dão mal. E os beneficiários estão entre eles.
Se olharmos a defesa dos criminosos violentos pela esquerda pela ótica da dinâmica social (e não há análises mais eficientes e eficazes do que rastrear as intenções humanas pelo cui bono com base na teoria evolucionista), passaremos a fazer a pergunta certa. Ao invés de perguntarmos “o que diabos alguém tem na cabeça para tentar censurar Rachel Sheherazade” passaremos a questionar: “o que estão ganhando com a censura dela?”.
Creio que ninguém mais tem motivos para errar na resposta: são os esquerdistas beneficiários, isto é, os donos do inchado inchado ou amigos dos donos.
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