As contradições nos depoimentos
do ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró e da presidente
da estatal, Graça Foster, reforçaram, para a oposição, a necessidade de se
instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue a compra
da refinaria Pasadena, no Texas. Ao dizer que a aquisição não foi um mau
negócio e que todo o Conselho Administrativo tinha conhecimento do negócio,
Cerveró agradou aliados do governo, mas não conseguiu impedir os ataques da
oposição. Afinal de contas, destruiu a argumentação da nota oficial de Dilma Rousseff que desencadeou todas as denúncias.
Após ouvir o ex-diretor na
Comissão de Fiscalização e Controle, o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho
(PE), afirmou que os desencontros de informações prejudicaram os
esclarecimentos sobre a compra da refinaria: — Reforça a necessidade de uma
CPI. As versões são contraditórias, conflitantes. Há um jogo de
empurra-empurra, cada um tira a sua responsabilidade e fica essa manipulação.
Só essa audiência não será suficiente. A presidente Dilma diz que não foi
informada. Cerveró garante que passou todos os documentos para o Conselho
Administrativo. Quem está mentido? Não vai ser essa audiência pública que vai
responder tudo — defendeu Mendonça.
Durante a sabatina, os deputados
Domingos Sávio (PSDB-RJ) e Edson Santos (PT-RJ) se desentenderam. Para o
petista, a oposição queria "constranger" o ex-diretor da Petrobras.
Sávio alegou que Cerveró não respondeu às questões de forma esclarecedora: — É um teatro. Ele (Cerveró)
insistiu em vir aqui para se defender e nós já sabíamos que não ia dar em nada.
O que se pode concluir é que não dá para a presidente Dilma sustentar que foi
enganada. Está bem claro que todos sabiam de tudo. (Informações de O Globo)
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