quinta-feira, 17 de abril de 2014
Edição
do Alerta Total – www.alertatotal.net
O empresário Caio
Gorentzvaig, da família fundadora da Petroquímica Triunfo, denuncia em
vídeo que foi ameaçado por José Sérgio Sérgio Gabrielli e Paulo Roberto Costa, “que
lhe botaram o dedo na cara”, caso não aceitasse se desfazer de 15% da empresa –
que era controlada, com 85% do capital, pela Petrobras. Gorentzvaig
acusa Dilma Rousseff de ter estatizado sua empresa, sem um processo de privatização
justo.
Depois de reclamar
que a Petrobrás se transformou em um “condomínio político de ladrões de
primeira linha”, Gorentzvaig cobra que o Ministério Público Federal e a
Justiça investiguem o escândalo – que mexe com o maior grupo transnacional do
capimunismo tupiniquim, a Odebrecht. Braço petroquímico do grupo, a Brasken,
uma joint-venture com a Petrobras, foi a grande beneficiada com a aquisição da
fatia da Triunfo.
Caio Gorentzvaig
dá a cara para bater na petralhada, detonando: “Gostaria de mandar um recado a
seu Gabrielli e seu Paulo Roberto Costa, que se encontra preso no porão da PF
em Curitiba. Que os senhores não vão conseguir botar minha família embaixo da
ponte. Ministério Público federal, onde estão os senhores? Investiguem este
escândalo. É maior que Pasadena e de San Lorenzo. É o caso mais escabroso da
Petrobras”.
O vídeo informa que Petroquimica Triunfo foi repassada por
R$118 milhões em ações (não R$250 milhões como na reportagem da Veja) para
Braskem/Odebrecht. Caio Gorentzvaig revela uma estranha recusa por parte da
Petrobras de uma oferta de sua família de R$ 355 milhões em dinheiro, em troca
de outra da Braskem de R$ 118 milhões em ações. Os Gorentzvaig, minoritários na
petroquímica, foram obrigados a sair do negócio e a também aceitar ações da
Braskem em troca de sua participação, depois de uma batalha judicial que se
arrastava desde a década de 80.
Um especialista em
aquisições e fusões avalia que, no acordo de acionistas, deveria ter uma
clausula de drag-along. Ou seja, se a Petrobras decidir vender seus 85%, a
família Gorentzvaig também tem que vender seus 15% nas as mesmas condições.
Estranhamente, antes do drag-along deveria valer o shotgun clause, ou
seja, a Petrobras deveria ter aceitado os R$ 355 milhões cash da família
Gorentzvaig, oferta superior. Muito estranho...
Lula explica...
Luiz Inácio Lula da
Silva explica por que o PT deve ter medo da CPI da Petrobras, neste vídeo
editado pelo site Implicante...
Os novos passos da
Operação Lava Jato, focando na corrupção de servidores públicos, e a
confirmação feita ontem pelo ex-diretor Internacional da Petrobras, Nestor
Cerveró, de que Dilma Rousseff tinha todas as informações sobre a compra da
refinaria Pasadena, colocam o governo em xeque-mate. Nem uma “CPI-X Tudo”, como
desejam os governistas, pode salvar Dilma Rousseff do provável desastre
eleitoral. Dilma tem motivos de sobra para perder e calma e gritar mais ainda
com seus assessores. Novos escândalos pioram sua desgovernabilidade.
A Polícia Federal
já avisou ontem que vai abrir novos inquéritos para apurar suspeitas de
envolvimento de funcionários públicos nos crimes de desvio de recursos
públicos, lavagem de dinheiro e evasão fiscal. Também serão abertos inquéritos
para detalhar como doleiros abasteceram campanhas políticas com o dinheiro da
corrupção. O principal alvo de investigações é o ex-diretor da Petrobras, Paulo
Roberto Costa – indiciado ontem por organização criminosa, falsidade ideológica
e lavagem de dinheiro.
A cadernetinha de
Costa, indicando serviços e pagamentos com empreiteiras, vai ser esmiuçada nas
novas investigações. O Globo informa que Costa anotou numa tabela na caderneta
apreendida pela PF, os nomes das empresas e, ao lado, os nomes dos
executivos responsáveis, mais a “solução” para cada uma delas. Essa “solução”,
segundo suspeita a PF, indica um possível financiamento de campanhas
eleitorais. As empreiteiras listadas são Mendes Júnior, UTC/Constran,
Engevix, Iesa, Toyo Setal e Andrade Gutierrez.
Os delegados
federais Marcio Adriano Anselmo e Erica Mialik Marena denunciaram à Justiça
Federal no Paraná que Costa faria parte de uma quadrilha que incluiria o
doleiro Alberto Youssef, também indiciado por operar instituição de câmbio sem
autorização, falsa identidade em contrato de câmbio e evasão de divisas.
Youssef já revelou à PF que teria relação de negócios com pelo menos 47
parlamentares. Se ele abrir o bico, repetindo a delação premiada do escândalo
do Banestado, quase 10% do Congresso Nacional brasileiro tem chances de deixar
o parlamento para terminar legislando no parlatório da cadeia...
Bom Negócio ponto
Petrobras
É dando que se recebe do Estado
As prestações de
contas ao Tribunal Superior Eleitoral mostram que cinco empreiteiras fizeram
doações legais de R$ 10,5 milhões em 2006, ano de disputa aos cargos de
deputado, senador, governador e presidente.
Quatro anos depois,
as doações de seis dessas empresas saltaram para R$ 114,5 milhões.
Na última eleição,
para prefeito e vereador em 2012, as empreiteiras continuaram generosas com os
candidatos, com um desembolso de R$ 116,9 milhões.
Todos beneficiados
O PT aparece no
topo da lista de doações recebidas: R$ 83 milhões.
O principal aliado
da base de Dilma, o PMDB, foi o segundo beneficiário em repasses, com R$ 47
milhões.
O PSDB vem em
terceiro, recebendo: R$ 44 milhões.
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