quinta-feira, 17 de abril de 2014

No ano da satanização das Forças Armadas, elas são chamadas de novo: agora para socorrer a Bahia, sob os (des)cuidados do petista Jaques Wagner

16/04/2014
às 16:36


Leiam o que vai na VEJA.com. Volto ao assunto daqui a pouco.

Após uma noite de caos marcada por saques a lojas e paralisação nas linhas de ônibus em Salvador, tropas da Forças Armadas começaram a desembarcar na Bahia, nesta quarta-feira, para fazer a segurança da capital e de outros municípios do Estado enquanto durar a greve da Polícia Militar, que começou na noite de terça-feira. 

O envio dos agentes foi autorizado pela presidente Dilma Rousseff, atendendo a um pedido do governador Jaques Wagner (PT). Até o fim do dia, 5.000 militares devem chegar a Salvador. De acordo com comunicado do governo estadual, a presidente assinou o decreto de Garantia da Lei e Ordem, permitindo que homens do Exército realizem ações de patrulha, vistoria e prisões em flagrante nas ruas das cidades baianas. As operações são comandadas pelo general Racine Bezerra Lima, da 6ª Região Militar.


Também nesta quarta, a Justiça baiana classificou a greve como ilegal e determinou o retorno imediato dos policiais às atividades, sob pena de multa diária de 50.000 reais às associações que representam a categoria. A decisão do judiciário acatou uma ação cautelar do Ministério Público do Estado, fundamentada no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que militares e profissionais equiparados são proibidos de realizar greve. A greve abalou significativamente a rotina dos moradores de Salvador e cidades vizinhas. Frotas de ônibus foram reduzidas, escolas e faculdades suspenderam as aulas, e empresas e repartições públicas encerraram o expediente mais cedo. Na noite de terça, logo após o início da greve, foram registrados um assalto a ônibus e saques em comércios de oito bairros da capital.


Em assembleia que reuniu 2.000 oficiais na terça-feira, a Polícia Militar decretou greve por tempo indeterminado, reivindicando melhorias nos planos de carreira e aumentos salariais. A paralisação começou uma semana depois de o governo estadual apresentar um plano de modernização para a corporação. Segundo o ex-policial e hoje vereador de Salvador Marcos Prisco (PSDB), a proposta apresentada “não contemplou os desejos da categoria”. Ele é um dos principais negociadores dos policiais com o governo e foi líder da última greve da PM no Estado, ocorrida entre janeiro e fevereiro de 2012. Na ocasião, houve uma onda de assassinatos e arrastões nas maiores cidades do Estado. Na época, a Força Nacional e militares do Exército também foram requisitados para policiar o Estado.


Por Reinaldo Azevedo

Nenhum comentário: