16/04/2014
às 16:36
Leiam o que vai na VEJA.com. Volto ao assunto daqui a pouco.
Após uma noite de caos marcada por saques a lojas e paralisação nas linhas de ônibus em Salvador, tropas da Forças Armadas começaram a desembarcar na Bahia, nesta quarta-feira, para fazer a segurança da capital e de outros municípios do Estado enquanto durar a greve da Polícia Militar, que começou na noite de terça-feira.
O envio
dos agentes foi autorizado pela presidente Dilma Rousseff, atendendo a
um pedido do governador Jaques Wagner (PT). Até o fim do dia, 5.000
militares devem chegar a Salvador. De acordo com comunicado do governo
estadual, a presidente assinou o decreto de Garantia da Lei e Ordem,
permitindo que homens do Exército realizem ações de patrulha, vistoria e
prisões em flagrante nas ruas das cidades baianas. As operações são
comandadas pelo general Racine Bezerra Lima, da 6ª Região Militar.
Também
nesta quarta, a Justiça baiana classificou a greve como ilegal e
determinou o retorno imediato dos policiais às atividades, sob pena de
multa diária de 50.000 reais às associações que representam a categoria.
A decisão do judiciário acatou uma ação cautelar do Ministério Público
do Estado, fundamentada no entendimento do Supremo Tribunal Federal
(STF) de que militares e profissionais equiparados são proibidos de
realizar greve. A greve abalou significativamente a rotina dos moradores
de Salvador e cidades vizinhas. Frotas de ônibus foram reduzidas,
escolas e faculdades suspenderam as aulas, e empresas e repartições
públicas encerraram o expediente mais cedo. Na noite de terça, logo após
o início da greve, foram registrados um assalto a ônibus e saques em
comércios de oito bairros da capital.
Em
assembleia que reuniu 2.000 oficiais na terça-feira, a Polícia Militar
decretou greve por tempo indeterminado, reivindicando melhorias nos
planos de carreira e aumentos salariais. A paralisação começou uma
semana depois de o governo estadual apresentar um plano de modernização
para a corporação. Segundo o ex-policial e hoje vereador de Salvador
Marcos Prisco (PSDB), a proposta apresentada “não contemplou os desejos
da categoria”. Ele é um dos principais negociadores dos policiais com o
governo e foi líder da última greve da PM no Estado, ocorrida entre
janeiro e fevereiro de 2012. Na ocasião, houve uma onda de assassinatos e
arrastões nas maiores cidades do Estado. Na época, a Força Nacional e
militares do Exército também foram requisitados para policiar o Estado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário