A Petrobras é o grande alvo da “Justiça Final de Curitiba” (como vem sendo pejorativamente chamado pela petralhada o trabalho conjunto da Justiça Federal, Ministério Público Federal, Polícia Federal e Inteligência da Receita Federal sediados na capital do Paraná). Os negócios na Petrobras são o elo mais fraco da corrente do PT. Para quebrá-lo, o próximo passo é detalhar como opera a diretoria financeira da empresa, comandada por Almir Barbassa - segundo avaliação de investidores e investigadores da Operação Lava Jato. O curioso é que “Justiça Final” x “República de Londrina” não é jogo válido pela Copa do Jegue...
O Palhaço do
Planalto ficou PT da vida com a divulgação de um ofício enviado no dia 22 de
abril pelo delegado federal Cairo Costa Duarte, chefe da Divisão de Repressão a
Crimes Financeiros na Delegacia de Curitiba, ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara
Federal. O documento escancara a suspeita sobre superfaturamento, pagamento de
propina e envio de dinheiro ao exterior na compra bilionária da refinaria
Pasadena pela Petrobras. O delegado pede que o juiz autorize o compartilhamento
de provas da Lava Jato com um inquérito que corre na PF do Rio de Janeiro sobre
a aquisição da refinaria texana.
Um dos trechos do
pedido do delegado Duarte ao juiz Moro aloprou a petralhada: “Como é de
conhecimento público, a citada refinaria teria sido comprada por valores
vultosos, em dissonância com o mercado internacional, o que reforça a
possibilidade de desvio de parte dos recursos para pagamentos de propinas e
abastecimento financeiro de grupos criminosos envolvidos no ramo petroleiro”.
O delegado
praticamente resumiu como funcionaria uma espécie de esquema “pós-mensaleiro”
na Petrobras: “A partir da compra da refinaria no estado do Texas/EUA
(refinaria Pasadena) por parte da sociedade de economia mista Petrobras,
possíveis valores teriam sido enviados ou mantidos no exterior sem a respectiva
declaração aos órgãos competentes”. O delegado acrescentou que a PF apura “a
possível existência de uma organização criminosa no seio da empresa Petrobras,
que atuaria desviando recursos com consequente remessa de valores ao exterior e
retorno de numerário via empresas off shore”
Outra ação da Polícia
Federal no Paraná, que também se tornou providencialmente pública neste momento
de “guerra psicológica aos petralhas”, tirou do sério o Presidentro Lula da
Silva. Deixou de ser “confidencial” uma investigação sobre “enriquecimento
ilícito” feita pelo Núcleo de Inteligência da PF contra o jovem empresário
Fábio Luiz Lula da Silva – que detesta ser chamado de “Lulinha”. O documento tornado
público revelou as andanças do filho de Lula por Foz de Iguaçu, em 22 de
janeiro de 2008, quando visitou Itaipu Binacional e, depois, foi jantar em Puerto
Iguazu, na fronteira argentina, no restaurante “El Quincho del Tio Querido” –
famoso pela carne deliciosa.
Definitivamente, no
Paraná, está o elo fraquíssimo da corrente petralha. Lá opera a famosa “República
de Londrina” (que reúne petistas com altos cargos no governo) que hoje está sob
fogo cruzado com as revelações da Operação Lava Jato, envolvendo o doleiro
Alberto Youssef, o deputado federal André Vargas e faz a ligação com os negócios
de Paulo Roberto Costa – tão poderoso que conseguiu que o ministro Teori Zavascki
o colocasse em liberdade.
A chamada “Justiça
Final de Curitiba” – pejorativa referência dos petralhas a um velho seriado da
Rede Globo, “Justiça Final”, no qual um juiz formava parcerias para combater o
crime organizado, - está apenas seguindo a Lei, e cumprindo o dever de
denunciar quem as investigações e provas indiquem que mereçam ser investigados
e indiciados. Pavor para a República de Londrina, que tem entre seus expoentes
Gilberto Carvalho, Paulo Bernardo e sua esposa Gleisi Hoffmann.
Picaretagem
maçônica
A Delegacia de
Estelionato e Desvio de Cargas, em Curitiba, colocou à disposição o telefone
(41) 3261-6600 para quem quiser denunciar que foi vítima de uma quadrilha que
usava a Maçonaria para aplicar golpes.
A Operação Castelo
de Areia prendeu ontem um casal suspeito de comandar um esquema de pirâmide
financeira que teria movimentado R$ 4 milhões.
Samuel Mineiro da
Trindade, de 34 anos, e sua esposa, Bianca Moreira da Silva, de 28, comandavam
uma potência maçônica não reconhecida, denominada Grande Loja Mista do Rito de
Memphis-Misraim.
Golpe transmídia
O grupo usava o
programa “Maçonaria na TV” (programa em rede nacional) e um site na internet (www.grandeloja.org.br) para angariar
futuros “irmãos” a serem enganados.
Além de vender,
rituais, apostilas, CDs e DVDs ensinando a “arte real dos maçons”, a entidade
chamada de “Soberano Santuário da Maçonaria Brasileira” mantinha, em Campo
Largo, na Região metropolitana de Curitiba, um lindo templo no formato de um
castelo medieval.
O casal Samuel e
Bianca, que teve a prisão preventiva pedida junto com outros seus dirigentes da
entidade, garantem que não praticaram golpes contra os membros da maçonaria.
Coisas da Justiça
italiana...
A Corte Suprema de
Cassação da Itália manteve ontem a decisão do Tribunal de Bolonha e negou o
pedido para que Henrique Pizzolato, o ex-diretor do Banco do Brasil condenado
no processo do Mensalão , espere em liberdade a decisão sobre sua extradição ou
não para o Brasil.
Pizzolato corre o
risco de passar ainda vários meses na prisão italiana, se o processo de
extradição seguir o ritmo atual.
A petralhada sonha
que ele só seja mandado de volta ao Brasil, de preferência no dia de São Nunca,
ou, na pior hipótese, bem depois da disputa eleitoral de outubro-novembro...
Audiência marcada
A primeira
audiência para cuidar da extradição de Pizzolato está marcada para o dia 5 de
junho, no Tribunal de Bolonha.
O ministro da
Justiça da Itália pode negar a extradição, mesmo se a Justiça italiana decidir
que Pizzolato deve ser enviado ao Brasil.
Mas o ministro só
não pode fazer o contrário, isto é, aprovar a extradição se a Justiça negá-la.
Os italianos podem
aproveitar o caso Pizzolato, devolvendo-o para cá, para dar o troco no Brasil
por ter dado asilo ao ex-terrorista Cesare Battisti...
Não tem remédio
Mesmo que o Supremo
Tribunal Federal resolva revogar a ordem de prisão expedida na Operação Lava
Jato, o doleiro Alberto Youssef deverá continuar no xilindró.
A Justiça Federal
de Curitiba decretou ontem, pela segunda vez, a prisão preventiva dele, com a
reabertura do caso Banestado.
O juiz Sérgio Moro
suspendeu o acordo de delação premiada que o doleiro descumpriu e agora ele
terá de responder criminalmente pela mágica de ter usado 43 contas em nomes de
terceiros para movimentar R$ 345 milhões de forma ilegal, no exterior.
Isonomia
A defesa da doleira
Nelma Mitsue Penasso Kodama, presa na Operação Lava-Jato, exige os mesmos
direitos dados ao poderoso Paulo Roberto Costa, solto por ordem do ministro
Teori Zavascki, do STF.
O advogado Marden
Maues garante que sua cliente, quando foi pega no Aeroporto de Guarulhos, com
200 mil euros (segundo a Polícia Federal, na calcinha), tentando embarcar para
a Itália, não tinha intenção de fuga:
“Estou pedindo que
se estenda à minha cliente os mesmos benefícios concedidos ao ex-diretor da
Petrobras, Paulo Roberto da Costa. Afinal, as condições processuais são as
mesmas. Ela não tentou fugir do pais. O dinheiro era para comprar obras de
antiguidades na Itália para revendê-las em São Paulo e não estava na calcinha;
estava numa pochete na parte de trás da calça. Quando estava embarcando no
aeroporto não havia nem mandado de prisão contra ela, que nem sabia da operação”.
Destruindo provas
Nelma teve prisão
preventiva decretada porque a Justiça considerou que havia risco de fuga e de
ocultação e destruição de provas.
Antes de sua
prisão, conforme escutas legais da PF, uma subordinada de Nelma comentou com
outro integrante do grupo que precisava ir a um escritório para "tirar as
coisas de lá".
Ao mesmo
interlocutor informou que havia retirado provas no apartamento da doleira...
Liberdade para investigar
Liberdade para investigar
Para terror da
petralhada e seus comparsas, o Ministério Público poderá fiscalizar livremente
as campanhas deste ano.
O Supremo Tribunal
Federal suspendeu ontem a resolução do Tribunal Superior Eleitoral que limitava
o poder de investigação do Ministério Público diante de fraudes eleitorais
apenas com ordem do juiz eleitoral.
Procuradores e
promotores podem pedir a abertura de inquérito se comprovarem a existência de
crimes.
Vozes do contra
O ministro Dias
Toffoli, hoje presidente do TSE, ainda tentou defender a resolução que acabou
derrubada.
Único a concordar
com Toffoli, o ministro Gilmar Mendes alegou que o Ministério Público e a
Polícia Federal não são isentos para conduzir investigações:
“É uma área sujeita
a partidarização, cooptação. Ou a gente não sabe disso?”
Armando
candidatura?
Raciocinando com o
intestino
Aposta perdida
Manipulação
Diversão Pura
Por
Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
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