Publicação: 05/06/2014 06:04 Correio Braziliense
O caso é investigado pela 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul): acusada responderá ao processo em liberdade após o pagamento de fiança |
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou uma mulher de 34 anos por injúria racial e desacato. Marlucia Aureniva Coelho foi presa na madrugada de segunda-feira, depois de xingar e ofender um taxista por não querer pagar o valor total de uma corrida do Guará até a Asa Sul.
Além do trabalhador, a mulher desacatou os policiais militares
chamados para atender a ocorrência. O caso foi registrado na 1ª
Delegacia de Polícia (Asa Sul). Apesar da prisão, ela conseguiu a
liberdade depois de pagar fiança.
Marlucia e uma amiga tomaram o
táxi no Guará, por volta das 4h40. Segundo a vítima, Wagner de Sousa
Vieira, 39 anos, elas pediram para ir até a Asa Sul. No caminho, a amiga
falou que não tinha dinheiro e pediu que a outra pagasse a corrida.
A
primeira desceu em um ponto na 905 Sul, e Marlucia seguiu até a 706 Sul.
No local, ela teria se negado a pagar o valor total da corrida, de R$
48. Durante várias horas de discussão, foram inúmeras as ofensas.
“Começou a me chamar de negro ladrão”, contou Wagner.
O taxista mora em Valparaíso, e, pela distância do Plano Piloto — cerca de 40 quilômetros —, trabalha dia e noite em Brasília. Quando está muito cansado, dorme no veículo, entre uma corrida e outra. No dia do episódio com Marlucia, não foi diferente.
O taxista mora em Valparaíso, e, pela distância do Plano Piloto — cerca de 40 quilômetros —, trabalha dia e noite em Brasília. Quando está muito cansado, dorme no veículo, entre uma corrida e outra. No dia do episódio com Marlucia, não foi diferente.
Seria a última viagem para ele ir
embora descansar. “A gente trabalha a noite inteira e vai com segurança
deixar uma pessoa em casa, com todo o respeito. Aí, quando chega ao
local, a passageira quer dar um calote. Ela precisa ser punida para
respeitar as pessoas. Todo ser humano é descendente de negro. É preciso
ter orgulho da raça”, defende.
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