quinta-feira, 5 de junho de 2014

Tribunal italiano julga nesta quinta pedido de extradição de Pizzolato


05/06/2014 06h00 - Atualizado em 05/06/2014 06h00


Governo quer extradição de ex-diretor do BB, condenado no mensalão.


Henrique Pizzolato poderá recorrer se decisão não for favorável a ele.

Do G1, em Brasília
Pizzolato em foto feito pela polícia italiana após sua prisão nesta quarta (Foto: Divulgação/Polícia de Modena) 
Pizzolato em foto da polícia italiana após sua
prisão

 
A Corte de Apelação de Bolonha, na Itália, julgará nesta quinta-feira (5) o pedido de extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão do PT.

No ano passado, depois de condenado a 12 anos e 7 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Pizzolato fugiu para Itália e foi preso no dia 5 de fevereiro por uso de documento falso.


Desde a prisão pela polícia italiana, o Brasil pediu a extradição ao governo italiano, para que o ex-diretor do BB cumpra pena no país pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.

Dois procuradores regionais estão na Itália para acompanhar a sessão do tribunal, além de representantes do Ministério da Justiça e da Advocacia Geral da União (AGU). Um advogado contratado pelo Brasil acompanhará o processo.

Pizzolato poderá recorrer da decisão que vier a ser tomada pelo tribunal. No julgamento, a Corte de Bolonha pode optar por pedir mais informações sobre o caso do ex-diretor do Banco do Brasil antes de tomar uma decisão.


A defesa do ex-diretor do BB argumentou à Justiça italiana que o Brasil não tem presídios em condições de garantir o respeito aos direitos humanos.

O presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, informou às autoridades italianas que, caso ele seja extraditado, cumprirá pena no presídio da Papuda, nos arredores de Brasília.

O Ministério Público da Itália já se manifestou a favor da extradição, mas a decisão final será do Tribunal de Bolonha, responsável pela análise do pedido de extradição.

O caso de Pizzolato é polêmico porque ele tem dupla cidadania (brasileira e italiana) e, por isso, o governo italiano pode se recusar a extraditá-lo.

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