Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
O senador Aécio Neves (PSDB), pré-candidato à Presidência, afirmou nesta quinta-feira que pretende expandir o programa de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) para outros Estados, caso seja eleito.
A
promessa foi feita no lançamento do movimento “Aezão”, uma alusão aos
nomes de Aécio Neves e Luiz Fernando Pezão (PMDB), em uma churrascaria
na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O elogio, no entanto,
foi feito sob a ressalva de que o programa precisa ser aprimorado.
“Na
segurança pública, a omissão do governo federal é quase criminosa.
Merece aqui uma palavra minha de reconhecimento o esforço do
(ex-governador Sérgio) Cabral no enfrentamento à criminalidade.
As UPPs
serão exemplos a serem levados a todas as regiões metropolitanas do
Brasil.
Quando aprovarmos com inteligência todos os recursos do
orçamento, vai haver espaço para levarmos experiências vitoriosas como
essa do Rio, que obviamente precisará e terá sempre aprimoramento, a
outras regiões metropolitanas do país”, afirmou Aécio a cerca de mil
políticos e cabos eleitorais.
O fim do
discurso de Aécio virou um festival de “selfies” com cabos eleitorais e
políticos. De acordo com o PMDB, estiveram presentes 500 vereadores, 60
prefeitos, 40 vice-prefeitos, 17 deputados federais, 36 deputados
estaduais e 30 presidentes de Câmaras Municipais de todo o Estado do
Rio.
Pezão, o
ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e o presidente da Assembleia
Legislativa do Rio (Alerj), Paulo Melo (PMDB), não estiveram no evento.
Mas um banner imenso, ao fundo do palco para discursos, exibia Pezão em
uma ponta e Aécio na outra. O presidente do PMDB no Rio, Jorge Picciani,
disse que arcou com os custos do evento – segundo ele, de 27.500 reais,
na churrascaria Baby Beef.
O
movimento Aezão nasceu como reação peemedebista ao lançamento da
candidatura ao governo do Rio do senador Lindbergh Farias (PT). A
ofensiva peemedebista reúne apoio declarado de sete partidos aliados do
PMDB no Rio (SDD, PMN, PEN, PP, PSL, PTC e PSD).
Organizado pelo
presidente do PMDB no Rio, Jorge Picciani, o Aezão, ao apoiar a
candidatura de Aécio no terceiro maior colégio eleitoral do país, cria
também mais uma fissura na aliança nacional entre PMDB e PT.
A posição
dos tucanos no Rio ainda não está definida, apesar da declaração de
apoio do PMDB. O PSDB também vem negociando apoio à candidatura do
vereador e ex-prefeito Cesar Maia, do DEM.
Mas para Picciani, o apoio à
política de segurança do PMDB no Rio é um indicador importante. Aécio,
em seu discurso, não mencionou o nome de Pezão. Foi indagado sobre a
omissão por jornalistas e justificou: “Pezão é amigo de muitos anos e
tem todas as condições de vencer as eleições”, afirmou.
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