quinta-feira, 5 de junho de 2014

Dilma inventa estorinha sobre o trânsito de Londres para justificar o fracasso das obras de mobilidade da Copa.



O Grito, impressionante tela de Munch, vendida recentemente por mais de U$ 100 milhões, é o quadro mais caro da História. Aliás, a "estória" contada por Dilma na TV sobre o uso de metrô em Londres tem tudo a ver com este quadro. Há pânico no governo com a desorganização da Copa do Mundo, que teimam em esconder. Tentam, então, fazer comparações absurdas, forjando fatos que a realidade desmente. Indo no popular: querem ganhar no grito!

“Estive na abertura das Olimpíadas de Londres. Eu sou chefe de Estado, estava há uma hora no trânsito. Desci e tomei um metrô. Eu não chegava. Eu quero saber: o que nós prometemos que não entregamos?” (DILMA ROUSSEFF)

Dilma não falou a verdade para os brasileiros, ontem, quando fez a afirmação acima no Jornal do SBT, dizendo que desceu do carro e foi de metrô para a abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Impossível. Havia mais de 50 km de vias exclusivas para autoridades e atletas na cidade. Como ocorre em qualquer edição dos Jogos. A segurança jamais permitiria.

Segundo o blog de Flávia Guerra publicou no dia 1 de agosto de 2012, no Estadão, o uso do metrô, naquela ocasião, foi uma escolha de Dilma, diante das dificuldades naturais de trânsito na hora do rush, em qualquer grande cidade do mundo. Especialmente em Londres, onde o automóvel é abominado, tendo em vista a espetacular cobertura de transporte urbano da cidade.

Dilma usou o metrô porque inventou um programa extra-oficial, de última hora, como vocês verão no post da blogueira. Como faz em algumas viagens. Para isso, abriu mão da estrutura colocada à disposição de um chefe de estado. Segurança, batedores, etc. Leiam, abaixo, o post da blogueira Flávia Gomes:

Quer fugir do rush londrino? Assim como a Dilma, vá de metrô!

A blogueira que vos fala está em Londres para seguir parte dos milhares de eventos que compõem o London Festival, o braço cultural dos Jogos Olímpicos de  London 2012. Entre eles, o Rio Occupation London, a ação de ocupação dos artistas brasileiros na capital inglesa, da qual vou falar em post futuro.

Mas hoje, entre tantos, um fato é interessantíssimo de observar. Um colega comentou que a presidente Dilma, presente na capital inglesa para a ocasião olímpica, entre outras, em um belo dos dias do não tão belo verão inglês, teria cismado de ir à Tate Modern para conferir a mostra Edvard Munch: The Modern Eye, atualmente em cartaz. E que queria ir de metrô. E para isso, abriu  mão de carro oficial e outros adereços que sempre são disponibilizados para os chefes de estado.

Faz sentido. Em dias em que a cidade está abarrotada e o trânsito londrino mais lembra o paulistano, ir de metrô, ainda que as linhas estejam também congestionadas e sofrendo ‘severe delays’ todo dia, o bom e velho Tube ainda é o jeito mais rápido de se chegar a qualquer lugar. 

Pois Dilma, dispensando grande comitiva, pegou o metrô, atravessou a Millenium Bridge e lá foi feliz para visitar a Tate.  Que tal se mais líderes brasileiros usassem mais o metrô no Brasil?

O Google Maps indica um trajeto com tempo médio de 17 minutos entre o hotel Ritz London, onde Dilma estava hospedada,  e o Tate Museum . São 4,5 km de distância. Sem trânsito, a rota é feita em 12 minutos. Usando metrô, o tempo médio é de 20 minutos. A estação mais próxima de Tate Modern é Southwark, que fica a 600 metros de caminhada. 

Como se vê, a presidente, mais uma vez, usou de má fé para justificar os imensos problemas de mobilidade urbana do Brasil, fruto da falta de planejamento do governo petista. E da sua incompetência como gestora. Dilma distorceu um fato para montar uma versão para sua conveniência. Comparar o trânsito de Londres com Rio ou São Paulo é, no mínimo, fazer pouco da inteligência dos brasileiros. Inventar "estorinhas" para justificar fracassos é brincar com a paciência dos cidadãos deste país.

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