O Grito, impressionante tela de Munch, vendida recentemente por mais de
U$ 100 milhões, é o quadro mais caro da História. Aliás, a "estória"
contada por Dilma na TV sobre o uso de metrô em Londres tem tudo a ver
com este quadro. Há pânico no governo com a desorganização da Copa do
Mundo, que teimam em esconder. Tentam, então, fazer comparações
absurdas, forjando fatos que a realidade desmente. Indo no popular:
querem ganhar no grito!
“Estive na abertura das Olimpíadas de Londres. Eu sou chefe
de Estado, estava há uma hora no trânsito. Desci e tomei um metrô. Eu não
chegava. Eu quero saber: o que nós prometemos que não entregamos?” (DILMA ROUSSEFF)
Dilma não falou a verdade para os brasileiros, ontem, quando fez a afirmação acima no Jornal do SBT, dizendo que desceu do carro e foi de metrô para a abertura dos Jogos Olímpicos
de Londres, em 2012. Impossível. Havia mais de 50 km de vias exclusivas para
autoridades e atletas na cidade. Como ocorre em qualquer edição dos Jogos. A segurança jamais permitiria.
Segundo o blog de Flávia Guerra publicou no dia 1 de agosto de 2012, no
Estadão, o uso do metrô, naquela ocasião, foi uma escolha de Dilma, diante das dificuldades
naturais de trânsito na hora do rush, em qualquer grande cidade do mundo.
Especialmente em Londres, onde o automóvel é abominado, tendo em vista a
espetacular cobertura de transporte urbano da cidade.
Dilma usou o metrô porque inventou um programa extra-oficial, de última
hora, como vocês verão no post da blogueira. Como faz em algumas
viagens. Para isso, abriu mão da estrutura colocada à disposição de um
chefe de estado. Segurança, batedores, etc. Leiam, abaixo, o post da
blogueira Flávia Gomes:
Quer fugir do rush
londrino? Assim como a Dilma, vá de metrô!
A blogueira que vos fala está em Londres para seguir parte
dos milhares de eventos que compõem o London Festival, o braço cultural dos
Jogos Olímpicos de London 2012. Entre
eles, o Rio Occupation London, a ação de ocupação dos artistas brasileiros na
capital inglesa, da qual vou falar em post futuro.
Mas hoje, entre tantos, um fato é interessantíssimo de
observar. Um colega comentou que a presidente Dilma, presente na capital inglesa
para a ocasião olímpica, entre outras, em um belo dos dias do não tão belo
verão inglês, teria cismado de ir à Tate Modern para conferir a mostra Edvard
Munch: The Modern Eye, atualmente em cartaz. E que queria ir de metrô. E para
isso, abriu mão de carro oficial e
outros adereços que sempre são disponibilizados para os chefes de estado.
Faz sentido. Em dias em que a cidade está abarrotada e o
trânsito londrino mais lembra o paulistano, ir de metrô, ainda que as linhas
estejam também congestionadas e sofrendo ‘severe delays’ todo dia, o bom e
velho Tube ainda é o jeito mais rápido de se chegar a qualquer lugar.
Pois
Dilma, dispensando grande comitiva, pegou o metrô, atravessou a Millenium
Bridge e lá foi feliz para visitar a Tate.
Que tal se mais líderes brasileiros usassem mais o metrô no Brasil?
O Google Maps indica um trajeto com tempo médio de 17 minutos entre o hotel Ritz London, onde Dilma estava hospedada, e o Tate Museum . São 4,5 km de distância. Sem trânsito, a rota é feita em 12 minutos. Usando metrô, o tempo médio é de 20 minutos. A estação mais próxima de Tate Modern é Southwark, que fica a 600 metros de caminhada.
O Google Maps indica um trajeto com tempo médio de 17 minutos entre o hotel Ritz London, onde Dilma estava hospedada, e o Tate Museum . São 4,5 km de distância. Sem trânsito, a rota é feita em 12 minutos. Usando metrô, o tempo médio é de 20 minutos. A estação mais próxima de Tate Modern é Southwark, que fica a 600 metros de caminhada.
Como se vê, a presidente, mais uma vez, usou de má fé para justificar
os imensos problemas de mobilidade urbana do Brasil, fruto da falta de
planejamento do governo petista. E da sua incompetência como gestora.
Dilma distorceu um fato para montar uma versão para sua conveniência.
Comparar o trânsito de Londres com Rio ou São Paulo é, no mínimo, fazer
pouco da inteligência dos brasileiros. Inventar "estorinhas" para
justificar fracassos é brincar com a paciência dos cidadãos deste país.
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