70% da frota voltou a circular nessa quarta-feira (4).
Promotora do Consumidor disse que prefeitura está ignorando a instituição.
Greve dos rodoviários completa 15 dias nessa quinta-feira (5)
A greve dos rodoviários de São Luís completa 15 dias nessa quinta-feira
(5), sem perspectiva de acordo entre Sindicato dos Trabalhadores
Rodoviários do Maranhão (Sttrema), Prefeitura de São Luís e Sindicatos
dos Rodoviários e das Empresas de Transporte (SET). Durante reunião
realizada na terça-feira (3), os rodoviários decidiram cumprir a
determinação da Justiça do Trabalho e voltar disponibilizar 70% da
frota, que havia sido retirada totalmente das ruas no dia 27.A greve dos rodoviários foi iniciada no dia 22 de maio e apesar da mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT-MA), não houve consenso sobre o percentual de reajuste solicitado pelos trabalhadores, que inicialmente era é 16% e já caiu para 9%. Além do retorno parcial às ruas, os trabalhadores aprovaram a proposta de que terão um reajuste inicial de 7% em seus vencimentos e não terão descontados os dias em que paralisaram completamente as atividades.
Além do aumento salarial, os rodoviários querem reajuste do vale-alimentação para R$ 500 por mês, inclusão de um dependente no plano de saúde, além da implantação de plano odontológico. O SET afirma não ter condições de ceder qualquer aumento, e atribuiu a resolução do caso à Prefeitura de São Luís.
Por sua vez, a Prefeitura de São Luís já descartou a possibilidade de aumento no valor das passagens de ônibus. Durante a primeira audiência do dissídio coletivo, realizada no dia 28 de maio, o município sugeriu o combate às fraudes nas gratuidades e meias-passagens, o fim da chamada 'Domingueira' (gratuidade), além da redução do ICMS para combustíveis, o que pode representar um ganho de aproximadamente R$ 2.125.000,00 por mês ao setor.
De acordo com a SMTT, a frota de ônibus do sistema de transportes coletivo de São Luís corresponde a 1.185 veículos que atendem a 740 mil usuários por dia.
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A volta de 70% dos ônibus às ruas de São Luís mudou o cenário no qual a população conviveu nos oito dias de paralisação total dos rodoviários. Nessa quarta-feira (4), os usuários do transporte coletivo não enfrentaram tantas dificuldades para se locomover na cidade como nos últimos dias. No Centro, o movimento foi intenso e o comércio registrou uma pequena melhora nas vendas.
Na Rua Grande, um dos principais centros comerciais da cidade, o movimento de consumidores foi grande. Mas comerciantes disseram que as vendas só melhoraram um pouco. Eles disseram ainda que a greve causou muitos prejuízos para as vendas de junho, mês em que há o Dia dos Namorados e a realização da Copa do Mundo 2014.
"Nunca tinha passado uma situação assim",diz comerciante
Nunca tinha passado uma situação assim antes", afirmou Rosângela Rodrigues.
Os comerciantes temem que nem todos os produtos reservados para a Copa e Dia dos Namorados sejam vendidos. De acordo com a avaliação de alguns gerentes, o movimento ainda não foi normalizado na Rua Grande. Eles esperam que as vendas continuem melhorando até o fim da semana.
Na Praça Deodoro, a circulação dos ônibus parecia normalizada, mesmo que 70% dos coletivos em circulação nas ruas. O comércio informal teve seu funcionamento normalizado e as bancas de vendedores ambulantes não ficaram vazias, como vinha acontecendo nos dias de paralisação total dos ônibus. "A gente não estava vendendo quase nada todos esses dias. Hoje, já melhorou. Tomara que eles [rodoviários] não parem de novo", disse a vendedora ambulante Lúcia Silva.
Aulas em institutos e cursos técnicos são retomadas
As aulas em institutos de nível superior e cursos técnicos foram retomadas ontem, na Rua Rio Branco, no Centro. Por causa da greve dos rodoviários, muitos estabelecimentos do tipo estavam com as portas fechadas desde o dia 27, quando foi iniciada a paralisação de 100% da frota de ônibus.
Ontem, todos os cursos da Rua Rio Branco estavam funcionando normalmente. Diferentemente dos dias de paralisação, a via teve grande movimento de alunos e professores pela manhã. Nos últimos oito dias, a greve de motoristas, cobradores de ônibus e fiscais havia mudado esse cenário. Apenas poucos funcionários de alguns cursos, continuavam trabalhando, mas em expediente reduzido.
Paradas de ônibus praticamente vazias
Licitação
O secretário de Transportes de São Luís, Canindé Barros, questionou a ação do Ministério Público que entrou com uma ação de execução contra a Prefeitura de São Luís, para que fosse cumprido o Termo de Ajustamento de Conduta firmado em 2013 e que previa a abertura de processo licitatório para novas linhas de transporte público da capital.
Segundo Lítia Cavalcante, a prefeitura não cumpriu nenhum aditivo do TAC. Canindé afirma que a licitação do setor de transporte coletivo só vai ser realizada em janeiro de 2015.
Ação foi assinada pelos promotores Tarcísio Bomfim, Lítia Cavalcanti e Cláudio Alencar
"Vamos abrir a licitação para o transporte público. Estamos providenciando todos os estudos técnicos para que possa elaborar o edital. Esse edital vai ser elaborado depois que nós discutirmos isso com as regionais, que são em torno de 15 na cidade", afirmou.
O Ministerio Público entrou com uma ação de execução contra a Prefeitura de São Luís, para que fosse cumprido o Termo de Ajustamento de Conduta firmado em 2013 e que previa a abertura de processo licitatório para novas linhas de transporte público da capital. O percentual atende à ordem judicial do Tribunal Regional do Trabalho no Maranhão (TRT-MA).
"Nós entramos com a execução do acordo, que vinha sendo descumprido reiteradamente, e ele inclui questões como biometria, bilhetagem eletrônica e fiscalização de carros piratas. Queremos uma reestruturação séria do transporte coletivo. Eles, agora, vão aguardar o deferimento do acordo pelo juiz da 4ª Vara do Tribunal do Trabalho, que é doutor Cícero, que deve prever reestruturação do sistema de transporte e valorização da categoria", afirmou a promotora do Consumidor, Lítia Cavalcante, em entrevista ao G1.
70% da frota circula em São Luís
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