quarta-feira, 16 de julho de 2014

CPI mista da Petrobras quebra sigilo de Yousseff e Paulo Roberto Costa


16/07/2014 16h08 - Atualizado em 16/07/2014 16h11


Parlamentares aprovaram a quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal.
Doleiro e ex-diretor da estatal foram presos durante a operação Lava Jato.

Priscilla Mendes Do G1, em Brasília

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga denúncias contra a Petrobras aprovou nesta quarta-feira (16), por unanimidade, requerimentos que pedem a quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal do ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto da Costa e do doleiro Alberto Yousseff. Ambos foram presos pela operação Lava Jato da Polícia Federal (PF), no entanto, Costa foi solto por ordem da Justiça.


Na sessão desta quarta, os deputados e senadores que compõe a CPI mista aprovaram diversos requerimentos de forma simbólica, na qual não é registrado o voto individual de cada parlamentar devido ao consenso em torno das propostas.

Os requerimentos que pedem a quebra dos sigilos de Costa e Yousseff, porém, tiveram que ser votados nominalmente. “Para qualquer transferência de sigilo eu tenho que tomar todas os cuidados necessários para não haver judicialização das decisões da comissão”, explicou o presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).
Esta foi a terceira tentativa da comissão de aprovar os itens. As duas últimas sessões, marcadas durante a realização da Copa do Mundo, sequer foram abertas devido a baixa presença dos parlamentares.

Paulo Roberto Costa é considerado, segundo a Polícia Federal, um dos chefes da quadrilha responsável por movimentar mais de R$ 10 bilhões em operações de lavagem de dinheiro. Conforme as investigações da operação Lava-Jato, o ex-diretor da Petrobras ajudou empresas de fachada mantidas pelo doleiro Alberto Youssef a fechar contratos com a estatal.

Além das quebras de sigilo, a comissão também aprovou convite ou convocação de 54 pessoas, entre elas o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal em Curitiba, que foi quem aceitou denúncia do Ministério Público resultante da Operação Lava-Jato.

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