Jornal de Brasilia
Publicação: Terça-feira, 18/03/2014 às 07:25:39
Dezenas
de ativistas da organização não governamental Greenpeace ocuparam hoje
(18) uma central nuclear no Leste de França. A informação foi divulgada,
em nota, pelo Greenpeace.
Os ativistas ocuparam a fábrica de Fessenheim e penduraram uma faixa
com a frase "Parem de arriscar a Europa", em um dos reatores, a fim de
"denunciar o risco da energia nuclear francesa" para todo o continente.
Na última ocupação desse tipo, o Greenpeace alegou falhas de segurança
nas instalações atômicas.
Um porta-voz da EDF – a empresa de energia estatal francesa que
controla a central nuclear - disse que o local está funcionando, apesar
da ocupação, e garantiu que “as ações não terão qualquer impacto no
funcionamento da central, que opera normalmente”. Segundo a mesma fonte,
a polícia deteve 56 ativistas, mas 20 permaneceram na cúpula de um dos
reatores. Um helicóptero da polícia sobrevoa a área.
A França, um dos países do mundo mais dependentes de energia nuclear,
opera 58 reatores e é um dos defensores internacionais da energia
atômica.
Em 2012, antes das eleições presidenciais e em acordo com Os Verdes, o
partido socialista do presidente François Hollande prometeu reduzir a
dependência da energia nuclear de mais de 75% para 50%, fechando 24
reatores até 2025.
Entre as centrais, Hollande prometeu fechar a Fessenheim, ocupada
hoje, até o fim de 2016. A central, localizada às margens do Rio Reno,
fica perto das fronteiras suíça e alemã e é vulnerável à atividade
sísmica e a cheias.
O protesto do Greenpeace ocorre antes de uma reunião dos líderes
europeus para discutir o futuro da política energética do continente. Os
ativistas do Greenpeace querem que Hollande e a chanceler alemã, Angela
Merkel, forcem a Europa a uma transição energética real, reclamando que
a França usa demais a energia nuclear, e a Alemanha o carvão.
*Com informações da Agência Lusa
Fonte: Agência Brasil
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