terça-feira, 18 de março de 2014

Bispo Macedo pode negociar Record com Televisa, e petistas armam laranjas para comprar o Estadão


segunda-feira, 17 de março de 2014


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O Bispo Edir Macedo Bezerra, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, estaria interessado em se desfazer de sua participação na Rede Record de Televisão ou, na pior hipótese, negociar os 30 por cento de controle acionário que a legislação permite. Macedo só não aceita fazer negócio com empresários brasileiros ou seus “laranjas”. 
 
O Bispo já rejeita, antecipadamente, pressões de petistas para uma parceria. Macedo sabe que amigos de Luiz Inácio Lula da Silva desejam investir na aquisição de um grande grupo de comunicação.

O grupo transnacional interessado na rede Record é o mexicano Televisa, que pertence ao bilionário Carlos Slim, dono da Claro e da Embratel. Slim quer se expandir para cá depois que o Instituto Federal de Telecomunicações do México ameaça impor sanções mais duras contra o que considera “agentes econômicos hegemônicos no mercado de radiodifusão e de telecomunicações”. 
 
Nos bastidores, um grande empresário de comunicação considera viável que Macedo faça o negócio, porque não considera mais que a Record seja estratégica para a IURD. Além disso, a emissora tem consumido mais recursos da igreja que o necessário.

A Record interessaria ao PT, mas tal negócio não sai. Por isso, o principal alvo dos petistas é o jornal O Estado de São Paulo. Os petistas já fazem pressão sobre bancos que controlam o grande jornal paulista, para que facilite sua venda para empresários aliados do governo – e parceiros de negócios de Lula. 
 
Quem pode viabilizar o negócio para os petistas, cuidando das negociações, é Henrique Meirelles – ex-presidente do Banco Central e atual presidente do Conselho de Administração do grupo JBS – que comanda a marca Friboi.

As Organizações Globo teriam a preferência para adquirir o controle do Estadão. Mas a família do falecido Roberto Marinho teme sofrer “deslealdades do governo”, caso tente fechar o negócio. 
 
O Bradesco pode ser o maior obstáculo para que o Estadão acabe nas mãos de empresários ligados ao PT. As negociações estão quentes, mas podem esfriar de repente...

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