segunda-feira, 17 de março de 2014
Edição
do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por
Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O Bispo Edir Macedo Bezerra, líder da
Igreja Universal do Reino de Deus, estaria interessado em se desfazer de sua
participação na Rede Record de Televisão ou, na pior hipótese, negociar os 30
por cento de controle acionário que a legislação permite. Macedo só não aceita
fazer negócio com empresários brasileiros ou seus “laranjas”.
O Bispo já
rejeita, antecipadamente, pressões de petistas para uma parceria. Macedo sabe
que amigos de Luiz Inácio Lula da Silva desejam investir na aquisição de um
grande grupo de comunicação.
O grupo transnacional interessado na rede
Record é o mexicano Televisa, que pertence ao bilionário Carlos Slim, dono da
Claro e da Embratel. Slim quer se expandir para cá depois que o Instituto
Federal de Telecomunicações do México ameaça impor sanções mais duras contra o
que considera “agentes econômicos hegemônicos no mercado de radiodifusão e de
telecomunicações”.
Nos bastidores, um grande empresário de comunicação
considera viável que Macedo faça o negócio, porque não considera mais que a
Record seja estratégica para a IURD. Além disso, a emissora tem consumido mais
recursos da igreja que o necessário.
A Record interessaria ao PT, mas tal
negócio não sai. Por isso, o principal alvo dos petistas é o jornal O Estado de
São Paulo. Os petistas já fazem pressão sobre bancos que controlam o grande
jornal paulista, para que facilite sua venda para empresários aliados do
governo – e parceiros de negócios de Lula.
Quem pode viabilizar o negócio para
os petistas, cuidando das negociações, é Henrique Meirelles – ex-presidente do
Banco Central e atual presidente do Conselho de Administração do grupo JBS –
que comanda a marca Friboi.
As Organizações Globo teriam a preferência
para adquirir o controle do Estadão. Mas a família do falecido Roberto Marinho
teme sofrer “deslealdades do governo”, caso tente fechar o negócio.
O Bradesco
pode ser o maior obstáculo para que o Estadão acabe nas mãos de empresários
ligados ao PT. As negociações estão quentes, mas podem esfriar de repente...
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