18/03/2014 09h34
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Mesmo com chuva de 17,5 mm, nível foi para 14,9%.
Sabesp diz que 'volume morto' poderá ser usado a partir de julho ou agosto.
O volume de água acumulado dos reservatórios do Sistema Cantareira caiu
abaixo dos 15% pela primeira vez e chegou a 14,9% nesta terça-feira
(18).
O nível diminuiu mesmo com chuva de 17,5 mm registrada na região nesta segunda-feira (17).
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp)
informou nesta segunda que a água do fundo dos reservatórios do Sistema
poderá abastecer a Grande São Paulo por quatro meses. O chamado "volume
morto" deve começar a ser usado entre julho e agosto, de acordo com a
companhia.
As obras emergenciais da Sabesp para retirar a água do volume morto
começaram nesta segunda em duas cidades. Caminhões, tratores e
retroescavadeiras já preparam a área para instalar as bombas que vão
retirar água do fundo dos reservatórios em Nazaré Paulista e Joanópolis.
A obra está orçada em 80 milhões de reais e vai tornar útil uma reserva
de 300 bilhões de litros de água que fica abaixo do nível das
comportas.
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Ele nunca foi utilizado porque as bombas não captam nessa profundidade.
Pra retirar essa água, a Sabesp está construindo uma tubulação de três
quilômetros e meio. E nela vai instalar 17 bombas flutuantes.
A ideia da Sabesp é utilizar 200 dos 300 bilhões de litros do volume
morto para garantir o abastecimento de quem recebe agua do sistema
Cantareira. O diretor da Sabesp admite que a captação do volume morto,
ajuda a diminuir a crise do abastecimento no curto prazo. O sistema pode
levar muito tempo para se recuperar.
“É uma represa enorme, nossa experiência de 2003, 2004 nos levamos dois
anos pra recuperar o nível dos reservatórios”, afirmou Paulo Massaro,
diretor metropolitano da Sabesp. A empresa garante que essa água é de
boa qualidade. A companhia também estuda aumentar a captação de água dos
reservatórios Guarapiranga e Alto Tietê para o Cantareira.
Segundo cálculo feito pelo professor especialista em recursos hídricos da Universidade de São Paulo
(USP), Rubem Porto, com um índice de armazenamento de 15%, e sem chuva,
a água da Cantareira vai durar até setembro. Com a utilização do volume
morto, o abastecimento da região metropolitana ganha um respiro. Vai
durar até fevereiro do ano que vem.
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