Quando o famigerado José Roberto Arruda aparece no Facebook numa atitude de provocação à Justiça Eleitoral, fazendo campanha no mês de março, os mal-informados não levam em conta a influência da campanha federal na campanha eleitoral do DF.
Arruda pode fazer o maior barulho, mas não terá nenhum palanque de
candidato à Presidência da República para brilhar. É um defeito sensível
da sua possível campanha – alem do risco elevado de morrer na praia, se
sofrer alguma condenação em segundo grau.
Mesmo num eventual segundo turno, Arruda não terá apoio de nenhuma
estrutura federal. Nesse sentido, até o senador Cristovam Buarque já
disse que optará por candidaturas consideradas mais à esquerda.
O quadro para 5 de outubro está bem formado. É claro que o PSOL, do
senador Randolfe (candidato a presidente), apóia o candidato Toninho,
marido da ex-deputada Maninha, para disputar o Palácio do Buriti.
Agnelo Queiroz é mesmo o candidato da presidente Dilma, assim como o
PSB tem a candidatura do senador Rodrigo Rollemberg assegurada.
Pelas informações que tenho, o candidato tucano Aécio Neves deve
apoiar o nome de Luiz Pitiman, deputado federal, como candidato ao GDF.
Arruda, no PR, verá o seu partido apoiando o nome da candidata Dilma,
sem que esta tenha coragem nem disposição de passar perto do seu nome
muitíssimo queimado.
No PRTB, o ex-governador Roriz não deverá ter palanque federal, pois
se o presidente desse partido, Levy Fidelis, for novamente candidato a
presidente, servirá para tirar votos no plano regional.
Eis é um diagnóstico difícil de alguém contestar. No meio de muitas situações indefinidas, este quadro parece bem formado.
RENATO RIELLA
Uns e outros me perguntam o que tenho contra o famigerado José Roberto Arruda. Resposta: tudo!
Há mais de 40 anos, mantenho postura de defesa desinteressada de Brasília. É a cidade que escolhi para morar desde a década de 70, fugindo dos desmandos do ACM, o governador Malvadeza, que barbarizava a Bahia.
Com Arruda, em menos de quatro anos de governo, vivemos momentos de Malvadeza (do qual ele foi parceiro no Painel do Senado). Felizmente essa era de medo foi compensada pela prisão inédita de um governador na residência oficial de Águas Claras.
A desmoralização que sofremos, todos nós os brasilienses, foi imensa. Não dá para botar a culpa em Durval Barbosa. Ele apenas foi o estopim de uma bomba que estouraria de qualquer maneira.
No governo Arruda, com a participação cúmplice do vice Paulo Octávio, tivemos a aprovação pela Câmara Legislativa do projeto criminoso do PDOT – Plano Diretor de Ordenamento Territorial.
Graças a esse plano proposto pelo governo, muitos grandes empresários tiveram terras rurais transformadas em terras urbanas, com multiplicação de até cem vezes no valor.
Consta que muitos deputados distritais receberam, cada um, R$ 500 mil para aprovar esse PDOT, numa operação aberta que funcionou dentro da Câmara Legislativa, onde esse lobby se instalou numa das salas de liderança partidária.
Promotores questionaram a aprovação do PDOT, mas o então procurador Leonardo Bandarra engavetou esse processo, que só foi enviado à Justiça muito tempo depois, quando Arruda já havia sido deposto.
O Tribunal de Justiça do DF derrubou parte do PDOT, mas essa alteração no plano aprovado pelos distritais nunca teve a necessária transparência.
O certo é que o atual governo, do petista Agnelo Queiroz, tenta criar uma nova cidade, nas regiões de São Sebastião e Santa Maria, que é resultante do tal PDOT arrudista. Tudo indica que será uma péssima iniciativa para o futuro do DF.
Há dezenas de outras barbaridades feitas pelo então governador Arruda, que a rigor não deixou nenhuma obra nos seus três anos de péssima administração.
A rigor, ele só inaugurou o estádio do Bezerrão, no Gama, que foi uma reforma caríssima de obra já existente. Além disso, essa inauguração gerou processo que um dia pode levar o próprio Arruda para a cadeia e que ajudou a derrubar o presidente da CBF, Ricardo Teixeira.
Quase todas as áreas do governo Arruda tinham atividades suspeitas, entre os quais o Pró-DF, a administração das verbas publicitárias, as aplicações financeiras de R$ 500 milhões das verbas do SUS e muitas outras.
A volta desse governador seria uma tragédia para Brasília e para a imagem da cidade. Mas ele não voltará. O lançamento do seu nome é grande provocação à Justiça, onde ele tem pelo menos duas dezenas de processos cabeludos.
Não ficará impune.
RENATO RIELLA
Uns e outros me perguntam o que tenho contra o famigerado José Roberto Arruda. Resposta: tudo!
Há mais de 40 anos, mantenho postura de defesa desinteressada de Brasília. É a cidade que escolhi para morar desde a década de 70, fugindo dos desmandos do ACM, o governador Malvadeza, que barbarizava a Bahia.
Com Arruda, em menos de quatro anos de governo, vivemos momentos de Malvadeza (do qual ele foi parceiro no Painel do Senado). Felizmente essa era de medo foi compensada pela prisão inédita de um governador na residência oficial de Águas Claras.
A desmoralização que sofremos, todos nós os brasilienses, foi imensa. Não dá para botar a culpa em Durval Barbosa. Ele apenas foi o estopim de uma bomba que estouraria de qualquer maneira.
No governo Arruda, com a participação cúmplice do vice Paulo Octávio, tivemos a aprovação pela Câmara Legislativa do projeto criminoso do PDOT – Plano Diretor de Ordenamento Territorial.
Graças a esse plano proposto pelo governo, muitos grandes empresários tiveram terras rurais transformadas em terras urbanas, com multiplicação de até cem vezes no valor.
Consta que muitos deputados distritais receberam, cada um, R$ 500 mil para aprovar esse PDOT, numa operação aberta que funcionou dentro da Câmara Legislativa, onde esse lobby se instalou numa das salas de liderança partidária.
Promotores questionaram a aprovação do PDOT, mas o então procurador Leonardo Bandarra engavetou esse processo, que só foi enviado à Justiça muito tempo depois, quando Arruda já havia sido deposto.
O Tribunal de Justiça do DF derrubou parte do PDOT, mas essa alteração no plano aprovado pelos distritais nunca teve a necessária transparência.
O certo é que o atual governo, do petista Agnelo Queiroz, tenta criar uma nova cidade, nas regiões de São Sebastião e Santa Maria, que é resultante do tal PDOT arrudista. Tudo indica que será uma péssima iniciativa para o futuro do DF.
Há dezenas de outras barbaridades feitas pelo então governador Arruda, que a rigor não deixou nenhuma obra nos seus três anos de péssima administração.
A rigor, ele só inaugurou o estádio do Bezerrão, no Gama, que foi uma reforma caríssima de obra já existente. Além disso, essa inauguração gerou processo que um dia pode levar o próprio Arruda para a cadeia e que ajudou a derrubar o presidente da CBF, Ricardo Teixeira.
Quase todas as áreas do governo Arruda tinham atividades suspeitas, entre os quais o Pró-DF, a administração das verbas publicitárias, as aplicações financeiras de R$ 500 milhões das verbas do SUS e muitas outras.
A volta desse governador seria uma tragédia para Brasília e para a imagem da cidade. Mas ele não voltará. O lançamento do seu nome é grande provocação à Justiça, onde ele tem pelo menos duas dezenas de processos cabeludos.
Não ficará impune.
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