Coluna Claudio Humberto Diário do Poder
29 de abril de 2014
O ex-presidente Lula provocou grande
mal-estar no governo e no PT ao declarar, em entrevista à TV portuguesa
RTP que os mensaleiros cumprindo pena no presídio da Papuda não são da
sua “confiança”. Até porque não é verdade: um dos presos, José Dirceu,
por exemplo, exerceu em seu governo o cargo de maior confiança de
presidente da República: ministro-chefe da Casa Civil, espécie de
“primeiro-ministro”.
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Um dos mais afetados pela declaração de Lula, segundo fontes do PT, foi o ex-deputado José Genoino, velho amigo do ex-presidente.
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Outros velhos amigos, que estão presos e não entregaram o líder, como Delúbio Soares, sentiram-se ofendidos com a afirmação de Lula.
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Ao renegar os amigos mensaleiros, Lula dá razão aos que o comparam a Macunaíma, o “herói sem caráter” da obra de Mário de Andrade.
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Após negar três vezes amizade a “cumpanhêros” do mensalão, Lula vai dizer que sua íntima amiga Rose também “não era de sua confiança”?
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Convidado ao jantar oferecido pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, domingo, o senador Aécio Neves (PSDB) intensifica as negociações para fechar um acordo político que pode passar, inclusive, pela posição de vice, na chapa tucana. O PSD tem a oferecer precioso tempo de TV, no horário gratuito, na disputa pela Presidência da República, e a retirada da candidatura de Kassab ao governo paulista.
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A candidatura de Kassab ao governo paulista é incentivada por Lula. O objetivo é tirar votos de Geraldo Alckmin, para forçar o segundo turno.
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O PSDB vê na queda da presidenta Dilma nas pesquisas a chance de atrair partidos como o PSD, que também negociam com o PT.
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O PSDB tem tudo a ver com o PSD: o partido foi criado por Kassab com o estímulo do ex-prefeito paulistano José Serra.
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O deputado André Vargas (PR) corre risco zero de ter seu mandato pedido pelo PT, que não quer cutucar ainda mais a fera com vara curta. Além disso, ele poderia alegar pressão e perseguição do PT.
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O PT indicará José Pimentel (PT- CE) relator e João Alberto (PMDB-MA), obediente a José Sarney, para presidir a CPI da Petrobras. Ou seja, a CPI será instalada dia 7, mas não vai investigar coisa alguma.
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Cresce no Congresso a tese de que o “volta Lula” é alimentado pelo próprio ex-presidente, que se colocaria como alternativa à presidenta Dilma, roubando qualquer espaço ou protagonismo da oposição.
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Para enfrentar o drama dos imigrantes haitianos que chegam em massa ao Brasil, o governo federal ao menos deveria parar de emitir vistos de turistas ou “humanitários” a quem chega sem o primeiro.
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Em crise de labirintite, o ex-presidente Lula poderia ter procurado um médico cubano, dando uma força no programa “Mais Médicos”, de Dilma e do ex-ministro Alexandre Padilha. Mas preferiu o Sírio Libanês.
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Boa pauta para os presidenciáveis: tirar as duas décadas de gaveta do projeto do ex-senador Marco Maciel (DEM-PE) regulamentando a profissão de lobista. O multidoleiro Yousseff pagaria imposto de renda.
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Dono da terceira maior bancada na Assembleia Legislativa de São Paulo, o PV obteve, há mais de mês, a garantia do governo Geraldo Alckmin (PSDB) de que ocuparia a secretaria de Minas e Energia.
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Aspirante à cadeira no Senado, o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), já avisou ao PMDB que só entrará na disputa caso o senador Pedro Simon desista de sair candidato à reeleição.
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A tontura que levou Lula ao hospital Sírio e Libanês, no fim de semana, ganhou diagnóstico no Twitter: “Labirintite 8 anos, rótulo vermelho”.
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