Pela primeira vez, a pesquisa CNT/MDA aponta para a
possibilidade de realização de um segundo turno nas eleições de outubro. Em
caso de segundo turno, a presidente Dilma venceria tanto Aécio Neves como
Eduardo Campos. No caso da disputa com o tucano, Dilma teria em abril 39,2%,
contra 46,6% em fevereiro. Aécio Neves sobe de 23,4% para 29,3% em abril, numa
segundo turno. Os votos em branco ou nulos subiram de 20,8% para 22,8%.
O percentual daqueles que não souberam ou não responderam
oscilou de 9,2% para 8,7% em abril. Na disputa com o candidato do PSB num
segundo turno, Dilma teria 41,3% em abril, contra 48,6% em fevereiro. Já
Eduardo Campos sobe de 18% em fevereiro para 24% em abril. Os votos em branco
ou nulos subiram de 23,9% para 24,4%. Já aqueles que não souberam ou não
responderam oscilou de 9,5% para 10,3%.
Os analistas afirmaram que a realização de um segundo turno
ainda está indefinida, num cenário com os candidatos Dilma, Aécio e Eduardo
Campos. Mas ressaltam que, pela primeira vez, há uma migração de votos da
petista para a oposição.
- Houve uma queda geral na avaliação do governo e da
presidente Dilma. E, pela primeira vez, houve uma migração de votos de Dilma
para oposição. A questão do segundo turno ainda está indefinida, mas a rejeição
de Dilma rompeu a barreira dos 40%. Há um mau humor que o governo terá que
reverter - disse Bruno Batista, diretor-executivo da CNT.
Para ele, há uma deterioração de todos os índices sociais. -
É cedo par falar em comprometimento da reeleição, mas houve migração de votos.
É patentes crescimento da oposição - disse Batista. Num cenário eleitoral com
os chamados “candidatos nanicos”, Dilma teria num primeiro turno 36,5%, Aécio
21,5%, Eduardo Campos 11,2%, José Maria Eymael (PSC) 0,6%, enquanto os demais
somam 0,8%.
Na pesquisa espontânea, onde o entrevistado aponta o
candidato de sua preferência, Lula aparece com 6,5% em abril, contra 5,6% em
fevereiro. Já Dilma fica com 20,5%, contra 21,3% em fevereiro. O tucano Aécio
Neves cresce de 5,6% em fevereiro para 9,3% em abril. A ex-senadora Marina
Silva aparece em quarto lugar - atrás de Lula e na frente de Eduardo Campos-,
com 4,5% em abril, contra 3,5% em fevereiro. O candidato Eduardo Campos, por
sua vez, é apontado por 3,6% em abril, contra 1,6% em fevereiro.
Um dado relevante é a rejeição a candidata Dilma: 43,1%
disseram que não votariam nela de jeito nenhum, contra 37,3% em fevereiro. Para
o executivo da CNT, o “escândalo de Pasadena atingiu em cheio a presidente
Dilma”.
Ricardo Froes
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