29/04/2014 09h15
Volume acumulado chegou a 10,9% nesta terça-feira (29).
Não choveu nada no sábado, domingo e na segunda.
Vista
da Represa Jaguari do Sistema Cantareira, na cidade de Vargem, no
interior de São Paulo,
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A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) realiza obras emergenciais, desde o dia 17 de março, para retirar água do fundo dos reservatórios do Sistema. Segundo a companhia, o "volume morto" poderá abastecer a Grande São Paulo por quatro meses e deve começar a ser usado entre julho e agosto.
A obra está orçada em 80 milhões de reais e vai tornar útil uma reserva de 300 bilhões de litros de água que fica abaixo do nível das comportas.
Segundo um cálculo feito pelo professor especialista em recursos hídricos da Universidade de São Paulo (USP) Rubem Porto, e publicado pelo G1 em 19 de março, a água do Cantareira deve durar até setembro. Com o uso do volume morto, o abastecimento na Região Metropolitana de São Paulo ganha um "respiro" até fevereiro de 2015.
Conta mais cara
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou em 22 de abril que os moradores da região metropolitana abastecidos pelo Sistema Cantareira terão acréscimo na conta caso aumentem o cosumo de água.
De acordo com Alckmin, o consumidor que gastar acima da média no próximo mês pagará conta 30% mais cara em junho. Já os consumidores que conseguirem economizar 20% receberão desconto de 30%.
A possibilidade de multa foi divulgada pelo secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do estado de São Paulo, Mauro Arce, na quinta-feira (17). Em entrevista à Rádio CBN, ele disse que a multa deve começar a ser aplicada entre maio e junho.
A multa é planejada como forma de incentivar a economia de água em um momento de recorde negativo no nível dos reservatórios do Sistema Cantareira, que abastece a Grande São Paulo. O governo do estado diz que não há racionamento e que problemas no abastecimento em alguns bairros são resultados de manobras pontuais da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Apesar de moradores de bairros da capital paulista e de cidades da Grande São Paulo relataram falta d'água em períodos do dia, conforme adiantou o G1 no mês de março, o governo nega a existência de racionamento de água. Na semana passada, o governador disse que A Sabesp informou que a falta d´água em alguns bairros da cidade são manobras técnicas pontuais devido à utilização de água dos sistemas Guarapiranga e Alto Tietê para abastecer áreas atendidas originalmente pelo Sistema Cantareira.
De acordo com o secretário Mauro Arce, cerca de 75% dos consumidores conseguiram reduzir o consumo de água desde o início da campanha da Sabesp, em fevereiro. Desses, cerca de metade conseguiu se beneficiar de um bônus (desconto) de 30% por ter economizado 20% da média mensal.
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