Em clima de campanha, contudo, também foi recebida por grupos de simpatizantes que gritavam jingles eleitorais e pediam por um segundo mandato.
Ao iniciar seu discurso em evento de ONGs em Brasília nesta sexta-feira
(23), a presidente Dilma Rousseff foi interrompida por um grupo de sete
pessoas que carregavam faixas e gritavam pelo início de negociações de
greve...
O ato contra o governo começou ao início de sua fala. As sete pessoas
do Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação
Básica, Profissional e Tecnológica) carregavam faixas de greve e
gritavam "negocia já".
O Sinasefe está em greve desde abril, acusam o governo de não cumprir
acordos assinados em greves anteriores, que incluem normatização de
carreira, benefícios a aposentados, regulação de terceirizações, entre
outras reivindicações.
O fato ocorreu logo depois de ela ser ovacionada pelos presentes, que
entoavam gritos de "um, dois, três, Dilma outra vez" e "olê olê olá,
Dilma". O auditório, com cerca de 1.000 pessoas, não aderiu ao ato dos
grevistas, que foram encaminhados por seguranças à saída do local.
Desconfortável, Dilma interrompeu seu discurso e disse: "Todos somos
democráticos, vocês têm todo o direito de se manifestar. (...) Nós vamos
negociar, que é a melhor forma."
A presidente discursou por cerca de 50 minutos, enumerando realizações
do governo na área social. Assinou decreto que cria a Política Nacional
de Participação Social, outro que dispõe sobre prestação de contas de
ONGs que recebem transferência de recursos da União e que regulamenta
lei que dispõe sobre certificação de entidades beneficentes e de
assistência social.
"O Brasil não é feito por aquilo que aparece na mídia, o Brasil é feito
por milhões de movimentos, organizações, de pessoas anônimas que lutam
para construir um processo de participação de defesa dos seus
interesses, e de fato, esse conjunto de pessoas, esse conjunto de
pessoas, ele não aparece", disse a presidente.
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) afirmou, pouco antes da
fala da presidente, que espera que o Congresso aprove na semana que vem
o marco regulatório das ONGs, em discussão há anos no governo.
"O barulho, a manifestação das ruas nos lembram que nós temos que criar
novas formas de exercício da cidadania", disse o ministro, que
ressaltou querer "lembrar da sua coragem" por não ter determinado
"nenhuma repressão, mas abriu as portas do palácio [do Planalto]" para
organizações civis.
Fonte: TAI NALON - portal UOL - 23/05/2014 - - 16:07:58 BLOG do SOMBRA
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