sexta-feira, 23 de maio de 2014

Servidores seguem acampados na porta da Prefeitura de Belo Horizonte





Nesta sexta (23), greve foi mantida; servidores fecharam Av. Afonso Pena. 


Proposta de reajuste de 5,56% foi rejeitada; movimento pede 15%.

Pedro Triginelli Do G1 MG
 
Servidores municipais de Belo Horizonte que decidiram, nesta sexta-feira (23), manter a greve por tempo indeterminado, seguem acampados na porta da Prefeitura de Belo Horizonte. Pela manhã, eles realizaram uma assembleia em frente à sede do governo municipal e votaram pela continuidade da paralisação, iniciada no dia 6 deste mês.

Barracas ocupam uma faixa da Avenida Afonso Pena, em frente à Prefeitura de Belo Horizonte (Foto: Pedro Triginelli)Barracas ocupam uma faixa da Avenida Afonso Pena, em frente à Prefeitura de Belo Horizonte

Durante a assembleia, os servidores ocuparam todas as faixas da via com cadeiras, no sentido Mangabeiras. De acordo com a Polícia Militar, o ato chegou a reunir duas mil pessoas. A estimativa do Sindicato dos Servidores Públicos Municipal de Belo Horizonte (Sindibel) foi menor, de cerca de mil participantes.

No encerramento da reunião, por volta das 11h30, saíram em passeata por três quarteirões até a Praça Sete, também no hipercentro, e retornam ao ponto de saída. O protesto foi encerrado às 12h40.

Além do Sindibel, integrantes do Sindicato dos Radialistas e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sindrede-BH) se juntaram ao movimento.

Servidores realizam assembleia na Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte.  (Foto: Pedro Triginelli/ G1)Servidores realizaram assembleia na Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte.
 
De acordo com o sindicato, os funcionários reivindicam reajuste de 15% e aumento no vale-alimentaçao de R$ 17 para R$ 28.  Segundo a Secretaria Municipal Planejamento, Orçamento e Informação, no dia 14 de maio, a administração municipal ofereceu aos trabalhadores, a partir de setembro, reajuste de 5,56% e acréscimo de 5,88% no vale-refeição.

O acampamento com barracas em frente à prefeitura está no quinto dia. Na noite desta quinta-feira (22), os manifestantes receberam o apoio do grupo Tarifa Zero, que manifestou contra o aumento recente das tarifas de ônibus.


Após assembleia, trabalhadores chegaram à Praça Sete, em BH. (Foto: Pedro Triginelli/ G1)Após assembleia, trabalhadores chegaram à Praça Sete,em BH 
 
 
Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, durante o ato desta manhã, os servidores descumpriram liminar que determinava que apenas uma pista fosse fechada durante protestos. Com isso, por meio da Procuradoria do município, um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil e encaminhado ao TJMG para aplicar a multa. Ainda de acordo com a administração municipal, outro boletim será registrado nesta sexta-feira (23).

Proibição judicial
 
Desde o dia 14 de maio, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), por meio do Cartório de Feitos Especiais, proibiu que servidores públicos municipais de Belo Horizonte fechassem totalmente ruas e avenidas da cidade durante passeatas e manifestações.

A decisão liminar do desembargador Caetano Levi Lopes determinou que os grevistas ocupassem apenas uma pista durante os protestos. Segundo a Justiça, ao menos duas pistas deveriam ficar livres para o tráfego de veículos. Se a decisão fosse desrespeitada, haveria uma multa diária de R$ 15 mil.

O TJMG Informou que sindicatos entraram com um agravo na quarta-feira (21) contra a decisão judicial. Contudo, de acordo com o órgão, até a publicação desta reportagem, o recurso não havia sido apreciado. Ainda segundo o tribunal, a prefeitura precisa acionar a Justiça para que a pena seja aplicada.

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