Creio que
este artigo de Reinaldo Azevedo que está na Folha de S. Paulo desta
sexta-feira, oferece um quadro muito preciso do que ocorre no Brasil sob
o desgoverno do PT. Embora muitos dos leitores provavelmente já leram
na Folha ou no blog do Reinaldo, decidi mesmo assim fazer a postagem
porque este artigo faz um resumo perfeito desses dias de anarquia e
insegurança que toma conta do Brasil. Ao final do texto o autor faz uma
pergunta que seguramente a maioria dos brasileiros fazem: "Por quando
tempo mais?" Leiam:
O PT é um partido da ordem. Ocupa postos-chave na administração que lhe conferem a responsabilidade de manter em funcionamento a sociedade do contrato. Ocorre que esse partido tem a ambição de ser também o monopolista da desordem e, por isso, conserva no Planalto um ministro como Gilberto Carvalho. O secretário-geral da Presidência é o encarregado de fazer a tal "interlocução" com os ditos "movimentos sociais".
O PT é um partido da ordem. Ocupa postos-chave na administração que lhe conferem a responsabilidade de manter em funcionamento a sociedade do contrato. Ocorre que esse partido tem a ambição de ser também o monopolista da desordem e, por isso, conserva no Planalto um ministro como Gilberto Carvalho. O secretário-geral da Presidência é o encarregado de fazer a tal "interlocução" com os ditos "movimentos sociais".
Segundo,
por exemplo, a ótica perturbada dos coxinhas vermelhos do PSOL e
assemelhados –os revolucionários do Toddynho com Sucrilhos–, os petistas
fariam, na verdade, um trabalho de cooptação das massas, apropriando-se
de sua energia revolucionária e sacrificando-a no altar do capital. É
só tolice barulhenta, mas alguns empresários de cabeça oca e bolso cheio
de grana do BNDES concordam, a seu modo, com a tese e saúdam o petismo
por supostamente conter o povo. Até parece que trabalhador, deixado à
sua própria sorte, escolhe Karl Marx em vez de TV LED.
Quem
está certo? Os Robespierres de si mesmos ou os oportunistas do
subsídio? Ninguém! Os petistas nem sugam a energia revolucionária do
povo (isso não existe!) nem a ordenam. Hoje e desde sempre,
instrumentalizam insatisfações em favor do fortalecimento do aparelho
partidário, que cobra da sociedade uma espécie de taxa de proteção. A
prática é mafiosa: "Votem em nós, ou não tem mais Bolsa Família". "Votem
em nós, ou não tem mais Bolsa BNDES." Adiante.
Não
vou aqui apelar ao nascimento das musas para identificar a gênese das
jornadas de junho de 2013, mas a história isenta ainda contará que elas
nasceram no momento em que o PT, convocado a dizer "não" à desordem e a
se comportar como um partido da ordem, fez exatamente o contrário,
articulando-se para que a bomba explodisse no colo de um adversário
político –no caso, o governador Geraldo Alckmin. Os esforços do ministro
da Justiça, José Eduardo Cardozo, para desestabilizar e desmoralizar a
polícia de São Paulo só não mereceram uma medalha da Honra ao Mérito
Petista porque ele foi incompetente e desastrado. O tiro saiu pela
culatra.
Não
há grupo baderneiro com viés de esquerda que não tenha sido levado ao
Palácio do Planalto para conversar. O método consagrado para ser ouvido
na República obedece à gradação dos celerados: quebrar, incendiar,
invadir, bater e –como esquecer o cinegrafista Santiago Andrade?– matar.
A raiz do caos que viveu São Paulo na terça e na quarta desta semana
não está numa disputa por poder num sindicato de motoristas. Isso sempre
existiu, com uma penca de cadáveres, diga-se. A gênese dos métodos
terroristas empregados está no Palácio do Planalto.
"Ah,
a direita sempre quer resolver tudo na porrada!" Não! Esse é Fidel
Castro. É Kim Jong-un. É Xi Jinping. Eu acho que as demandas têm de ser
resolvidas de acordo com leis democraticamente pactuadas. E penso que só
é tolerável que existam um Estado e uma burocracia cara se estes entes
puderem manter as regras da civilidade para arbitrar as diferenças. É
que não tenho projeto de poder e, portanto, não preciso ser um cafetão
do caos.
Na
quarta-feira, Carvalho, o interlocutor oficial da desordem, concedeu uma
entrevista a "blogueiros". Disse que a imprensa é a responsável pelo
"mau humor" dos brasileiros. Acusou ainda o jornalismo de sonegar
informações e de investir num "envenenamento mais ou menos
generalizado". Para ele, há uma excessiva "editorialização da opinião".
Carvalho, o stalinista disfarçado de santarrão de sacristia, acha que
uma opinião não pode ser editorializada! Entendo.
Depois
ele voltou ao prédio em que despacha a presidente da República para dar
continuidade à sua "interlocução" com extremistas minoritários os mais
variados, que transformam a vida cotidiana dos brasileiros num inferno.
Não há escapatória: o atual nome da baderna é Dilma Rousseff. É quem,
podendo mandar muito, não manda nada. Por quanto tempo mais? Da Folha de S. Paulo desta sexta-feira
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