Por Flavio Ferreira e Mario Cesar Carvalho, na Folha:
O Ministério Público pediu à Justiça o afastamento do conselheiro do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) Robson Marinho nesta quinta (22). A Promotoria alega que documentos obtidos por autoridades da Suíça comprovam que Marinho recebeu propina para ajudar a multinacional francesa Alstom em contratos com o governo de São Paulo e, por isso, ele não deve permanecer no cargo de conselheiro do TCE-SP.
O requerimento do
Ministério Público aponta que as autoridades suíças apuraram em 2013 o
saldo de US$ 3 milhões em conta da empresa estrangeira Higgins Finance,
cuja propriedade é atribuída ao conselheiro do TCE e à mulher dele. A
conta foi bloqueada em virtude das investigações. Vários documentos
indicam que Marinho recebeu propina de 1998 a 2005, de acordo com a
petição assinada pelos promotores Silvio Marques, José Carlos Blat,
Marcelo Daneluzzi e Saad Mazloum.
Segundo a
Promotoria, parte do suborno foi repassada pela Alstom a Marinho por
meio da empresa estrangeira MCA, cujo ex-dono, Romeu Pinto Júnior,
admitiu ter recebido valores da multinacional para pagar propinas. No
seu depoimento à Promotoria, porém, Pinto Júnior não revelou os nomes
dos beneficiários dos subornos. O pedido de afastamento de Marinho foi
protocolado na 13ª Vara da Fazenda Pública, que vai agora vai decidir
sobre o afastamento imediato do conselheiro.
(…)
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