sexta-feira, 23 de maio de 2014

O LULOPETISMO SURTOU!


Por Nilson Borges Filho (*)

A cada pesquisa tornada pública aumenta o descontrole dos petistas que dão expediente no Palácio Planalto. O último a perder as estribeiras foi o ministro da Justiça José Eduardo Cardoso, professor de direito penal da PUC São Paulo. Forçando a mão pode-se afirmar que o doutor seria um jurista, um homem das leis. 

Em resposta a uma crítica do senador Aécio Neves, sobre o descaso do governo federal na área de segurança pública, o doutor Cardoso afastou-se do exercício do cargo de ministro da Justiça para incorporar a figura do justiceiro do governo de plantão. O ministro, abusando das prerrogativas de autoridade pública, deixou claro que prefere o argumento da força em detrimento da força do argumento.
O senador Aécio Neves, como senador, pré-candidato à presidência da República e líder do principal partido da oposição, encontra-se no seu legítimo direito de fazer críticas ao adversário. 


O ministro Eduardo Cardoso, como representante do governo federal, tem todo o direito de responder as críticas da oposição, desde, é claro, que se comporte com a devida compostura que a liturgia do seu cargo exige.


Assinale-se que ao dizer que o governo federal está sendo omisso com a segurança dos seus cidadãos e que pouco se fez presente na liberação de verbas destinadas no orçamento para serem aplicadas na segurança pública, falou com consistência e pautado em números. Aécio fez suas críticas dentro de um espectro que envolve respeito político e elegância verbal. Em nenhum momento em que responsabilizou o governo federal pelo descaso com o direito de ir e vir da população em geral, o senador mineiro o fez de forma desrespeitosa ou deseducada.

Aliás, os adversários podem dizer o que quiser sobre Aécio Neves, mas jamais podem deixar de reconhecer a maneira sempre elegante com que o ex-governador trata seus adversários. 

Infelizmente para a democracia e para o bom trato que deve existir entre políticos de partidos diferentes – considerando aí o valor pedagógico do fazer política – o ministro José Eduardo Cardoso não só desrespeitou o líder da oposição com sua manifestação destemperada, como atingiu o povo mineiro.
Para quem convive e tem proximidade com o povo mineiro sabe bem da sua boa índole e da forma amigável com que recebe pessoas de fora do Estado. 
Desconheço outro povo tão receptivo como o mineiro, principalmente os mineiros que vivem no interior do Estado.

Pois o ministro petista José Eduardo Cardoso, de um cinismo só e metido a engraçadinho, insinuou que o senador Aécio Neves não exercia com apego a sua função de legislador no Senado Federal e - fazendo graça - desqualificou o senador como homem de Minas, ligando-o ao Rio de Janeiro.

Sem perder a compostura e de maneira educada, o senador Aécio Neves soltou uma nota oficial, muito bem escrita e convincente,  em resposta as ofensas do ministro Cardoso, salientando o óbvio: que não se pode brigar com os fatos. A rigor, ministro, nem sempre quem fala grosso é o detentor da verdade.


Em tempo: Embora o jornalista Reinaldo Azevedo tenha se manifestado em seu blog, com a mais absoluta propriedade sobre esse assunto, nunca é demais sair em defesa da boa educação.

(*) Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em direito e articulista colaborador deste blog.

4 comentários:

cereal disse...
Caro Aluzio Amorim,
Não entendi " Em nenhum momento em que responsabilizou o governo federal pelo descaso com o direito de ir e vir da população em geral, o senador mineiro o fez de forma desrespeitosa ou deseducada."
abraços
Sonia disse...
Mestre de esquerda, se tal não é descaso, a única conclusão lógica é a má fé. Na melhor das colocações na atual conjuntura, mais conveniente apostar no descaso, para não agravar o diálogo.O povo nunca esteve tão desprotegio e em meio a um índice de criminalidade em situação alarmante, como agora. Haja visto a cúpula toda do partido condenada na Papuda e alguém da comissão de ética do partido alegando que o ministo da mais alta Corte do país merece uma bala na cabeça. Mestre, convenhamos. Já deu.
Cléa Faraj disse...
Sonia, certos comentários que leio são tão bem colocados que fico procurando o botão de curtir!
Pois o seu é um desses! Onde é que eu curto?
Na mosca!
Anônimo disse...
Postura típica de quem está errado e não tem argumento e nem hombridade para assumir os erros e culpas atacando ou transferindo a culpa para terceiros.
O PT é o partido dos bandidos que assaltavam, sequestravam e matavam em 1964 com intenção de implantar o comunismo no Brasil. Por causa disto os militares assumiram o poder.
Eles deixam claro que não abandonaram as ideias de outrora e continuam aliados dos bandidos mantendo vivo os planos de implantar o comunismo no Brasil. Estaremos atentos... a Venezuela é o exemplo.

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