Por Nilson Borges Filho (*)
A
cada pesquisa tornada pública aumenta o descontrole dos petistas que dão
expediente no Palácio Planalto. O último a perder as estribeiras foi o
ministro da Justiça José Eduardo Cardoso, professor de direito penal da
PUC São Paulo. Forçando a mão pode-se afirmar que o doutor seria um
jurista, um homem das leis.
Em
resposta a uma crítica do senador Aécio Neves, sobre o descaso do
governo federal na área de segurança pública, o doutor Cardoso
afastou-se do exercício do cargo de ministro da Justiça para incorporar a
figura do justiceiro do governo de plantão. O ministro, abusando das
prerrogativas de autoridade pública, deixou claro que prefere o
argumento da força em detrimento da força do argumento.
O
senador Aécio Neves, como senador, pré-candidato à presidência da
República e líder do principal partido da oposição, encontra-se no seu
legítimo direito de fazer críticas ao adversário.
O ministro Eduardo Cardoso, como representante do governo federal, tem todo o direito de responder as críticas da oposição, desde, é claro, que se comporte com a devida compostura que a liturgia do seu cargo exige.
O ministro Eduardo Cardoso, como representante do governo federal, tem todo o direito de responder as críticas da oposição, desde, é claro, que se comporte com a devida compostura que a liturgia do seu cargo exige.
Assinale-se
que ao dizer que o governo federal está sendo omisso com a segurança
dos seus cidadãos e que pouco se fez presente na liberação de verbas
destinadas no orçamento para serem aplicadas na segurança pública, falou
com consistência e pautado em números. Aécio fez suas críticas dentro
de um espectro que envolve respeito político e elegância verbal. Em
nenhum momento em que responsabilizou o governo federal pelo descaso com
o direito de ir e vir da população em geral, o senador mineiro o fez de
forma desrespeitosa ou deseducada.
Aliás,
os adversários podem dizer o que quiser sobre Aécio Neves, mas jamais
podem deixar de reconhecer a maneira sempre elegante com que o
ex-governador trata seus adversários.
Infelizmente
para a democracia e para o bom trato que deve existir entre políticos
de partidos diferentes – considerando aí o valor pedagógico do fazer
política – o ministro José Eduardo Cardoso não só desrespeitou o líder
da oposição com sua manifestação destemperada, como atingiu o povo
mineiro.
Para
quem convive e tem proximidade com o povo mineiro sabe bem da sua boa
índole e da forma amigável com que recebe pessoas de fora do Estado.
Desconheço outro povo tão receptivo como o mineiro, principalmente os
mineiros que vivem no interior do Estado.
Pois
o ministro petista José Eduardo Cardoso, de um cinismo só e metido a
engraçadinho, insinuou que o senador Aécio Neves não exercia com apego a
sua função de legislador no Senado Federal e - fazendo graça -
desqualificou o senador como homem de Minas, ligando-o ao Rio de
Janeiro.
Sem
perder a compostura e de maneira educada, o senador Aécio Neves soltou
uma nota oficial, muito bem escrita e convincente, em resposta as
ofensas do ministro Cardoso, salientando o óbvio: que não se pode brigar
com os fatos. A rigor, ministro, nem sempre quem fala grosso é o detentor da verdade.
Em tempo: Embora o jornalista Reinaldo Azevedo tenha se manifestado em seu blog, com a mais absoluta propriedade sobre esse assunto, nunca é demais sair em defesa da boa educação.
(*) Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em direito e articulista colaborador deste blog.
4 comentários:
Não entendi " Em nenhum momento em que responsabilizou o governo federal pelo descaso com o direito de ir e vir da população em geral, o senador mineiro o fez de forma desrespeitosa ou deseducada."
abraços
Pois o seu é um desses! Onde é que eu curto?
Na mosca!
O PT é o partido dos bandidos que assaltavam, sequestravam e matavam em 1964 com intenção de implantar o comunismo no Brasil. Por causa disto os militares assumiram o poder.
Eles deixam claro que não abandonaram as ideias de outrora e continuam aliados dos bandidos mantendo vivo os planos de implantar o comunismo no Brasil. Estaremos atentos... a Venezuela é o exemplo.