Vejam estas fotos de dois políticos presos. Explicarei por que estão aí.
Não posso
fazer nada! Enquanto eles não pararem de cometer ilegalidades, eu não
paro de acusá-los. Eles fazem aquilo que NÃO deveria ser o trabalho
deles. E eu faço aquele que deve ser o meu trabalho.
Reportagem de
Ranier Bragon, na Folha de
hoje, relata a natureza da conversa que manteve a presidente Dilma
Rousseff, na noite de terça-feira, com dirigentes, parlamentares e
governadores do PMDB, durante jantar no Palácio do Jaburu, sede da
Vice-Presidência da República.
Sim, leitor, trata-se de um prédio
público, sustentado com o nosso dinheiro. Petistas e não petistas pagam
as contas do Jaburu. Eleitores e não eleitores de Dilma arcam com os
custos.
Dilma
deixou claro, por exemplo, para que serve a candidatura do peemedebista
Paulo Sakaf em São Paulo: “Temos duas candidaturas, uma que é a do
ex-ministro [Alexandre] Padilha [PT], e o Skaf. Acredito que é essa a
fórmula do segundo turno (…). Quero enfatizar esse fato, a gente não
pode ser ingênuo e não perceber o que significa uma derrota dos tucanos
em São Paulo, sendo bem clara”.
Convenham!
Ela estava sendo claríssima. E praticando ilegalidades também! Estava
usando dinheiro público — a estrutura do Jaburu — para convocar seus
aliados para uma guerra contra um governador da oposição.
Dilma
também fez afagos a peemedebistas. Elogiou, por exemplo, o governador do
Rio, Luiz Fernando Pezão: “Em poucos lugares do Brasil construímos uma
parceria tão fluida”. Pois é… Ocorre que o senador Lindbergh Farias, do
PT, elegeu a gestão peemedebista do Estado como seu principal alvo.
Tanto é assim que parte do PMDB vai fazer campanha para o tucano Aécio
Neves, no chamado voto “Aezão”.
Mas nada
fala tanto sobre o PT de hoje em dia como a declaração de apreço que
Dilma fez pelo senador Jader Barbalho (PMDB-PA): “Tenho um grande
respeito pelo Jader Barbalho. Acredito hoje que o Jader tem muita sorte,
tem um filho que pode continuar a caminhada dele”. Ela estava se
referindo à candidatura de Helder Barbalho ao governo do Pará.
Em 2002,
Jader chegou a ser preso pela Polícia Federal, junto com outras dez
pessoas, todas acusadas de envolvimento no escândalo da extinta Sudam
(Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia). No dia 4 de outubro
do ano anterior, tinha renunciado ao mandato de senador, não resistindo a
uma chuva de acusações, como desvio de recursos do Banpará e emissão
fraudulenta de Títulos da Dívida Agrária. Mas sabem como é… Dilma é dona
do seu respeito.
Maluf
Nesta quarta, a presidente participou de
um evento comemorando os dez anos do programa “Brasil Sorridente”. O ato
se deu lá em São Bernardo. O atual ministro da Saúde, Artur Chioro,
estava presente. Ocorre que o ex também estava: Alexandre Padilha,
pré-candidato do PT ao governo de São Paulo. Mais uma vez, o dinheiro
público financiava a festa e era posto a serviço de um candidato.
Indagado
sobre a sua aliança com Maluf, em São Paulo, e se tiraria uma foto ao
lado do deputado, Padilha afirmou: “Vai ter uma foto muito bonita com o
PP e quem deve estar triste são aqueles que queriam o PP junto”.
Além de
certos hábitos, Maluf tem em comum com Jader o fato de também ter sido
preso pela Polícia Federal em 2005. O PT é mesmo um portento: quando não
contribui para levar as pessoas da cadeia para o poder, seus homens
fortes acabam indo do poder para a cadeia. Desse jeito, o Planalto ainda
acaba não se diferenciando da Papuda.
Ah, sim: lá no alto, vocês veem Jader e Maluf, ambos presos pela Polícia Federal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário