sexta-feira, 30 de maio de 2014

É mentira' PT nega ter garantido isenção total de impostos para a FIFA


A legenda garante que isenção fiscal não passa de “mentira”
Publicado: 29 de maio de 2014 às 16:13
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Segundo o PT, os ingressos são um exemplo de que o Brasil está cobrando impostos da FIFA. 



O Partido dos Trabalhadores (PT) respondeu nesta quinta-feira (29) às acusações de que o governo concedeu isenção total de impostos a FIFA durante a Copa do Mundo de 2014. Segundo o partido, trata-se de uma “mentira” difundida pelos comentaristas esportivos – um ataque direto a Jorge Kajuru, que tem batido com frequência neste assunto. “Ele alega que o País decidiu isentar a Fifa de impostos, ao contrário da África do Sul, Alemanha, Japão e outros países. Tudo mentira”, afirmou, em nota, a legenda. “O fato é que cada bilhete vendido recolhe impostos, pois o Centro de Ingressos, o Comitê Organizador Local e prestadores de serviços da Fifa são tributados nos termos da legislação nacional”, justificou.


O PT garante que, no final do mundial, o Brasil terá recebido US$ 7,2 bilhões (R$ 16 bilhões). Segundo o partido, as contas são da Ernst & Young e da Fundação Getulio Vargas. “[É] uma soma muito superior ao investimento público nos estádios”, afirma. A legenda também nega a informação divulgada na mídia de que as obras custaram três vezes mais do que o previsto. “O Castelão, em Fortaleza, saiu 17% mais barato. A Arena Corinthians já previa custo de R$ 820 milhões no primeiro orçamento, em 2011. Outras cinco arenas tiveram ajustes baixos: Arena Pernambuco (1%), Arena da Dunas (14%), Arena Fonte Nova (17%); Arena Pantanal e Arena da Amazônia (24%)”, explicou.

A única informação sobre gastos que a legenda admite como verdadeira é a do estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS), que dobrou o orçamento inicial. “Mineirão, Maracanã, Arena da Baixada e Mané Garrincha tiveram seus orçamentos elevados entre 63% e 88%, por causa de mudanças nos projetos de engenharia. O único orçamento que dobrou foi o do Beira-Rio, em Porto Alegre (RS), em razão de alterações profundas na planta inicial”, escreveu.

A Fifa ganhou isenção fiscal na importação de bens, como uniformes, carros e ônibus. Mas o PT garante que isso não representa risco de mercado. “A indústria nacional continua segura neste ponto, essas pequenas importações não representam exportação de empregos. Apenas facilitam a contabilidade dos jogos, pois os patrocinadores dão bens e não recursos”, diz a nota.

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