É
natural que eleitores, leigos, desinformados e lobistas de candidaturas
se impressionem ou finjam se impressionar com pesquisas quantitativas
que vêm sendo realizadas em Brasília. Esse comportamento, porém, é
injustificável entre os que conhecem nossos sistema e processos
eleitorais e a história das eleições em Brasília e no Brasil. Entre
esses, especialmente, cientistas políticos e jornalistas especializados
em política.
Recentemente
o colunista de um grande jornal brasileiro escreveu que determinado
candidato é imbatível para o Senado. Independentemente das informações
que tenha o colunista (e não são as melhores, pois o referido candidato
sempre aparece nas quantitativas com índices irrisórios), a categoria
“imbatível” não existe em eleição, ainda mais cinco meses antes do
pleito. O jornalismo exige mais rigor.
Agora
há jornalistas e pretensos especialistas que tiram conclusões sobre
quem irá ao segundo turno das eleições em Brasília com base em pesquisas
quantitativas que estão sendo divulgadas em Brasília. Mesmo que todas
essas pesquisas fossem corretas (e não são), as conclusões a partir das
intenções de voto manifestadas agora não têm o menor sentido. Ainda
mais, mas não apenas por isso, levando-se em consideração o alto índice
de indecisos.
Como Arruda e Agnelo
lideram na maioria dessas pesquisas, embora não em todos os cenários e
em alguns na margem de erro, alguns dizem que isso indica que os dois é
que estarão no segundo turno. É uma enorme bobagem, que o histórico das
eleições desmente categoricamente, inclusive com exemplos recentes.
O que pode indicar tendências, hoje, são as pesquisas qualitativas. Tendências, não resultados. Os estrategistas de Arruda e de Agnelo
têm as suas e por isso sabem, e até dizem para algumas pessoas,
reservadamente, que ambos disputam uma vaga no segundo turno. Para
enfrentar Rodrigo Rollemberg.
Fonte: Blog do Hélio Doyle.
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