O Ibope está acabando o "campo" da pesquisa que, segundo antecipam as
fontes de sempre, deve mostrar que Dilma parou de cair e até cresceu um
ou dois pontinhos na disputa pela presidência da República. O
suficiente para não dar certeza de segundo turno. Com um aumento dos
brancos, nulos e indecisos. Talvez até mesmo com Aécio Neves crescendo
também um pontinho, para não dar na vista. A pesquisa é feita logo após a
veiculação do programa do PT na TV e das veiculações de comerciais,
além de uma bem estudada agenda de Dilma pelo Brasil à fora.
O custo da pesquisa
registrada no TSE é de R$ 180.000,00. O cliente não é um jornal, uma
entidade de classe, uma emissora de TV. É o próprio Ibope. Os resultados
devem sair a tempo de figurarem nas edições de sábado e domingo dos
principais jornais. Mas a pesquisa está cercada de suspeitas.
O Ibope tem contratos milionários com o Governo Federal. Dizem que
totalizam R$ 4,6 milhões. Daria para fazer 25 pesquisas como esta, em
andamento. Um destes contratos (veja acima), firmado em 2013, é de R$
2.070.000. O último pagamento registrado foi feito em 17 de fevereiro
último. O objetivo do contrato é amplo e, obviamente, deve estar
incluindo pesquisas de preferência partidária ou eleitoral. Não há como
fiscalizar.
Veja abaixo.
Junto com os boatos antecipando resultados, corre outra grave denúncia: o
Ibope, ao montar a amostra de cidades, teria incluído cidades onde
Dilma esteve em eventos nos últimos dias. Cidades como Uberaba, Ipatinga, Governador Valadares, Juazeiro do Norte,
Cabedelo, Parnaíba e Guarulhos. Além de cidades e até mesmo bairros com obras do Minha Casa, Minha Vida.
A legislação permite que a amostra com cidades e bairros seja publicada
em até sete dias após o registro da pesquisa. No caso desta pesquisa do
Ibope, até o dia 24 de maio, próximo sábado. Como é final de semana,
possivelmente só estará no site do TSE na próxima segunda-feira.
O Ibope passou os últimos dois anos fazendo pesquisa para Dilma
Rousseff. Tem a radiografia dos melhores e piores lugares em termos de
apoio ou não ao atual governo. Não tem isenção para fazer uma pesquisa
séria e, como em outras eleições, este instituto vai ajustar os seus
resultados só lá na frente, na boca de urna. Vai sempre puxar para o seu
cliente, neste caso o Governo Federal.
Existe até mesmo uma piada no
mercado político brasileiro: você compra uma pesquisa Ibope e ganha de
brinde a margem de erro.
Mas este é o Brasil de hoje, onde o STF solta
um bandido de R$ 6,5 bilhões e a PF prende um governador porque tem uma
pistola velha guardada em casa.
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