quarta-feira, 21 de maio de 2014

Pacote de regalias para servidores públicos em ano eleitoral



porcos
O PT compra tudo e todos. Ou ao menos tenta. É o que vem à mente quando lemos que a Câmara aprovou um pacote de bondades para servidores públicos em pleno ano eleitoral. 

Diz o jornal:

A Câmara aprovou na noite desta terça-feira, um pacote de bondades para servidores públicos que implicarão em aumento nos gastos públicos e impacto nas contas de mais de R$ 900 milhões ao ano, segundo cálculos feitos pelo PSDB. As bondades foram incluídas em ano eleitoral pelos deputados na Medida Provisória 632/2013, que trata de revisão remuneratória de diferentes categorias do serviço público e já implicará em impacto nas contas públicas de cerca de R$ 576 milhões este ano. A MP ainda terá que ser votada no Senado, antes de seguir à sanção presidencial.

Entre as medidas incluídas pelos deputados está a emenda, de autoria do líder do PT, Vicentinho (SP), que estabelece que a União terá que arcar com os salários de servidores públicos que forem eleitos para mandatos em confederações, federações, sindicatos e associações cooperativas das diferentes categorias. Hoje, a lei concede licença para exercer esse tipo de mandato, mas quem paga o salário dos dirigentes são os sindicatos e as entidades.

A emenda também amplia o número de servidores que poderá pedir licença para concorrer e representar as categorias nas entidades de classe. Hoje, a lei libera um servidor para entidades com até 5 mil associados, dois para as que têm até 30 mil e três, para acima de 30 mil. A emenda aprovada libera respectivamente dois para até 5 mil associados, quatro servidores para até 30 mil, e oito para as entidades que têm mais de 30 mil associados. O texto diz que a licença remunerada só será concedida se a entidade estiver cadastrada no órgão competente.

Quem vai ter coragem de ir contra? Apenas o deputado Mendes Thame, do PSDB, ousou criticar a medida: “Não tem cabimento a União ter que arcar com o pagamento dos salários dos que irão defender os interesses dos servidores, mas lutando contra os interesses da União. Hoje a lei é equilibrada, permite a licença, sem depender de aval do chefe, mas quem paga o salário é o sindicato. Isso aumentará os gastos do governo”.

Em política, os benefícios costumam ser concentrados e os custos, dispersos. Para agradar os servidores públicos e os sindicatos, joga-se a fatura em cima dos ombros da classe média trabalhadora, como se esta já não tivesse que labutar até maio só para pagar impostos. É um abuso de poder, distribuindo mais riqueza da iniciativa privada para o setor público, e garantindo mais regalias para os sindicatos.

Não podemos jogar toda a classe de servidores públicos no mesmo saco podre, claro, pois tal generalização seria muito injusta. Mas é inegável que há um grupo de marajás enorme encastelado no poder, mamando nas tetas estatais. São parasitas demais para hospedeiros cada vez mais cansados do pesado fardo que carregam, sem contrapartida alguma nos serviços prestados. Até quando o povo brasileiro vai aguentar essa situação?

Rodrigo Constantino

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