O PT compra tudo e todos. Ou ao menos
tenta. É o que vem à mente quando lemos que a Câmara aprovou um pacote
de bondades para servidores públicos em pleno ano eleitoral.
Diz o jornal:
A
Câmara aprovou na noite desta terça-feira, um pacote de bondades para
servidores públicos que implicarão em aumento nos gastos públicos e
impacto nas contas de mais de R$ 900 milhões ao ano, segundo cálculos
feitos pelo PSDB. As bondades foram incluídas em ano eleitoral
pelos deputados na Medida Provisória 632/2013, que trata de revisão
remuneratória de diferentes categorias do serviço público e já implicará
em impacto nas contas públicas de cerca de R$ 576 milhões este ano. A
MP ainda terá que ser votada no Senado, antes de seguir à sanção
presidencial.
Entre
as medidas incluídas pelos deputados está a emenda, de autoria do líder
do PT, Vicentinho (SP), que estabelece que a União terá que arcar com
os salários de servidores públicos que forem eleitos para mandatos em
confederações, federações, sindicatos e associações cooperativas das
diferentes categorias. Hoje, a lei concede licença para exercer
esse tipo de mandato, mas quem paga o salário dos dirigentes são os
sindicatos e as entidades.
A emenda
também amplia o número de servidores que poderá pedir licença para
concorrer e representar as categorias nas entidades de classe. Hoje, a
lei libera um servidor para entidades com até 5 mil associados, dois
para as que têm até 30 mil e três, para acima de 30 mil. A emenda
aprovada libera respectivamente dois para até 5 mil associados, quatro
servidores para até 30 mil, e oito para as entidades que têm mais de 30
mil associados. O texto diz que a licença remunerada só será concedida
se a entidade estiver cadastrada no órgão competente.
Quem vai ter coragem de ir contra? Apenas
o deputado Mendes Thame, do PSDB, ousou criticar a medida: “Não tem
cabimento a União ter que arcar com o pagamento dos salários dos que
irão defender os interesses dos servidores, mas lutando contra os
interesses da União. Hoje a lei é equilibrada, permite a licença, sem
depender de aval do chefe, mas quem paga o salário é o sindicato. Isso
aumentará os gastos do governo”.
Em política, os benefícios costumam ser
concentrados e os custos, dispersos. Para agradar os servidores públicos
e os sindicatos, joga-se a fatura em cima dos ombros da classe média
trabalhadora, como se esta já não tivesse que labutar até maio só para
pagar impostos. É um abuso de poder, distribuindo mais riqueza da
iniciativa privada para o setor público, e garantindo mais regalias para
os sindicatos.
Não podemos jogar toda a classe de
servidores públicos no mesmo saco podre, claro, pois tal generalização
seria muito injusta. Mas é inegável que há um grupo de marajás enorme
encastelado no poder, mamando nas tetas estatais. São parasitas demais
para hospedeiros cada vez mais cansados do pesado fardo que carregam,
sem contrapartida alguma nos serviços prestados. Até quando o povo
brasileiro vai aguentar essa situação?
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