quarta-feira, 21 de maio de 2014

Prefeitura de SP diz que greve inesperada é sabotagem



Prefeito e secretário de Transportes criticaram paralisação após acordo.


Sindicato aceitou proposta de reajuste de 10% em assembleia na segunda.

 



Do G1 São Paulo



O prefeito Fernando Haddad (PT) e o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, usaram a expressão "sabotagem" para definir a paralisação de motoristas nesta terça-feira (20) em São Paulo. Em entrevista ao SPTV, Tatto disse que o movimento praticou "vandalismo".

(O G1 acompanha a situação do trânsito em São Paulo em tempo real, com fotos e vídeos.)

O prefeito Fernando Haddad (PT) também usou o termo em entrevista à TV Bandeirantes. "Esse tipo de sabotagem é difícil de resolver, porque botar um ônibus na transversal e jogar a chave fora não é simples de resolver", afirmou.

Ainda que possa ter havido uma divergência, eu acho que a maneira correta de proceder não é levando para as ruas algo desconhecido. Há uma Delegacia Regional do Trabalho, há uma Justiça do Trabalho que poderiam ser acionadas se houvesse legitimidade no pleito dessas pessoas"
Fernando Haddad,prefeito de São Paulo
O prefeito fez a afirmação ao citar que a administração toma providências desde o começo da manhã. "Estamos mobilizando os recursos necessários, tentando conversar com essas pessoas", disse.

Para Tatto, a greve é irregular. "Um ato que a nosso ver se caracterizou como um ato de sabotagem, de vandalismo. O Estado não pode ficar refém de um pequeno grupo de pessoas que é vinculado a sindicato ou não. A cidade de São Paulo não pode permitir esse tipo de comportamento", disse o secretário.


Greve inesperada
 
No começo da noite, em entrevista na sede da Prefeitura, o prefeito disse que a greve revela "comportamento inesperado e inadmissível." O prefeito afirmou ter acionado o Ministério Público e a polícia para apurar as origens do movimento. "Não temos sequer conhecimento do que levou essa parcela da categoria a agir dessa maneira", afirmou.


"Ainda que possa ter havido uma divergência, eu acho que a maneira correta de proceder não é levando para as ruas algo desconhecido. Há uma Delegacia Regional do Trabalho, há uma Justiça do Trabalho que poderiam ser acionadas se houvesse legitimidade no pleito dessas pessoas", disse.

Segundo Haddad, o secretário de Transportes levou a situação a conhecimento do Ministério Público. "Vamos mobilizar todas as forças disponíveis para evitar que isso volte a acontecer", disse Haddad.


Secretário prepara dossiê

 
O secretário afirma que prepara um dossiê para apresentar aos promotores. "Estamos fazendo levantamento de tudo o que aconteceu, pessoas que jogaram a chave do ônibus fora, pessoas que furaram pneus, tudo isso estamos levantando. Vamos fazer esse dossiê, mandar para o Ministério Público e possivelmente instaurar inquérito civil sobre isso que está acontecendo na cidade de São Paulo", disse Tatto.

"A segunda questão que estamos verificando é se esse tipo de ação tem envolvimento de parte do sindicato. Aí poderemos tomar medidas em relação a isso do ponto de vista penal", afirmou Tatto.


"Estamos estudando acionar a Polícia Federal, a Polícia Civil do Estado no sentido de abrir um processo de investigação porque o comportamento foi anormal. A maneira que foi feito foi muito anormal", disse Tatto.

O secretário pediu que a PM ajude os guinchos da CET para que possam retirar ônibus que estão travando as vias. "As próprias empresas estão acionando as cópias de chaves de contato porque alguns veículos estão parados nem mais por ação dos grevistas, que já foram embora, mas esperando a segunda cópia", afirmou.

 


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