Por
Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
A insatisfação do eleitorado com a classe política – classificada de corrupta, ineficiente e perdulária – pode refletir na repulsa à votação na eleição de 2014. Pesquisas de opinião encomendadas por partidos, para consumo interno e definição de estratégias, que não são divulgadas, indicam essa tendência de revolta do eleitor. As abstenções podem atingir percentuais superiores a 20%. Votos nulos podem variar de 3% até 10%. Votos em branco podem chegar a índices de 3 a 5%.
O “bacanal” ou “suruba” – termos chulos com os quais têm sido definidos, pelos próprios políticos, os acordos eleitorais para este ano – tendem a agravar a insatisfação do eleitorado que tem uma preocupação primordial: a conjuntura econômica. Os eleitores tendem a refletir nas urnas os efeitos da crise que já atinge a maioria das pessoas. Seja por queda no poder de compra por causa do aumento do custo de vida, dificuldade em quitar débitos com os juros altos e a renda familiar cada vez mais comprometida com a carestia, além da carga tributária sem a correta contrapartida social.
Dilma não será reeleita por causa desses problemas percebidos e sentidos no bolso pela maioria do eleitorado. O PT se complica ainda mais com a desastrada política de alianças – com traições que só tendem a aumentar. A desconfiança é generalizada – inclusive se quiserem dar ao adjetivo seu sentido literal, lá para os lados dos quartéis.
A previsão mais realista é de um 2015 com dificuldades econômicas crescentes que podem redundar em crise – inclusive institucional. Tudo vai depender da maneira (pacífica ou violenta) como o PT deixará o poder quando for derrotado por imposição da Oligarquia Financeira Transnacional que deixou de contemplar conforme combinado na eleição de 2010.
Lixos
Veja neste site os 6 mil políticos e
administradores públicos impedidos de se candidatarem e sendo processados pelo
Justiça.
http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-2014/contas-irregulares-tcu
Fragilidade reconhecida
Do cientista político e professor Fernando Lattman-Weltman, da Fundação Getúlio Vargas, sobre o instável quadro eleitoral de 2014, em entrevista ao jornal O Globo:
“O favoritismo da presidente Dilma é frágil. No Rio, depois da reeleição de Sérgio Cabral em 2010, há uma grande incerteza, porque o candidato do governo (Luiz Fernando Pezão) não está bem e a intenção de voto branco e nulo nas pesquisas é muito alta. Isso gera o que a gente chama de barata-voa: todo mundo começa a rever os cálculos e tudo muda ao mesmo tempo”.
Fernando Lattman-Weltman acrescentou que, em eleição, vale mesmo é o pragmatismo do eleitor:
“Não se faz política nas nuvens. No chão, é possível manter alguns compromissos, outros não. Muitas vezes, o vínculo do eleitor com um político não passa por ideia ou partido, mas pela crença no que ele diz, mesmo que, em alguns momentos, não se saiba que compromissos ele realmente cumpre. É muito bonito o compromisso, mas, para fazer alguma coisa na política, é preciso ter poder. A realidade é muito mais complicada do que a ideologia. A maioria dos eleitores não cobra coerência ideológica e faz muito bem. Está ocupada ganhando a vida. O que o cidadão quer é resultado, não conversa fiada”.
Releia o artigo deste Alerta Total, de 26 de janeiro de 2014: O Fantasma da fraude eleitoral
Releia também, de 25 de maio de 2014: Quem já perdeu a eleição de 2014?
Derrota energética
A União Federal será fatalmente denunciada pelo Ministério Público Federal na investigação, já em andamento, por suposto abuso de direito de voto e conflito de interesses, nas assembleias de acionistas de “empresas estatais” – principalmente Eletrobras e Petrobras.
Por lei, o acionista (majoritário ou não) deve exercer o voto no interesse da companhia.
O MPF já tem elementos comprobatórios de que a União, como acionista majoritária, tem agido no sentido contrário, lesando as estatais de economia mista e seus acionistas minoritários.
Derrota eletrizante
A Comissão de Valores Mobiliários rejeitou a proposta absurda de termo de compromisso apresentada pela União em processo administrativo sancionador que envolve a sua controlada, a Eletrobras.
O governo propôs fazer um evento, tendo o ministro da Fazenda, Guido Mantega como estrela, para compensar a irregularidade cometida na Assembleia Geral da Eletrobras, no final do ano passado.
O presidente da CVM, Leonardo P. Gomes Pereira, afirmou que, em razão das atuais dúvidas e debates relacionados ao processo, entende que há necessidade de se aprofundar as discussões sobre o assunto – que é alvo de investigação, também, do Ministério Público Federal.
A manobra
A União foi acusada de descumprir o artigo 115, parágrafo 1 da Lei das S.A.
A norma deixa claro que o acionista não poderá votar nas deliberações da assembleia-geral relativas ao laudo de avaliação de bens com que concorrer para a formação do capital social e à aprovação de suas contas como administrador, nem em quaisquer outras que puderem beneficiá-lo de modo particular, ou em que tiver interesse conflitante com o da companhia.
O descumprimento da lei teria ocorrido na assembleia geral extraordinária que aprovou a renovação antecipada das concessões proposta na MP 579, em 2012.
A empresa recebeu uma indenização inferior à prevista e até renunciou ao direito de contestar a perda bilionária em juízo, o que beneficiou a controladora, a União Federal.
Tempo de pressão
Comentário de um membro da cúpula do Judiciário que acompanha, com uma lupa, as trapalhadas e ações fora-da-lei do governo no mercado de capitais, sobre a recente decisão da CVM no caso Eletrobras:
“O tempo é favorável, as pressões aumentam e realizar um acerto às vésperas das eleições seria péssimo.Bom sinal de que as pressões repercutem e colocam a risco o pescoço dos fiscalizadores do mercado”.
Ou seja, o negócio é seguir o lema do Almirante Barroso, na Guerra do Paraguai: mantenha o fogo que a vitória é nossa...
Onerando a Petrobras
O mercado ficou PT da vida com a decisão do governo federal de contratar diretamente a Petrobras para explorar o óleo excedente em quatro áreas da chamada cessão onerosa, no pré-sal.
O governo alega que a operação deve garantir à estatal reservas adicionais entre 10 e 15 bilhões de barris.
O problema que forçará a Petrobras a fazer um desembolso de R$ 15 bilhões em bônus e antecipações – o que pode mexer com os resultados para os acionistas...
Estrelinha na CPMI
O ex-diretor da Petrobras e atual secretário do Planejamento do Estado da Bahia, José Sérgio Gabrielli, será a estrela desta quarta-feira na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga irregularidades na empresa estatal de economia mista.
O depoimento de Gabrielli está marcado para começar às 13h, no Senado.
Embora a previsão seja de mais uma chuva no molhado, Gabrielli falando acaba sempre expondo a incompetência do governo no setor energético...
Liberando Geral
Fragilidade reconhecida
Do cientista político e professor Fernando Lattman-Weltman, da Fundação Getúlio Vargas, sobre o instável quadro eleitoral de 2014, em entrevista ao jornal O Globo:
“O favoritismo da presidente Dilma é frágil. No Rio, depois da reeleição de Sérgio Cabral em 2010, há uma grande incerteza, porque o candidato do governo (Luiz Fernando Pezão) não está bem e a intenção de voto branco e nulo nas pesquisas é muito alta. Isso gera o que a gente chama de barata-voa: todo mundo começa a rever os cálculos e tudo muda ao mesmo tempo”.
Fernando Lattman-Weltman acrescentou que, em eleição, vale mesmo é o pragmatismo do eleitor:
“Não se faz política nas nuvens. No chão, é possível manter alguns compromissos, outros não. Muitas vezes, o vínculo do eleitor com um político não passa por ideia ou partido, mas pela crença no que ele diz, mesmo que, em alguns momentos, não se saiba que compromissos ele realmente cumpre. É muito bonito o compromisso, mas, para fazer alguma coisa na política, é preciso ter poder. A realidade é muito mais complicada do que a ideologia. A maioria dos eleitores não cobra coerência ideológica e faz muito bem. Está ocupada ganhando a vida. O que o cidadão quer é resultado, não conversa fiada”.
Releia o artigo deste Alerta Total, de 26 de janeiro de 2014: O Fantasma da fraude eleitoral
Releia também, de 25 de maio de 2014: Quem já perdeu a eleição de 2014?
Derrota energética
A União Federal será fatalmente denunciada pelo Ministério Público Federal na investigação, já em andamento, por suposto abuso de direito de voto e conflito de interesses, nas assembleias de acionistas de “empresas estatais” – principalmente Eletrobras e Petrobras.
Por lei, o acionista (majoritário ou não) deve exercer o voto no interesse da companhia.
O MPF já tem elementos comprobatórios de que a União, como acionista majoritária, tem agido no sentido contrário, lesando as estatais de economia mista e seus acionistas minoritários.
Derrota eletrizante
A Comissão de Valores Mobiliários rejeitou a proposta absurda de termo de compromisso apresentada pela União em processo administrativo sancionador que envolve a sua controlada, a Eletrobras.
O governo propôs fazer um evento, tendo o ministro da Fazenda, Guido Mantega como estrela, para compensar a irregularidade cometida na Assembleia Geral da Eletrobras, no final do ano passado.
O presidente da CVM, Leonardo P. Gomes Pereira, afirmou que, em razão das atuais dúvidas e debates relacionados ao processo, entende que há necessidade de se aprofundar as discussões sobre o assunto – que é alvo de investigação, também, do Ministério Público Federal.
A manobra
A União foi acusada de descumprir o artigo 115, parágrafo 1 da Lei das S.A.
A norma deixa claro que o acionista não poderá votar nas deliberações da assembleia-geral relativas ao laudo de avaliação de bens com que concorrer para a formação do capital social e à aprovação de suas contas como administrador, nem em quaisquer outras que puderem beneficiá-lo de modo particular, ou em que tiver interesse conflitante com o da companhia.
O descumprimento da lei teria ocorrido na assembleia geral extraordinária que aprovou a renovação antecipada das concessões proposta na MP 579, em 2012.
A empresa recebeu uma indenização inferior à prevista e até renunciou ao direito de contestar a perda bilionária em juízo, o que beneficiou a controladora, a União Federal.
Tempo de pressão
Comentário de um membro da cúpula do Judiciário que acompanha, com uma lupa, as trapalhadas e ações fora-da-lei do governo no mercado de capitais, sobre a recente decisão da CVM no caso Eletrobras:
“O tempo é favorável, as pressões aumentam e realizar um acerto às vésperas das eleições seria péssimo.Bom sinal de que as pressões repercutem e colocam a risco o pescoço dos fiscalizadores do mercado”.
Ou seja, o negócio é seguir o lema do Almirante Barroso, na Guerra do Paraguai: mantenha o fogo que a vitória é nossa...
Onerando a Petrobras
O mercado ficou PT da vida com a decisão do governo federal de contratar diretamente a Petrobras para explorar o óleo excedente em quatro áreas da chamada cessão onerosa, no pré-sal.
O governo alega que a operação deve garantir à estatal reservas adicionais entre 10 e 15 bilhões de barris.
O problema que forçará a Petrobras a fazer um desembolso de R$ 15 bilhões em bônus e antecipações – o que pode mexer com os resultados para os acionistas...
Estrelinha na CPMI
O ex-diretor da Petrobras e atual secretário do Planejamento do Estado da Bahia, José Sérgio Gabrielli, será a estrela desta quarta-feira na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga irregularidades na empresa estatal de economia mista.
O depoimento de Gabrielli está marcado para começar às 13h, no Senado.
Embora a previsão seja de mais uma chuva no molhado, Gabrielli falando acaba sempre expondo a incompetência do governo no setor energético...
Liberando Geral
Luiz Roberto Barroso deve dar a carta de alforria aos mensaleiros mantidos presos, sem direito ao trabalho no regime semiaberto, pela vontade do Joaquim Barbosa...
Emprego garantido
A volta de quem nunca foi?
Toda Mordida será castigada?
A Copa do Jegue está virando a Copa do Cachorro Raivoso?
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 25 de Junho de 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário