segunda-feira, 16 de junho de 2014

Torcedores reclamam do sinal de telefonia nos arredores do estádio

 Correio testou as operadoras e, diferente do ano passado, elas funcionaram, porém, de forma lenta e congestionada, o que desagradou o consumidor



15/06/2014 18:41

Diferente do que ocorreu na Copa das Confederações no ano passado, conseguir se comunicar durante a partida entre Suíça e Equador estava mais fácil. 
 
 
 Embora as conexões de internet exigissem paciência do torcedor durante boa parte do jogo, na Copa do Mundo, o caladão do Mané Garrincha teve proporções menores. 
 
 
 
Os torcedores conseguiram fazer ligações e, ainda que de forma lenta, acessar a internet, tanto a rede Wifi fornecida pelas operadoras quanto a 3G.

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Durante o jogo e logo depois da partida, o Correio testou tanto a rede de dados quanto as ligações. 
 
 
Embora o resultado seja melhor do que ano passado, o consumidor esperava mais, uma vez que o Mané foi considerado pelo Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviços Móvel e Pessoal (Sinditelebrasil), a segunda melhor arena em infraestrutura de telefonia, perdendo apenas para a Fonte Nova, em Salvador. 
 
 
O estádio de Brasília recebeu 401 antenas de telefonia e 213 de wi-fi, além de 17 km de fibra óptica e 10 antenas externas.

 
 
Nas quatro operadoras acompanhadas pelo Correio (Vivo, Oi, Tim e Claro ), quem optava por ligar ou receber chamadas tinha mais sucesso do que aqueles que usaram a rede de dados. 
 
 
O congestionamento da rede estava menor. Mesmo assim, teve gente que não conseguiu fazer nenhuma chamada. 
 
 
Foi o que ocorreu com o casal Rudy Mendes, 32 anos, e Marina Mesquita, 32. “Somos clientes da Vivo e não conseguimos fazer nenhuma ligação”, reclamou Rudy. O policial Jordão Jordão também não foi feliz: "Não consegui usar nem o 4G, nem o 3G. Nem o meio gê".

As redes wi-fi fornecidas pelas operadoras deram um respiro para o cliente que queria compartilhar na internet os momentos do jogo. 
 
Porém, o volume de dados foi tão alto, que mesmo essa opção ficou lenta. Afinal, eram 68.351 pessoas que lotavam o estádio. Por isso, os consumidores tiveram que contar com a sorte e ter paciência com a conexão oscilante e demorada. 
 
 
O wi-fi da Tim, por exemplo, era complicado de ser acessado pelos clientes e a rede estava instável. O 3G acabou sendo uma solução melhor. “Estou acessando o Facebook pelo 3G, está devagar, mas está indo”, comentou a comerciante Simone Nantes, 41 anos, cliente Tim.

Clientes Vivo tiveram mais sorte com o wi-fi fornecido pela operadora. “O meu 3G não funcionou. No wi-fi consegui postar uma foto na rede social e depois desisti”, conta o analista de sistemas, Rudy. 
 
 
A coordenadora de marketing Renata Sturmer, 24 anos, também é consumidora Vivo e disse que, até estranhou a rede 3G funcionar no estádio. 
 
 
“Sou de Porto Alegre e quando vou assistir aos jogos do Grêmio, nunca funciona. Até tinha avisado a minha família que só ia comunicar depois dos jogos, mas consegui falar pelo whatsapp na hora da partida. Só não tentei postar foto e nada mais pesado”, disse.

O Mané Garrincha é uma das seis arenas que receberam reforço de infraestrutura na telefonia para a Copa do Mundo. Segundo balanço do Sinditelebrasil, somados os seis estádios, foram investidos R$ 226 milhões em equipamentos para a melhoria do serviço.

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