Na
Bahia, Estado onde a presidente Dilma Rousseff obteve sua maior vantagem
de votos em 2010 (2,8 milhões), caberá a um neófito em disputas
majoritárias tentar manter o domínio do PT no maior colégio eleitoral do
Nordeste com 10,1 milhões de eleitores diante de uma oposição
reforçada.
Escolhido pelo governador Jaques Wagner (PT), o précandidato petista, Rui Costa, tem o desafio de se fazer conhecido e ainda patina nas pesquisas eleitorais, lideradas com folga por Souto.
O PSB terá como candidata a exprefeita de Salvador Lídice da Mata (PSB). Influenciada
pela direção nacional de seu partido, a senadora deixou a base do
governo baiano, apesar de ser aliada histórica do PT no Estado, para
garantir palanque na Bahia ao presidenciável do partido Eduardo Campos.
'União das oposições'. O bloco de apoio ao précandidato do DEM terá o reforço
do PMDB. Rompido com o governo Wagner desde 2008, o partido
lançou candidatura própria em 2010, com o exministro da Integração
Nacional Geddel Vieira Lima.
O líder local da legenda, porém, abriu mão
de disputar o cargo novamente em prol da chamada "união das oposições".
Geddel
será o candidato ao Senado pela coligação, que dará palanque no
Estado ao presidenciável tucano Aécio Neves. O PSDB vai ocupar a vice na
chapa com Joaci Góes.
A aliança ainda conta com o Solidariedade, PV,
PPS, PRP, PSDC, PT do B, PPL, PTC, PMN, PEN e PHS. ACM Neto segue
negociando, pessoalmente, os apoios de PRB e PSC à candidatura de Souto.
"Existe um desejo de mudança na população e as condições desta campanha
são melhores que as que tive, em 2010", disse o prefeito de Salvador
A
principal diferença, de acordo com ele, está na divisão do tempo da
propaganda eleitoral em rádio e TV. Na eleição de 2010, ACM Neto contava
com cinco minutos para as inserções, enquanto seu principal adversário,
o deputado Nelson Pellegrino (PT), tinha aproximadamente 14 minutos.
As
projeções indicam que, este ano, Souto terá em torno de seis minutos e
Rui Costa, dez minutos.
O PSB
tenta articular apoios no Estado a vaga de vice segue aberta , mas
tende a ser um voo solo. A candidata ao Senado pelo partido é a
excorregedora nacional de Justiça Eliana Calmon.
A Bahia
garantiu a Dilma uma vantagem de cerca de 2,8 milhões de votos sobre
o tucano José Serra em 2010, a maior entre todos os Estados. Mas
causou desconforto em parte do PT e em partidos aliados no Estado a
escolha de Jaques Wagner.
O governador, que completa seu segundo
mandato, fez valer sua ascendência local sobre a legenda para impor o
nome de Rui Costa, seu ex-secretário da Casa Civil.
Também disputavam a indicação o expresidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli,
o preferido do expresidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o senador
Walter Pinheiro. O Solidariedade deixou a coligação após a definição
pelo nome de Rui Costa.
Escudeiro
de Wagner desde os tempos em que o governador liderava o Sindicato dos
Trabalhadores da Indústria Petroquímica da Bahia (Sindipetro), na década
de 1980, Rui Costa, de 51 anos, goza de sua total confiança.
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