segunda-feira, 16 de junho de 2014

Pesquisa ajudará a identificar torres de energia com as bases danificadas


  Isso deve representar economia às companhias e melhor prevenção da interrupção do abastecimento

 
 15/06/2014 20:58 Belo Horizonte — Correio Braziliense

Desenvolver uma metodologia capaz de diagnosticar, com maior eficiência, o nível de corrosão nos pés das torres de transmissão de energia foi o objetivo da pesquisadora Rosa Maria Rabelo Junqueira, do Centro de Inovação e Tecnologia Senai/Fiemg (CITSF) câmpus Cetec, em Belo Horizonte. 

A pesquisa, concluída e apresentada no fim de maio, foi feita para a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e fornecerá uma espécie de diagnóstico das torres instaladas no estado. 


Contudo, a forma de análise pode ser aplicada por outros distribuidores de energia país afora. Depois de aprovado, o projeto contou com recursos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).



Como os pés dessas torres ficam enterrados, não é possível enxergar se há corrosão, daí a necessidade de uma análise com recursos químicos de estudo do solo e do tipo de estrutura enterrada e do desenvolvimento de métodos capazes de apontar a presença do problema. 


Concluída a nova metodologia, o benefício será não só o de facilitar a manutenção, como de economizar, uma vez que o método atual, não muito preciso, muitas vezes exige a escavação — cara e, muitas vezes, desnecessária — de torres.

“A proposta busca melhorar o serviço de manutenção da companhia mineira. Até o momento, para saber se os pés das torres estão sofrendo corrosão, é usada uma medida de potencial, que muitas vezes exige escavar a torre, e depois percebe-se que não está corroída. Ou o contrário, não é apontada a corrosão, os pés vão ficando fragilizados e a torre cai”, explica a pesquisadora. 


Ela lembra que as bases ficam entre 1,5m e 2m abaixo da terra, e muitas vezes as estruturas são instaladas em locais de difícil acesso. “Além disso, para escavar são necessários trator e escavadeira. A mão de obra é difícil. Só para se ter uma ideia, como parte da pesquisa, tivemos que escavar uma torre, e o custo de escavação de uma única foi de R$ 40 mil”, observa.

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