segunda-feira, 16 de junho de 2014

Campos: Dilma entregará Brasil pior do que encontrou

Brasília 247 - Hoje pela manhã, os pré-candidatos à presidência Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva (Rede) participaram da convenção regional do PSB, em Brasília, onde confirmaram o apoio às candidaturas de Rodrigo Rollemberg (PSB) ao governo do Distrito Federal e Reguffe (PDT) ao Senado. 

Em seu discurso, Campos enfatizou o momento crítico do país, destacou o papel das manifestações de rua e não perdeu a oportunidade de atacar a presidente Dilma Rousseff.


"Itamar Franco entregou o Brasil a Fernando Henrique melhor do que quando o encontrou. Fernando Henrique entregou o país a Lula melhor do que encontrou com Itamar. Lula entregou à Dilma o Brasil melhor do que o encontrou com Fenando Henrique. 

Pela primeira vez em 20 anos, o Brasil será entregue pior do que foi encontrado", afirmou campos citando o baixo crescimento da economia, a alta dos juros a piora na relação do governo com trabalhadores, servidores públicos e aposentados. 


Poucas horas antes do primeiro jogo da Copa do Mundo em Brasília, Equador x Suíça, Campos enalteceu as manifestações populares. "Não há quem barre a vontade popular quando ela chega nas ruas.

 O povo brasileiro nunca foi às ruas impunemente, sempre produziu efeitos e mudanças", disse o pré-candidato enfatizando os movimentos de junho do ano passado, sobretudo os que ocorreram na capital.

Marina Silva chamou Brasília de sua segunda casa. A candidata que, anteriormente, já afirmou não tratar os 20 milhões de votos obtidos nas eleições de 2010 como "capital político", não hesitou em agradecer ao DF por ter lhe dado uma votação histórica, que segundo ela, foi fruto do alcance de sua mobilização junto aos "núcleos vivos" da sociedade civil organizada. Na ocasião, Marina conquistou 41,96% dos votos no DF. 

"Os nossos partidos são importantes, mas não são mais importantes que a sociedade brasileira", disse Marina, reduzindo a relevância do papel das legendas em clara crítica à política partidária brasileira. 


A candidata não deixou de classificar como "ação política" o arquivamento do pedido de registro de seu partido, a Rede Sustentabilidade, que teve sua solicitação negada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) numa decisão polêmica do órgão.

"Há um sexto partido em nossa coligação, chama-se sociedade brasileira. Ficam dizendo que não temos muitos partidos para fazer aliança, e não temos por que somos seletivos, queremos aqueles comprometidos com um programa e não aqueles que querem um pedaço do Estado para chamar de seu", provocou a ex-senadora, que promete apostar na estratégia da mobilização diretamente junto aos núcleos sociais.

De lá, Campos e Marina foram direto para Recife, onde se realizou outra convenção do PSB e da Frente Popular, aliança composta por 21 partidos que apoia a candidatura de Paulo Câmara (PSB) ao governo de Pernambuco e Raul Henry (PMDB) como vice.

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